quinta-feira, 3 de abril de 2014
Lázaro arrastou multidão em Cansanção.
Lázaro arrastou uma verdadeira multidão na noite deste
sábado (29), para o Canta Cansanção 2014. O Cantor entrou em cena com a canção
“De Quem é?” e em seguida com um dos maiores sucessos no meio gospel, “Passando
Pela Prova”. Lázaro, cantou, dançou dentro do seu estilo, deu testemunhos e
levou muita alegria para o público, que retribuiu acompanhando as canções.
Entre as músicas do repertório escolhido para a apresentação, o cantor trouxe
para o público, ”Ainda bem eu vou morar no céu”, “Vai mudar”, “Sai de cena” e
“Eu sou de Jesus”.
Irmão Lázaro ressaltou a satisfação em participar mais uma
vez do Canta Cansanção. “Me sinto em casa cantando para o público de
Cansanção”.
Esta é a quarta vez que o cantor se apresentou na festa
(2009, 2010, 2012 e 2014), que já teve Kléber Lucas, Fat Familly, Thallyta e
Alice Maciel.
Além do Irmão Lázaro, a Banda Tributos, Josimeiry Alves, Renata Rios, Trovão de Deus,
Welton Soares, Samiles da Jé e o Grupo Kairos, animaram o evento.
O evento foi promovido pela Igreja O Brasil Para Cristo
através do pastor Isaque Américo. Estiveram presentes pastores e obreiros de
diversas denominações, além do prefeito Ranulfo Gomes, primeira-dama Vilma,
vice-prefeito Paulinho, secretário executivo Frederico Macedo, e os vereadores
Agnaldo Alcântara e Diodato Gois.
Precisamos de Homens de Deus
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirEVkwa7sR2xWHNrox6VMwFvadvArsesxFXHwL7Qv-QttdyrAozlu-xt4oaCG0d04SKEVg6F2Loo8J3ReGnca3DAdU_N2t_5UBNg6XO8lr-Nd7rQ3iE8e5BMLXw0hPSUMF3zHGrO2YrMgP/s400/images.jpg)
Por A. W. Tozer
Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos. (I Cor 16.13)
A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.
A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.
Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos.
Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.
A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.
Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.
O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.
Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.
E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...
A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.
A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.
Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.
Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos.
Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.
A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.
Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.
O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.
Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.
E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...
Você não pode agradar a homens e ser o escravo de Jesus Cristo.
Por Josemar Bessa
“Ó Senhores! Nós podemos pregar para as pedras ou para os homens e
será a mesma coisa, a menos que o Espírito Santo use a Palavra para
regenerar suas almas”. – Charles H. Spurgeon
A verdade tem bordas duras que não podem ser suavizadas. Mas há uma
grande tentação de suavizá-las dependendo da força motivadora dentro de
nós. Como medimos o sucesso? Que padrão temos usado na proclamação do
evangelho? Que tipo de ministério é eficaz? Avaliamos economicamente?
Contamos cabeças...?
É engraçado, mas muitas pessoas em nossos dias que dizem crer na
soberania de Deus sobre todas as coisas, quando falam em sucesso, usam
os mesmos meios de aferição do mundo. Muitos quando falam de Charles H.
Spurgeon, começam a mencionar cabeças... Mas isso não é o fato relevante
em Spurgeon, e sim o que Spurgeon ensinou. Multidão Charles Finney
também conseguiu. A. W. Pink não experimentou em vida nada do que
Spurgeon experimentou em sua vida ministerial, mas quão fiel a Verdade
ele foi.
Onde está o ponto? Quando você faz um balanço de sua vida você usa os
critérios do Ibope? Todos nós somos tentados a medir-nos comparando o
que temos produzido com o que outros produziram... nós investimos demais
na opinião dos corretores do poder em nossa sociedade, seja espiritual
ou secular.
É impossível exagerar os efeitos devastadores que estão inexoravelmente
consumindo a vida da igreja quando essa perspectiva é abraçada. A
Verdade fatalmente é comprometida, cortando os cantos duros do
evangelho, suavizando bordas que irão afastar o homem natural, a vontade
de esconder a borda afiada da moralidade bíblica numa sociedade amoral,
o desejo de ser relevante para um mundo que acha Deus irrelevante em
suas reivindicações... Porque queremos um aumento de apoio, um aumento
de número, um aumento de doadores, um aumento...
