sábado, 31 de agosto de 2013
Travesti entra na igreja, pede pra cantar e solta a voz
Segundo a dona de um canal
do youtube, Stefany Pereira, o fato ocorreu recentemente na “Igreja
Assembléia De Deus Nadando na Benção”, na Pavuna Rio De Janeiro, quando o
travesti pede pra cantar e solta a voz. O vídeo tem dividido opiniões a
respeito de sua conveniência. Eles “nadaram na benção” ou estão “se
afogando em heresias”? Assista e deixe sua opinião:
Amém é coisa séria!
Por Wilhelmus à Brakel
É comum ouvirmos a afirmação que o significado das palavras hebraica e
grega traduzidas como “amém” é “que assim seja”. Ouvimos, por exemplo,
que devemos finalizar nossas orações com um convicto “amém”, a fim de
expressar nosso forte e sincero desejo de que Deus atenda nossas
petições. E, de fato, a palavra pode ser entendida dessa forma. Edward Robinson diz que a palavra aparece “usualmente no final de uma oração, onde serve para confirmar as palavras que precedem” (Léxico Grego do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 46). Isso pode ser visto, por exemplo, em Neemias 5.13: “Também
sacudi o meu regaço e disse: Assim o faça Deus, sacuda de sua casa e de
seu trabalho a todo homem que não cumprir esta promessa; seja sacudido e
despojado. E toda a congregação respondeu: Amém! E louvaram o SENHOR; e
o povo fez segundo a sua promessa” (cf.
Deuteronômio 27.15-26; 1Reis 1.36; 1Coríntios 14.16). Não é incorreto
afirmar que dizer “amém” é uma expressão de desejo pela consecução
daquilo que é pedido ou uma confirmação do que foi afirmado.Entretanto, a
palavra “amém” possui um significado mais solene. O estudiosoHans Bietenhard afirma: “Através do ‘amém’, aquilo que foi falado é afirmado como certo, positivo, válido e obrigatório” (Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento.
Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 2007. p. 110). Trata-se, portanto, de uma
afirmação de veracidade. Dizer “amém” é jurar que aquilo que foi
afirmado na oração é expressão da verdade. Nesse sentido, quando
suplicamos algo a Deus e dizemos “amém”, estamos expressando diante do
Senhor que o nosso desejo é sincero e verdadeiro. Quando louvamos a Deus
e finalizamos com “amém” estamos afirmando diante d’Aquele que sonda o
nosso coração, que verdadeiramente o valorizamos e o consideramos como
supremamente valioso.
Esse significado pode ser visto, por exemplo, em Isaías 65.16: “de sorte que aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que jurará”. A palavra hebraica traduzida pela Almeida Revista e Atualizada como “da verdade” é ‘amên. Literalmente, o texto diz: “aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que jurará”. A ideia é que toda bênção e todo juramento terão a Deus como sua testemunha, Aquele que é a própria verdade, devendo, assim, serem feitos segundo a verdade e por coisas lícitas. Em Apocalipse 3.14, Jesus se identifica para o anjo da igreja de Laodiceia da seguinte forma: “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o AMÉM, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Ao identificar-se como o “Amém”, Jesus está afirmando que o diagnóstico que ele apresentará a seguir é a mais pura expressão da verdade. Tudo o que ele tem a dizer é verdadeiro e, portanto, digno de crédito e de submissão da parte daqueles que ouvem. Gregory K. Beale diz que, “as três descrições ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ não são distintas, mas geralmente se sobrepõem para sublinhar a ideia da fidelidade de Jesus ao testemunhar diante de seu Pai durante seu ministério terreno e sua continuidade como tal testemunha” (The Book of Revelation. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1999. p. 296). Simon Kistemaker, outro estudioso do Novo Testamento diz que, “o ‘Amém’ comunica a ideia daquilo que é verdadeiro, solidamente estabelecido e fidedigno”. (Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 225).
