“Quando, porém, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá (1 Coríntios 13.10)
Em meio a tantas manifestações no nosso
País, surgem vários sociólogos para problematizar o que está
acontecendo, filósofos para defender o livre pensamento, economistas
para analisar a relação das manifestações com a crise econômica, e
várias bandeiras são defendidas no meio destes movimentos. Devido a uma
enorme diversidade de questões levantadas, há uma grande dificuldade
para definir qual a proposta do movimento. Sabemos como começou. A
primeira bandeira levantada foi a indignação com o aumento de 0,20
centavos na passagem dos ônibus. Porem hoje este movimento ganhou
projeções muito maiores, e a passagem de ônibus já virou uma gota dentro
de um oceano de reivindicações feitas por um povo incontrolável e
indignado.
Ao analisar todo esse movimento, vejo
que o clamor desses manifestantes, em minha opinião, é pela restauração e
reestruturação da classe política, que segundo eles é o âmago do
problema. Mas sendo sinceros com nós mesmos, vemos que os problemas
éticos e morais em nossa sociedade não começam lá em Brasília, mas em
nosso coração que na Bíblia é chamado de “Desesperadamente corrupto”
(Jr 17.9). O gigante acordou, mas ainda precisa abrir os olhos e ver
que a raiz do problema não está no governo, ou no próximo, mas em nós
mesmos!
E para chegarmos a soluções práticas,
precisamos identificar a raiz do problema. Se o problema está no governo
atual, uma simples troca de poderes, e cassação de alguns políticos irá
resolvê-lo. Mas nem eu, nem o povo acreditamos nesta utopia. Se o
problema está no processo eleitoral viciado, que não apresenta como
opções elegíveis os governantes que realmente governariam bem nosso
País, podemos tentar forçar uma candidatura de um desses líderes de
movimento nas próximas eleições e elegê-lo com nossos votos. Mas
provavelmente isso é o que uma grande parte das pessoas que estão à
frente das manifestações deseja, e ao assumirem o poder irão aderir ao
sistema enganando todo o povo que o elegeu. (É válido lembrar-nos do
Ex-presidente da República, e tudo o que ele defendia antes de assumir o
poder). Se o problema está no sistema Democrático, podemos tentar um
golpe de estado e eleger um governante do nosso povo. Mas isso já
aconteceu, e não deu muito certo. (Digamos que a probabilidade deste
representante se tornar um ditador tirano é de 99%).
Porém o problema está ao mesmo tempo em
todas estas coisas. Como assim? O problema está intrínseco em todas as
nossas ações, sistemas, pensamentos, decisões e etc. O nome desse
problema é: PECADO! E identificar este problema nos traz uma nova visão
de como resolvê-lo. Simplesmente não temos a condição em nós mesmos de
solucionar esta questão. Não há sociólogos, filósofos, economistas,
administradores, por mais eficientes que sejam, que possam solucionar o
problema do pecado. Mas há alguém que pode, ou melhor, já o fez! O
gigante acordou, mas antes de se levantar ele precisa se humilhar, cair
de boca no pó, reconhecer que sua natureza é corrupta, e que não há
chance de mudança partindo de sua própria força!
Jesus Cristo é a solução para todos os
nossos problemas sociais, existenciais, morais, éticos etc. Ele é o
único que conhece e esquadrinha o nosso coração, quando nem nós mesmos
conseguimos desvendá-lo. Quando nós nos despimos das nossas próprias
forças e nos lançamos aos seus pés, Ele pela sua maravilhosa graça
substitui nosso coração de pedra, corrupto, enganador e etc. e nos dá um
novo coração, de carne, sensível aos seus mandamentos e ordenanças e
capacitado para exercer os frutos do espírito (Ez 11). A sociedade
perfeita é a que reconhece Cristo como Senhor, e o povo como escravos
dEle. Nesta sociedade sem pecado não há sofrimento, nem morte, nem dor. A alegria é plena e eterna (Ap 21.4).
Este reino existe, mas ainda não podemos
desfrutar dele integralmente, mas podemos e devemos propagar seus
valores em nossa sociedade, pois mesmo agora, podemos experimentar do
que é uma nação abençoada por Deus, mesmo que não por completo. Quanto
mais a nação se afasta do Senhorio de Cristo, mais miserável e
insuportável ela se torna, pois o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).
No entanto quanto mais próxima à nação estiver da Palavra de Deus, mais
prospera ela será, e melhor de se viver (Sm 33.12). Entretanto nada
será comparado aos “novos céus e nova terra”, onde tudo será perfeito.
Que vivamos nesta esperança da volta do
nosso Rei, que reinará com toda autoridade e justiça. Onde a alegria de
Seu povo será plena e eterna. O gigante acordou, mas que ele saiba que
antes de gritar: “FORA DILMA!” Ele deveria estar clamando: “MARANATA! VOLTA LOGO SENHOR JESUS!”.