Preste atenção nas palavras de Paulo: “Porque para Deus somos o bom
perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem. Para estes
certamente cheiro de morte para morte; mas para aqueles cheiro de vida
para vida...” - 2 Coríntios 2:15-16
Eis a norma bíblica para o sucesso!! Um “cheiro!” – A verdade articulada
aqui pelo apóstolo Paulo é um poderoso remédio para a tentação de
encontrar fórmulas que fatalmente irão comprometer a Verdade por desejar
definir que“cheiro” seremos na vida das pessoas que ouvirem a verdade
do evangelho.
Você deseja ser um cheiro de Deus para o mundo? Seja fiel na proclamação
da Verdade. Seja fiel em todos os seus termos, pregue a loucura da
cruz, não suavize a sua ofensa, proclame as promessas do evangelho,
declare as consequências eternas... Jamais pense em como mostrar o
evangelho de uma maneira que ele pareça mais favorável a depravação do
coração natural do homem. Eis o padrão de Paulo: "Acaso busco eu agora a
aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens?
Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de
Cristo. "Gálatas 1:10
Eis o ponto nevrálgico de qualquer estratégia voltada para ser atraente
ao homem natural, independente da estratégia, a própria motivação de ser
agradável ao homem já é um desvio - só a intenção mostra um desvio do
propósito - "... Se eu estivesse ainda agradando aos homens eu não seria
servo de Cristo" - Você não pode ser ambos.
Você não pode agradar a homens e ser o escravo de Jesus Cristo. Você não
pode ser um soldado comprometido para agradar o seu comandante e ser um
prazer para o homem natural que está em inimizade para com Deus: "...a
mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de
Deus, nem pode fazê-lo." - Romanos 8:7 - Só há uma direção: "...como
homens aprovados por Deus, a ponto de nos ter sido confiado por ele o
evangelho, não falamos para agradar a pessoas, mas a Deus, que prova os
nossos corações." - 1 Tessalonicenses 2:4
Só há duas respostas possíveis ao verdadeiro evangelho de Cristo – nós
não procuramos induzir essa resposta. Quando a mensagem é dada a
conhecer ao mundo, fatalmente haverá uma resposta. A neutralidade é
impossível, não existe tal coisa em relação a Verdade de Deus. A
indiferença ou apatia é um mito. Ignorar é negar a verdade... O homem
está entre os que estão sendo salvos ou está entre os que estão
perecendo – a mesma Verdade tem dois cheiros distintos. A palavra da
cruz é “loucura” – absoluta loucura, ou é “o poder de Deus “ para a
salvação – “Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas
para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” - 1 Coríntios 1:18
A mensagem de Cristo proclamada por Paulo ( e não o mensageiro, ou a
linguagem, ou o método...) é por si só responsável por dividir os
ouvintes dessa maneira.
Sempre que a Palavra de Deus é proclamada uma fragrância é liberada.
Para alguns é um aroma de vida, de esperança, de perdão, de regeneração,
de justificação... Essas coisas não são manipuláveis – o mensageiro
deve entregar o que recebeu para pregar. Esse aroma de vida é
incomparável – nada pode ser comparado ao cheiro de vida exalado pelo
Filho de Deus. O Espírito pela Palavra regenera o coração, desperta a
vida, ressuscita alguém que estava“morto em delitos em pecados”... é
maravilhoso!!! - “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e
pecados - Efésios” 2:1
Mas para outros, a Verdade do evangelho é um sufocante fedor
venenoso.Cheiro de morte e não de vida. Charles Spurgeon nos lembra:
“O evangelho é pregado aos ouvidos de todos, mas ele só vem com poder
para alguns. O poder que está no evangelho não está no mensageiro, sua
eloquência, argumentos... caso contrário, os homens e seus métodos
seriam conversores de almas. Também não está na técnica do pregador...
caso contrário, consistiria na salvação pela sabedoria dos homens.
Podemos pregar até nossas línguas apodrecerem, até o ar de nossos
pulmões se esgotarem e morrermos, mas nunca uma alma será convertida a
menos que haja o misterioso e soberano poder do Espírito Santo operando
como quer naqueles que Ele quer operar. O Espírito Santo muda a vontade
do homem. Ó Senhores! Nós podemos pregar para as pedras ou para os
homens e será a mesma coisa, a menos que o Espírito Santo use a Palavra
para regenerar suas almas”.
Mas veja, Paulo é uma fragrância de Deus independente da resposta da
mensagem! ““Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se
salvam e nos que se perdem. Para estes certamente cheiro de morte para
morte.”
Quando Paulo pregou e sofreu de cidade em cidade, apanhou, foi
ridicularizado, difamado... e o nome de Jesus foi blasfemado. Paulo
estava sendo uma fragrância de Deus (Um cheiro de morte). Quando no meio
do sofrimento ele proclamou fielmente o evangelho e a Verdade foi
abraçada, homens regenerados... ele foi uma fragrância de Deus ( Um
cheiro de vida ).