Esse significado pode ser visto, por exemplo, em Isaías 65.16: “de sorte que aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DA VERDADE é que jurará”. A palavra hebraica traduzida pela Almeida Revista e Atualizada como “da verdade” é ‘amên. Literalmente, o texto diz: “aquele que se abençoar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que se abençoará; e aquele que jurar na terra, pelo Deus DO AMÉM é que jurará”. A ideia é que toda bênção e todo juramento terão a Deus como sua testemunha, Aquele que é a própria verdade, devendo, assim, serem feitos segundo a verdade e por coisas lícitas. Em Apocalipse 3.14, Jesus se identifica para o anjo da igreja de Laodiceia da seguinte forma: “Ao anjo da igreja em Laodiceia escreve: Estas coisas diz o AMÉM, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”. Ao identificar-se como o “Amém”, Jesus está afirmando que o diagnóstico que ele apresentará a seguir é a mais pura expressão da verdade. Tudo o que ele tem a dizer é verdadeiro e, portanto, digno de crédito e de submissão da parte daqueles que ouvem. Gregory K. Beale diz que, “as três descrições ‘o Amém, a testemunha fiel e verdadeira’ não são distintas, mas geralmente se sobrepõem para sublinhar a ideia da fidelidade de Jesus ao testemunhar diante de seu Pai durante seu ministério terreno e sua continuidade como tal testemunha” (The Book of Revelation. Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1999. p. 296). Simon Kistemaker, outro estudioso do Novo Testamento diz que, “o ‘Amém’ comunica a ideia daquilo que é verdadeiro, solidamente estabelecido e fidedigno”. (Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 225).
De igual modo, quando desejava expressar de forma mais contundente a
veracidade do seu ensinamento e como ele deveria ser levado a sério por
seus discípulos, Jesus introduzia seus ditos no Evangelho de João com um
duplo “amém”, que na nossa tradução aparece como “em verdade, em
verdade vos digo”: “E acrescentou: Em verdade, em verdade vos digo
que vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o
Filho do Homem” (1.51; cf. 3.3,5,11; 5.19,24,25; 6.26,32,47,53;
8.34,51,58; 10.1,7; 12.24; 13.16,20,21,38; 14.12; 16.20,23; 21.18). Todo
o seu testemunho é verdadeiro. Nele não há engano. Nas suas declarações
não existem mentiras. Ele é a verdade e tudo o que Jesus afirma é
verdadeiro.Isto posto, devemos compreender que quando fazemos nossas
orações a Deus, louvando-o, bendizendo-o, fazendo súplicas e
intercessões, e respondemos com o “amém”, estamos dizendo ao Deus da
Verdade, ao Deus do Amém, que nossos desejos são sinceros, que nosso
coração está tomado de santas afeições por suas perfeições, majestade e
glória. Quando oramos e concluímos com o “amém”, dizemos ao Deus que
sonda os nossos corações que tudo o que expressamos é verdadeiro. Por
esta razão, devemos levar muito a sério o dever da oração. Devemos nos
aproximar de Deus sabendo que ele não vê como vê o homem. Ele vê o
coração. Ele sabe quando nossos desejos estão direcionados para outras
coisas. Ele conhece a insinceridade dos nossos corações. Quando não
somos sinceros ou quando somos indiferentes em nossas orações, o “amém” é
uma mentira dita ao Deus que tudo sabe. Por isso, que ele nos guarde de
toda mentira e nos preserve no caminho da verdade, para que nossas
orações sejam, de fato e de verdade, nas palavras de Wilhelmus à Brakel, “a
expressão de santos desejos a Deus, em nome de Cristo, que, por meio da
operação do Espírito Santo, procede de um coração regenerado, junto com
o pedido do cumprimento desses desejos”.
A família na época pós-moderna
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização,
privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias,
muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é
relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um
tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na
lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está
nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo
muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude
tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir
algumas decisões:
Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.
Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.
Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.
Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.
Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!
Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.
Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.
Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.
Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.
Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!
Prioridades na família
Por Rev. Hernandes Dias Lopes
A família é um projeto de Deus. Foi a primeira instituição
divina. E foi criada para a glória de Deus e nossa felicidade. Para que a
família colime esse elevado propósito, necessário se faz que observemos
algumas prioridades.
