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“…pois mudaram a verdade de Deus em mentira e
honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito
eternamente. Amém!” – Romanos 1.25
De muitas maneiras a igreja de Corinto dava evidência da graça
atuante de Deus. Alguns de seus membros, “lavados”, “santificados,
“justificados”, haviam sido libertos das profundezas do pecado (1Co
6.11), e outros foram maravilhosamente “enriquecidos” por Cristo “em
toda palavra e em todo conhecimento”, de modo que não lhes faltava
nenhum dom (1Co 1.5-7). No entanto, a vida interior da igreja parecia
estar tristemente contaminada pelo pecado, levando-a a se dividir em
muitas facções. “Há contendas entre vós” – Paulo foi obrigado a
escrever. “Refiro-me ao fato de cada um de vós dizer: Eu sou de Paulo, e
eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo” (1Co 1.11-12). Não há
evidência na epístola de que essas divisões fossem de caráter
doutrinário, fundadas em posições teológicas divergentes. Em vez disso, o
apóstolo liga as rixas na igreja de Corinto ao que chamaríamos de
“culto da personalidade”. Os crentes estavam demonstrando predileção
exagerada por um ou outro líder eclesiástico famoso e fazendo
comparações ultrajantes entre eles. Paulo ficou horrorizado com a
história que ouviu. Aqueles coríntios estavam dando a homens uma
lealdade devida somente a Cristo. “Foi Paulo crucificado em favor de
vós?” – ele pergunta, atônito, querendo dizer: “Vocês estão pondo a
confiança em mim, como se eu tivesse morrido para salvá-los?” “Fostes,
porventura, batizados em nome de Paulo?” (1Co 1.13). Ou seja: “Será que o
batismo de vocês colocou-os em união comigo?” Tanto a conversão quanto o
batismo cristão tem como foco o próprio Cristo. Como ousam aqueles
coríntios falar e agir como se homens mortais, pecadores, fossem o
objeto de sua fé e batismo? E como podiam usar esses slogans que
implicavam “pertencerem” a líderes humanos como Paulo, Pedro e Apolo?
(…) O vergonhoso culto às personalidades humanas que manchou a vida da
igreja de Corínto no primeiro século ainda persiste entre os cristãos, e
alguns líderes da igreja ainda recebem dos crentes uma atenção
exagerada e inadequada. (STOTT, John. O perfil do Pregador. Ed. Vida
Nova. 2005, p. 95,6)
***
John Stott é pastor emérito da Igreja All Souls Langham Place, em Londres, é mundialmente conhecido como teólogo, pastor e evangelista. Desde 1970 tem viajado pelo mundo inteiro, em especial pelos países do Terceiro Mundo, participando de conferências e palestras para pastores, líderes e estudantes de teologia.
John Stott é pastor emérito da Igreja All Souls Langham Place, em Londres, é mundialmente conhecido como teólogo, pastor e evangelista. Desde 1970 tem viajado pelo mundo inteiro, em especial pelos países do Terceiro Mundo, participando de conferências e palestras para pastores, líderes e estudantes de teologia.