Ao pregarmos a Verdade sem aparar as arestas duras para o homem natural,
sem esconder parte da Verdade, sem tentar desenvolver técnicas para que
o homem natural sinta um bom cheiro de um evangelho corrompido segundo
suas paixões... Somos uma fragrância de Deus, mesmo quando a mensagem é
completamente rejeitada.
A fragrância começa imediatamente a ser corrompida no momento em que
nosso padrão de sucesso é o mesmo que o do Ibope. O que Paulo está
dizendo é que mesmo se nossa “multidão” for pequena e insignificante
para o Ibope, o sucesso é medido pela fidelidade – não determinamos
sobre cada pessoa, ou “público alvo”, ou cultura... que tipo de
fragrância seremos – “cheiro de vida ou cheiro de morte” – Se nosso
esforços, nossa proclamação da verdade levarem a “vida” ou a “morte”,
continuamos sendo o aroma de Cristo para Deus – “Porque para Deus somos o
bom perfume de Cristo...” - 2 Coríntios 2:15. E somos o bom perfume de
Cristo para Deus apenas quando pregamos Jesus verdadeiramente e
biblicamente. Não tentamos definir se seremos“Cheiro de vida ou de
morte”.
Isso é uma pílula muito difícil de engolir se o propósito é o sucesso e
não a glória de Deus. É difícil de engolir se o nosso temor dos homens é
maior que o nosso temor a Deus – se nós desejamos o louvor e a
aprovação dos homens em detrimento do que vem de Deus. Quem acha duro
demais tomar essa pílula, tenta negar, mas está servindo ao Pragmatismo e
não a Deus.
Devemos ser um cheiro bom para Deus em Cristo, mesmo que ele seja um
cheiro podre e de morte para o mundo que se perde, ou um cheiro
agradável de vida para os que são regenerados pelo Espírito Santo.
Fonte: Josemar Bessa
O que o cristão pode ou não pode fazer
Por Maurício Zágari
Muita
gente se opõe à fé cristã por causa dos mandamentos de Deus. Acham
muito cheia de regras, de "pode" isso, "não pode" aquilo. Não querem se
submeter a ordens, desejam ser donas de sua própria vida, sem ter
ninguém que lhes diga o que podem e o que não podem fazer (ou devem e não devem).
Esse pensamento está tão entranhado no inconsciente coletivo de nossa
sociedade que chega a invadir as igrejas. O resultado são cristãos para
quem a defesa de mandamentos bíblicos acaba tornando-se legalismo ou
farisaísmo. Ou então irmãos confusos sobre sua conduta. Vamos pensar um
pouco sobre isso.
Deus
é soberano. Nós somos submissos. Deus é criador. Nós somos pó. Deus é
todo-poderoso. Nós somos impotentes sobre quase tudo o que nos acontece.
Ele manda. Nós obedecemos. Ele dita as regras do jogo. Nós as acatamos.
Tudo isso é fato e quem se opõe a essas verdades não alcançou ainda a
compreensão plena da natureza divina e da humana nem a revelação do
Senhor. Sim: Ele é o manda-chuva. Se Ele fala, a nós só resta dizer
"amém". E, se dizemos "amém" ao que Deus fala, não estamos fazendo nada
além de nos pôr em nosso devido lugar.
Então,
de forma bem crua e objetiva, é exatamente isso: Deus determina e nós
abaixamos a cabeça. Ponto. Não há democracia na relação entre nós e o
Senhor, assim como não há nas decisões que um pai toma por seu filho
pequeno. Papai disse que é assim e acabou. D
o
mesmo modo, seria ingenuidade de nossa parte achar também que a graça
de Deus é barata (para usar a expressão de Dietrich Bonhoeffer). Não é: o
Criador tem um padrão ético e moral. O que, em outras palavras,
significa que para Ele há atitudes certas e atitudes erradas. Deus não
tolera tudo: se fazemos o que Ele considera errado estamos pecando. E
isso nos afasta dele e nos torna desesperadamente necessitados de Seu
perdão. Portanto, sim: existem coisas que o cristão pode e que não pode
fazer. Pode fazer o que Deus quer. Não pode fazer o que Deus não quer. E
se desobedecer está transgredindo o padrão divino de certo e errado.
Ponto final.