Em primeiro lugar, Deus precisa vir antes das pessoas.
Devemos amar a Deus com toda a nossa alma e de toda a nossa força.
Devemos buscar em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça. Para ser
um discípulo de Jesus é preciso estar disposto a deixar pai e mãe e
amá-lo mais do que qualquer outra pessoa, por mais achegada que seja a
nós. Deus ocupa o primeiro lugar em nossa vida, ou então, ainda não
sabemos o que é segui-lo. O que é importante destacar é que, quanto mais
amamos a Deus, mais amamos nossa família e mais fortes ficam nossos
relacionamentos interpessoais. A nossa relação com Deus cimenta os
demais relacionamentos, colocando-os dentro de uma correta perspectiva.
Em segundo lugar, o cônjuge precisa vir antes dos filhos.
Pecam contra o cônjuge e contra os filhos, aqueles que colocam os
filhos em primeiro plano e o cônjuge em segundo plano. O maior presente
que podemos dar aos nossos filhos é amar, com desvelo, o nosso cônjuge. A
maior necessidade dos filhos é ver o exemplo dos pais. Não há família
saudável onde os relacionamentos estão fora dos trilhos. Investimos nos
filhos, quando investimos em nosso casamento. Cuidamos dos filhos,
quando priorizamos nosso cônjuge.
Em terceiro lugar, os filhos precisam vir antes dos amigos.
Precisamos ter discernimento para buscarmos as primeiras coisas
primeiro. Nossos amigos são importantes, mas nossos filhos são mais
importantes. Aqueles que não cuidam da sua própria família estão em
total descompasso com o projeto de Deus. Não podemos sacrificar nosso
relacionamento com os filhos para dar mais atenção aos nossos amigos.
Nenhum sucesso vale a pena quando o preço a pagar é o sacrifício dos
nossos filhos. Os pais precisam entender que seus filhos são prioridade.
Precisam investir neles o melhor do seu tempo e o melhor de seus
recursos. Precisam criá-los na admoestação e na disciplina do Senhor.
Não podem procá-los à ira para quem não fiquem desanimados.
Em quarto lugar, as pessoas devem vir antes das coisas.
Vivemos numa sociedade materialista e consumista. As prioridades estão
invertidas. As pessoas esquecem-se de Deus, amam as coisas e usam as
pessoas. Devemos, ao contrário, adorar a Deus, amar a pessoas e usar as
coisas. Quando colocamos coisas no lugar de pessoas tornamo-nos
insensíveis e apartamo-nos do projeto de Deus. Há pessoas que,
infelizmente, têm mais cuidado com o carro do que com os membros da família. São mais zelosos com seus objetos
pessoais do que com os relacionamentos dentro de casa. Amam mais os bens
materiais do que os membros da família.
Em quinto lugar, o reino de Deus precisa vir antes dos nossos projetos.
Temos visto muitos crentes dando para a Deus a sobra dos seus bens, de
seus talentos e do seu tempo. São pessoas que só se preocupam com as
coisas terrenas. Correm atrás de seus próprios interesses enquanto a
obra de Deus fica relegada a segundo plano. Essas mesmas pessoas, nas
palavras do profeta Ageu, semeiam muito e colhem pouco; vestem-se, mas
não se aquecem; comem, mas não se satisfazem; e o salário que recebem,
colocam-no num saco furado. O pouco que trazem, Deus o assopra, porque
não aceita sobras, uma vez que requer primícias. Precisamos buscar em
primeiro lugar o reino de Deus. Precisamos investir as primícias da
nossa renda na promoção do reino de Deus. Precisamos investir em causas de
consequências eternas. Nossa felicidade pessoal e familiar alcançarão
sua plena realização, quando essas prioridades estiverem alinhadas em
nossa vida!
