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Por Marcos Batista Lopez
Existe
um documentário nas locadoras, muito controvertido. É o vídeo do Dr.
Masaru Emoto que alega ter descoberto o poder da água, e que nossas
palavras e pensamentos positivos podem influenciar até um copo de
água. Bons pensamentos e palavras agradáveis formam lindos cristais de
água, ao passo que maus pensamentos e palavras negativas não se formam
cristais ou aparecem maus formações de cristais.
Tudo
com um ar cientifico, laboratórios onde são apresentados suas
descobertas, livros editados como a “A Mensagem da água” e o vídeo – O
Poder da Água – a força dos nossos pensamentos e emoções”.
O
vídeo – O Poder da Água – pode ser enquadrado como “Pseudociência”,
ou seja não faz parte da ciência reconhecida ou ortodoxa. A
problemática é que milhões acabam aceitando estas descobertas
“cientificas” como comprovadamente verdadeiras.
Cristãos podem beber desta fonte?
Trazendo
estas questões para o Cristianismo, veremos logo em breve – se já não
estiverem acontecendo em alguns lugares – alguns pregadores falando
sobre esta descoberta que afirma “O Poder das Palavras.” Nos anos
oitenta e inicio dos anos noventa não ouvíamos este falso ensino de
“Poder das palavras” em muitos lugares cristãos. Mas no final dos anos
noventa e entrando no Novo Milênio este falso ensino se popularizou e
ganhou força.
Este
ensino Neopentecostal está muito em moda nestes dias onde muitos
pregadores dizem que “Há Poder em Suas Palavras” e expõem um sermão
cristão misturado com paganismo místico. Todo este ensino de “há
poder nas palavras” surgiu no mundo cristão nos anos 50 quando um
pastor americano Norman Vicent Peale lançou o livro O Poder do Pensamento Positivo
– em 1952. Era um livro evangélico de auto-ajuda, que ensinava que a
fé pode conseguir qualquer coisa. A síntese do livro é a seguinte
formula: “Ore, imagine, realize”.
A Revista Veja de
4 de abril de 2007, apresenta a crença no pensamento positivo é bem
explorado pela filosofia da “Auto-Ajuda”, sendo que a revista declara
na pg. 78:
“ Ninguém
obviamente pode “atrair” um câncer ou se curar de um tumor apenas
pela força do pensamento negativo ou positivo, conforme o caso. Todas
as pesquisas criteriosas mostram isso com clareza aritmética.”
Devemos
entender que este ensino não provém da Bíblia, mas das seitas
místicas e movimentos esotéricos, como a Nova Era, que também ensinam
que “as palavras tem poder”. Nem Jesus nem a Igreja Primitiva, nem os
apóstolos, assim como em toda a Historia da Igreja Cristã Mundial não
encontramos estes ensinos, é algo pagão e provém de mitos, é um ensino
que veio do mundo das superstições e compartilhado no mundo pagão sem
Deus (2Tm 4: 3,4).
Qualquer
passagem usada para defender tal ensino é uma afronta a inteligência,
pois não existe tal ensino em toda a Bíblia, no Antigo Testamento e
também no Novo Testamento. Passagens do Antigo testamento como
Provérbios 18.21 ensinam “um poder nas palavras”? O único ensino de
“poder nas palavras” que observamos pela Bíblia é o poder destruidor
das palavras e seus efeitos. Por exemplo: Através de palavras
ofensivas a uma pessoa poderei magoar um irmão de tal maneira que será
mais fácil conquistar uma cidade do que aquele irmão (Pv 18.19).
Aliás,
por todo o capitulo 18 de provérbios o ensino do bom uso da língua é
uma realidade, mas o ensino místico e esotérico de que nossas palavras
sejam “entidades” carregadas de bênçãos e maldições, não encontra
apoio nem no judaísmo nem na Bíblia, mas no ocultismo.
Em Provérbios 18.7, encontramos tal declaração: “A boca do tolo é a sua própria destruição”,
ou seja, não que as palavras que saem de nossas bocas sejam
maldições, mas por falar demais ou em horas inapropriadas, poderei
acarretar vários problemas e destruições que poderiam ser evitadas.
No Novo Testamento o ensino sobre a língua e as palavras que
proferimos se encontra em algumas passagens dentre elas (Tiago 3.1-12).
Onde
apresenta o dever de controlar este membro e também é apresentado o
seu poder destrutivo. O poder da língua (VV.3-5), que é comparado ao
freio do cavalo, ao leme e ao fogo, mas o ensino ocultista e esotérico
que muitos alardeiam de “há poder das palavras”, não encontra apoio em
nenhuma passagem das Escrituras. O que existe na verdade, são os efeitos destas palavras sobre as pessoas, nada mais!
Alguns
usando passagens indevidas, e outros usando argumentações sem a
devida interpretação fazem muita confusão. Por exemplo, alguns
argumentam que Jesus é apresentado sendo o Verbo e falar e não pensar
quando ia realizar suas obras, era para mostrar ao povo que “As
Palavras tem Poder”. Este raciocínio é falso, pois na verdade a
intenção de Jesus era mostrar para as pessoas que Ele era o Cristo.
Quando Deus disse que: “Haja Luz”, não estava ensinando que “Há Poder
nas suas Palavras”, mas sim que Ele é o Criador de todas as coisas, e
somente Ele pode realizar obras criadoras. O ensino que afirma que
devemos “anular as palavras de maldições senão damos legalidade para o
Diabo”, também não é sustentável pela Palavra de Deus.
Conclusão
Estamos
presenciando a era do fim, os momentos que antecedem o Anticristo, e é
notório que a mentira se espalhe de uma maneira mais eficaz. A
Operação do Erro já opera nos filhos da desobediência (2 Tss. 2.8-11) e
a mentira encontrará mais aceitação entre aqueles que não obedecem a
Palavra do Senhor, e também de cristãos materialistas e secularizados.
O
líder que hoje menosprezar a Historia da Igreja e a Hermenêutica
Bíblica aceitará enganos quase imperceptíveis. Nosso dever como
lideres é conhecer a Bíblia de uma maneira profunda (Tito 1:9).
Infelizmente quem sofre é o povo de Deus por acreditar nestes falsos
ensinos e palavras mágicas que são usadas pelas seitas da Nova Era,
assim como pelo Xamanismo, Seicho-No-Ie, Logosofia e toda sorte de
ocultismo.
Recomendamos a leitura de livros que alertam sobre o engano pelos falsos mestres em nosso meio. Somente para citar alguns: “O
que estão fazendo com a Igreja” – Augusto Nicodemus- Ed Mundo Cristão
– “Evangélicos em Crise”- Paulo Romero, Mundo Cristão –“ Erros que os
pregadores devem evitar”, Ciro Sanches Zibordi, CPAD.
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