Até
aqui a coisa foi pesada, não é? Assustou? Posto dessa forma para
pessoas acostumadas à democracia parece que somos prisioneiros de um
campo de concentração terreno, sujeitos a um ditador celestial tirânico e
déspota. Sei que muitos veem o pode/não pode de Deus dessa
forma. Só que, apesar de tudo o que eu disse até aqui ser bíblico, há
uma outra forma de se ver a coisa. E ela passa pelos olhos do amor.
Se
você ama seu pai, não lhe obedece apenas porque ele mandou. Obedece,
acima de tudo, porque quer ver um sorriso no rosto dele. Quer vê-lo
feliz. Quer que ele se orgulhe de você e lhe considere um bom filho. Se
você ama a sua namor
ada,
não deixa de chegar na hora marcada ao encontro porque caso contrário
ela vai ficar fula por ter esperado tanto, mas por respeito a quem você
respeita. Quando você deixa de assistir ao seu jogo de futebol predileto
para levar sua mãe ao médico não o faz porque é o que tem de ser feito,
mas porque se preocupa com ela e deseja vê-la bem.
Assim,
existem duas maneiras de se encarar a obediência a Deus: como um fardo
pesado e uma violação do nosso desejo e da liberdade de autodecisão ou
como gestos de devoção praticados com felicidade e alegria para alguém
que amamos profundamente. Descobri que quando desobedeço a Deus, ou
seja, quando peco, não estou simplesmente infringindo ordens. É muito
pior do que isso: estou faltando com amor a alguém que me amou
profundamente a ponto de morrer por mim. Mais do que desobediência, é
ingratidão e desamor. Não faz de mim apenas um transgressor: faz de mim
alguém que se põe acima do Senhor na ordem de prioridades.
Vamos
pegar como exemplo uma discussão bem contemporânea: o dízimo - e que
não é o tema desta reflexão, falo sobre isso apenas para exemplificar.
Depois que o fenômeno do neopentecostalismo e seus escândalos fizeram a
entrega de dinheiro para igrejas tornar-se uma atitude questionável e
suspeita, pela primeira vez na história eclodiu entre os próprios
cristãos a ideia de que poderiam não entregar o dízimo. Acredite:
qualquer argumento contra o dízimo que você possa levantar eu já ouvi.
Porém, nenhum deles conseguiu até hoje me convencer de que não é um
mandamento de Deus válido ainda na Nova Aliança. Só que não é por isso
que entrego meu dízimo. Entrego por amor.
Pois
o amor torna o peso de ordenança de um mandamento algo secundário e,
até, desnecessário. Entrego o dízimo porque amo o que é feito com ele.
Amo saber que um santuário onde pessoas são edificadas tem sua conta de
luz paga graças a minha participação. Amo saber que meus pastores podem
dedicar seu dia a visitar doentes e enlutados e a aconselhar almas em
frangalhos porque eu participo do seu sustento. Amo saber que muitos
missionários podem ser enviados e mantidos em locais aonde eu não tenho
peito de ir porque entreguei o dízimo. Amo Deus. E é esse amor que me
faz dizimar. Não a obrigação. É um prazer e não um peso ou um
sofrimento.
Poucas
coisas doem tanto quanto o olhar de tristeza no rosto de alguém que
você ama provocado por algo que você tenha feito. Magoar quem você ama
corrói. Imaginar esse olhar no rosto do Jesus que amo é o que hoje me
motiva mais do que qualquer outra coisa a lutar para ser reto em meus
caminhos, muito mais do que o medo do inferno ou a obediência temerosa
de um pecador nas mãos de um Deus irado.
Pode, não pode... ok, não está errado, é bíblico. Só que, hoje, creio que a questão é muito maior do que essa. Passa, na verdade, por ama, não ama. Quando conseguimos ver dessa forma, o Evangelho ganha muito mais a cara de Jesus.
Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício
Maurício
Até que ponto uma religião pode interferir na vida de um adepto?
Por Johnny Bernardo
O paralelo entre o
espiritual e o material (ou social) há séculos é interpretado de
diversas maneiras. A grande dificuldade é em saber quais os limites
entre a vida espiritual de um adepto, e sua realidade social. De forma
geral, todas as religiões interferem de alguma forma no cotidiano de
seus seguidores.
Questões associadas à
vestimenta, à alimentação, ao entretenimento são discutíveis em grupos
religiosos pertencentes, por exemplo, ao cristianismo e ao islamismo.
Outras restrições, como a do acesso aos meios de comunicação (televisão,
rádio, revistas) e a publicação de listas de “livros proibidos” aos
membros ou cidadãos de um país confessional, também são interferências
diretas na forma de vida dos indivíduos.