O PASTOR E ASUA FAMÍLIA
Quando
Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista escreveu um sermão para
o casamento de uma sobrinha sua. Disse ele: “O casamento é maior que o amor que
vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande dignidade e força por ser a
ordenança santa através da qual Deus planejou a perpetuação da raça humana, até
os fins dos tempos. No amor que os une, vocês veem apenas a si mesmos no mundo,
mas ao se casarem tornam-se um elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer
e partir para a Sua glória, chamando-as para o seu Reino... Seu amor é
propriedade particular, mas o casamento não pertence apenas a vocês; é um
símbolo social, uma função de responsabilidade”.
Com
o advento do cristianismo, o casamento alcançou santidade e significação tais
como nunca se ouviu falar nos tempos antigos. A dignidade da mulher, de há
muito esquecido, foi como que redescoberta, e seu valor reconhecido. Nem mesmo
a lei romana ou a mosaica concediam à mulher direito em pé de igualdade com os
do homem, em importância e santidade. No cristianismo, a esposa, tanto quanto o
marido, têm direitos à total fidelidade do companheiro. A esposa deixa de ser
meramente a ajudadora do marido na vida presente, para ser coerdeira com ele da
vida eterna (1Pe 3.7).
A
mais elevada concepção de casamento, nos tempos antigos, era a de um
relacionamento moral. O casamento cristão é algo ainda mais sublime – um
mistério (Ef 5.32). Esse mistério é o relacionamento entre Cristo e a Igreja,
que é o reflexo do casamento. Por isso que as vidas pública e privada do pastor
devem estar em harmonia.
James
K. Bridges citando Spurgeon disse que em seu livro Lições a Meus Alunos, Charles Spurgeon exorta os ministros a se
empenharem a fim de que o caráter pessoal se harmonize, sob todos os aspectos,
com o ministério que Deus lhe confiou. Ele conta a história de uma pessoa que
pregava tão bem e vivia tão mal, que quando ele estava no púlpito, todos diziam
que ele nunca deveria sair dali; e quando não estava no púlpito, todos diziam
que ele nunca deveria tornar a subir nele. Depois, Spurgeon desafia-nos com
essa analogia: “Que nunca sejamos sacerdotes de Deus no altar e filhos de
Belial fora das portas do tabernáculo”.1 A vida cristã do pastor começa dentro de casa,
junto a sua família e não dentro da igreja, atrás do púlpito. Temos visto
muitos pastores que são como Naamã, herói para a comunidade e leproso dentro de
casa. Alguém ovacionado na nação, mas rejeitado dentro do próprio lar. Muitos são
sacerdotes dentro da igreja e filhos de Belial para a família. Não são poucos
os casos de pastores em crise familiar e não são poucos que já partiram para o
divórcio.
Porque
isso tem ocorrido com a família pastoral? Creio que isso ocorre porque muitos
pastores tem rejeitado o conselho de Paulo a Timóteo: “Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra
almeja. É necessário, portanto, que
o bispo seja irrepreensível, esposo de
uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para
ensinar; não dado ao vinho, não violento,
porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com
todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará
da igreja de Deus?)” (1Tm 3.1-5). Grifo nosso.
Certa
revista publicou interessante matéria sobre o piloto automático: "Um dos
grandes prodígios da ciência moderna é o piloto automático. Enormes
bombardeiros e aviões de transporte cortam o espaço a centenas de quilômetros
por hora, com a terra coberta pelas nuvens, ou pela escuridão; seguem, porém, o
seu curso com os movimentos automaticamente controlados por giroscópios".
A
agulha giratória é usada quando o piloto determina o rumo a ser seguido pelo
aparelho; mesmo que o seu destino fique além-mar, ele sabe que será atingido. É
possível que nós, pais, pastores, ainda não tenhamos marcado quaisquer alvos.
No entanto, chegou a hora de fazê-lo; estamos, afinal de contas, conduzindo
algo muito mais precioso do que os aviões de carga; estamos conduzindo toda a
nossa família.
