Por Josemar Bessa
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” - Hebreus 7:26 - Apenas parte da verdade nos leva ao completo erro.
Muitas vezes o homem vai
até as Escrituras não para ser transformado por ela, mas para tentar
encontrar uma justificação para o seu estilo de vida, estilo de vida que
não flui da prioridade de ver Deus glorificado na sua vida, mas
centrado em si e em seus deleites.
Esse tipo de motivação
fecha os olhos do entendimento das Escrituras. Muitos justificam seu
estilo de vida (muitas vezes até dizem estarem sendo apenas missionais)
baseado num texto de Mateus 11.19 que diz: “...e dizem: Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores” -Mateus 11:19
É assim que Cristo se
descreveu? É assim que Mateus descreveu Jesus? É assim que o Pai
descreveu o Filho. Jesus foi referido por seus inimigos como“glutão e
beberrão, amigo de publicanos e pecadores” – Esses mesmos inimigos
disseram: “Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu,
príncipe dos demônios” Lucas 11:15 – Esses mesmos homens disseram que
João Batista tinha demônio: “Porquanto veio João, não comendo nem
bebendo, e dizem: Tem demônio” - Mateus 11:18
Jesus não era nenhuma
das coisas que a expressão quer mostrar, nem ele procurou tal reputação.
Essa era a maneira de os Fariseus... difamarem o Filho de Deus, João
Batista...
Ele era um “amigo de
publicanos e pecadores”, apenas no sentido de que os levantou e salvou (
como Zaqueu, por exemplo, ou o próprio Mateus ) – os tirou para fora do
lamaçal do pecado e colocou seus pés sobre a rocha. Tentar usar a
difamação dos Fariseus como desculpa para o mundanismo, mostra a mesma
hostilidade, por fim, a quem Cristo de fato era – O Deus santo, o santo
Filho de Deus: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente,
imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus”
- Hebreus 7:26 – Separado dos pecadores. Essa não é uma definição que
flui dos fariseus – mas de Deus.
Ele era um “amigo de
publicanos e pecadores”, apenas no sentido de que os levantou e salvou,
mas não em adotar ou incentivar a sua vida e seu estilo de vida de amor
ao pecado, usando seu linguajar chulo, obsceno... por abraçar seus
valores moldados pelo pecado, por abraçar o pecado como
entretenimento... abraçando essas coisas a fim de ganhar sua admiração
ou ganhar a adesão deles como discípulos... Isso é simplesmente cometer a
mesma blasfêmia dos fariseus – Ele era “santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores...” – Ele confrontou a maldade e repreendeu seus
pecados tão corajosamente como ele pregou contra os erros dos fariseus:
“Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham
escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem! Portanto, se a
tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira-o para longe de
ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas
mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno”. - Mateus 18:7-8
Cristo também comeu e
bebeu com fariseus - “E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele;
e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa” -Lucas 7:36 – tão
facilmente como Ele comeu com publicamos. Nenhum dos dois – publicanos
ou fariseus – moldaram a vida dEle. A vida dos dois grupos era uma vida
que desonrava a Deus, digna de Seu desprazer e juízo – e os dois grupos
de homens foram chamados ao arrependimento e a mudança radical operada
pelo Espírito Santo que leva o homem a viver como Paulo descreveu:
“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os
vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o
vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede
transformados pela renovação do vosso entendimento, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus
-.Romanos 12:1-2
A diferença
significativa entre o cobrador de imposto típico, não é que sua vida não
mudou e ele continuou com o mesma visão e estilo de vida, mas achou
Jesus legal. A diferença é exatamente que eles estiveram mais dispostos a
confessar seu pecado, seu estilo de vida ofensivo a Deus e confessar
sua própria necessidade desesperada de perdão e transformação de sua
vida que os fariseus. A diferença foi exatamente não continuarem sendo
os mesmos. É o que aconteceu com Mateus. Ele foi chamado ao
arrependimento e foi completamente transformado: “E Jesus, passando
adiante dali, viu assentado na recebedoria um homem, chamado Mateus, e
disse-lhe: Segue-me. E ele, levantando-se, o seguiu”. Mateus 9:9 – Ou
seja, ninguém pode usar o cobrador, publicano Mateus, para justificar
sua falta de transformação que afeta toda a sua vida, valores... do
mundo para Deus, do pecado para a santidade...
A Bíblia não faz a menor
sugestão que Jesus assumiu a aparência e o estilo de vida de um
publicano, seus prazeres pecaminosos... tenha se tornado um glutão...
(par dizer pouco)... a fim de ganhar a aceitação de uma subcultura sem
Deus. Ele não o fez. Ele mesmo era e é o Deus santo, “separado dos
pecadores!”.
Enaltecer símbolos de
indulgência carnal, como se fossem válidos como emblemas da identidade
espiritual, não passa de desculpa de um coração mundano. Nenhuma
indulgência carnal pode promover a glória e a causa do reino de Deus.
Quando disfarçamos o
estilo de vida do homem sem Deus e em seus pecados como estratégias...
isto não altera a sua verdadeira natureza. O homem que faz isso na
verdade se assemelha a Ló, que armou sua tenda na direção de Sodoma, e
não com Cristo, que é “santo, inocente, imaculado, separado dos
pecadores...”
A descrição e visão que
os fariseus tinham de Filho de Deus: “...e dizem: Eis aí um homem
comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores” -Mateus 11:19 -
“Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe
dos demônios” Lucas 11:15.
A descrição de Deus:
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado,
separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus...” -
Hebreus 7:26
Que descrição encontra a alegria do teu coração e molda sua vida?
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