No Irã – e em outros
países islâmicos confessionais, dirigidos com base na Sharia – a
religião não é simplesmente um elemento social, parte de um contexto
geral da sociedade, mas permeia todos os aspectos sociais dos iranianos,
com restrições e punições igualmente severas. A execução de 16 rebeldes
opositores, neste sábado (26), no Irã, e a postagem de vídeos por uma
muçulmana dirigindo, na Arábia Saudita – é proibido às mulheres
dirigirem -, são dois exemplos recentes. De forma semelhante, a religião
também é usada em alguns países ocidentais como um mecanismo de
controle, de influência política.
Mesmo com o avanço da
democracia, da laicidade do Estado, a religião ainda é um elemento que
exerce forte influência em governos, em discussões de abrangência
universais. Há séculos o Catolicismo Romano se utiliza de mecanismos de
submissão, seja quando das cruzadas, das inquisições, dos cerceamentos
científicos, da indução ao belicismo e aos conflitos étnicos.
Aspectos
constitucionais, das leis, em muitas ocasiões são desrespeitados por
denominações religiosas, como os que praticam a poligamia nos EUA (ver
Igreja Fundamentalista de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias), ou
que induzem seus membros a doarem mais do que o necessário para à
manutenção de sua estrutura organizacional. Neste segundo aspecto, o
neopentecostalismo brasileiro se destaca pelo o fato de que exerce forte
domínio psicológico sobre seus adeptos.
O fanatismo religioso –
particularmente no que se refere às igrejas pentecostais extremistas, a
exemplo da Igreja Deus é Amor, Sinos de Belém Missão das Primícias e
Congregação Cristã no Brasil, para citar algumas igrejas – se traduz
pelo o que o membro pode ou não fazer ou ser. Por exemplo, a
persistência da IPDA em proibir o acesso à televisão, à vestimenta já
adotada por outras igrejas, à prática esportiva e ao entretenimento,
interfere de forma radical na vida de seus membros.
Apesar das restrições
impostas pela IPDA, a tendência é de que, futuramente – como em uma
eventual ausência de seu líder máximo, David Miranda -, ocorram mudanças
semelhantes as que vêm ocorrendo nas Assembleias de Deus –
particularmente desde que a televisão e os usos e costumes foram
liberados aos membros. A dificuldade de assimilação dos limites entre o
espiritual e o social é um sério problema porque gera transtornos
dificilmente irreparáveis na medida em que a capacidade crítica, de
vivência social, de um fiel é seriamente prejudicada e limitada.
Há questões econômicas,
de controle, por trás do fanatismo religioso que ultrapassa os limites
pentecostais, cristãos, e que são perceptíveis na forma como
organizações com forte atuação no Brasil (como as Testemunhas de Jeová)
se articulam no cenário religioso. Nas TJ, a maneira quase militarizada
como seus membros são organizados, e a influência exercida sobre as
famílias (inclusive com proibições de contato com membros disciplinados –
a preguiça também é tida como aspecto passível de disciplina) são
retratados em filmes como To Verdener (Mundos Separados).
Produzido pelo
dinamarquês Niels Arden Oplev, em 2008, To Verdener retrata a história
de Sara (Rosalinde Mynster), uma jovem de 17 anos que foi criada com
base nos ensinos das Testemunhas de Jeová, e que se vê em situação de
conflito após iniciar um relacionamento com o ateu Teis (Johan Philip
Asbaek). Disciplinada pelos anciões de sua congregação, Sara passa a ser
rejeitada por sua própria família. O enredo, baseado em uma história
verídica, é algo comum nas TJ.
Manipulação, restrições,
cerceamentos, mortificações, são mecanismos de controle psicológico,
característico de grupos destrutivos, e que visam explorar
financeiramente adeptos. Novamente, todas as religiões possuem algum
nível de influência no cotidiano de seus membros, mesmo que em alguns
casos de forma não perceptível ou racional. Neopentecostais,
pseudocristãos, são citados como exemplos, mas há inúmeros outros que se
enquadram na proposta de análise da matéria.
Resumindo, o ponto
principal a ser tomado como foco de análise é até que ponto uma religião
pode interferir na vida de um adepto? Restrições como a de acesso a
livros, a da ingestão de certos alimentos (como café e chá preto, no
caso do Mormonismo), à participação em eventos festivos, recreativos ou
de entretenimento (como no caso de algumas igrejas pentecostais, a
exemplo da IPDA), de inserção em cursos universitários (como no caso das
Testemunhas de Jeová), e aos direitos da mulher (como no caso do
islamismo), são questões a serem investigadas mais de perto.
Fonte: NAPEC
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