Já
que o ministério pastoral começa dentro de casa, o pastor deve ter o cuidado
redobrado em relação ao seu lar. Para isso, o pastor deve observar três coisas
básicas:
1º
PLANEJE O SEU CASAMENTO
Em
nenhum outro lugar encontramos o padrão divino para o casal expresso de maneira
mais clara e simples que no primeiro comentário bíblico a respeito do
relacionamento entre o homem e a mulher. “Por
isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só
carne” (Gn 2.28). “Unir-se ao cônjuge” é uma expressão que abrange todos os
aspectos do relacionamento entre marido e mulher. Por isso, é de vital
importância que aquele que se sente chamado para o ministério cristão – pastor,
evangelista, missionário – seja extremamente cuidadoso em escolher o cônjuge.
No namoro, o provável candidato ao ministério deve ter cuidado em namorar
somente cristãs não só nascidas de novo, mas cheias do Espírito Santo e que
esta esteja disposta a servir no ministério com o seu marido aonde o Senhor
mandar.
O
jugo desigual não é só de crente com o descrente, mas pode ser também entre
crentes, principalmente em relação ao ministério. Se o pastor tem um chamado
específico para um determinado lugar e a esposa não quer o acompanhar já começa
a crise no lar. Por isso que um lar deve ser constituído com muita oração e
discernimento espiritual, pois aquilo que poderia ser uma bênção pode tornar-se
uma maldição.
2º
TENHA EM MENTE QUE O CASAMENTO DEVE SER INDISSOLÚVEL
O
casamento deve ser para toda a vida. E esta é uma união permanente. No projeto
de Deus o casamento é indissolúvel. Ninguém tem autoridade para separar o que
Deus uniu. Por isso que antes de falar sobre divórcio, Jesus falou sobre o
casamento (Mt 19.3-6). Podemos comparar o casamento a uma viagem a dois, onde
muitas coisas podem ocorrer nesse trajeto até que a morte os separe. Por isso
que o marido e a mulher devem estar juntos na alegria e na tristeza, na saúde e
na doença, na prosperidade e na adversidade. Só a morte pode separá-los (Rm
7.2; 1Co 7.39).
Creio
que se o casal observar esses dois princípios básicos a palavra divórcio não
existirá no vocabulário do cônjuge. O casamento foi a única instituição
estabelecida por Deus antes da queda. Ele deve ser considerado digno de honra
por todos os povos, em todos os lugares, em todo o tempo (Hb 13.4). O casamento
é uma instituição divina para os cristãos e para os não cristãos, e Deus é
testemunha dessa aliança, quer eles entendam ou não. Por isso, Deus odeia o
divórcio tanto daqueles que o conhecem quanto daqueles que não o adoram como
Senhor (Ml 2.16).2 Embora a sociedade pós-moderna esteja fazendo
apologia ao divórcio, os princípios de Deus não mudaram, nem jamais mudarão.
3º
O CASAMENTO NÃO PODE SER POR CONVENIÊNCIA
O
casamento não é mera conveniência para vencer a solidão, nem um expediente para
perpetuação da raça. Primeiro, e acima de tudo, o casamento é o espelho do
relacionamento divino-humano. Todo casamento foi feito para representar a Deus:
Seu relacionamento consigo mesmo – Pai, Filho e Espírito Santo – como também o
Seu relacionamento com o Seu povo (Ef 5.32). O pastor precisa ter em mente que
o casamento exatamente isso, pois ele precisa vivenciar essa comunhão com o seu
cônjuge como também ensinar aos futuros casais.
Quem
embarca em um casamento por conveniência está fadado a viver uma vida infeliz e
ser uma infelicidade na vida da esposa e dos filhos. Busque em Deus uma esposa,
pois esta o Senhor tem para o pastor, veja o que Salomão tem a nos dizer a
respeito disso em Pv 18.22: “O que acha
uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR”. Deus, mais do
que ninguém, está interessado em ver o lar do pastor abençoado.
Pense nisso!
Nota
1 - Bridges,
James K. O Pastor Pentecostal – A vida pessoal do pastor. Ed. CPAD, Rio de
Janeiro, RJ, 1999: p. 109.
2 - Lopes, Hernandes Dias. Casamento, divórcio e novo casamento. Ed. Hagnos, São
Paulo, SP, 2005: p. 37
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