Por Josemar Bessa
Amor ou Lei? Essa
dicotomia é feita o tempo todo em nossa geração. Colocar o amor contra a
lei como se fossem coisas mutuamente excludentes é um erro extremamente
comum. Nós vivemos numa época de frases feitas, repetidas
exaustivamente nas conversas pessoais, redes sociais... então você ouve:
“Você quer ter uma religião de amor ou uma religião da lei?
Todo essa conversa,
apesar de ser tão comum, é completamente anti-bíblica. O amor, por
exemplo, é uma ordem da lei: “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.” -
Deuteronômio 6:5 – “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos
do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.”
- Levítico 19:18 – “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus
disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande
mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
- Mateus 22:36-40
Quando falamos sobre o
dever de amar (como a Bíblia define o amor e não a cultura), estamos
expressando a lei. Então, como é óbvio, se você incute em sua mente que a
lei não importa, o amor deve ser jogado fora, pois ele (sua verdadeira
expressão) é o resumo da lei.
Jesus, ao contrário do
que é feito tão comumente em seu nome, jamais diz algo parecido com –
“você quer ter uma religião de amor ou uma religião da lei?” – Para
Cristo não existe de forma nenhuma nenhum amor por ele além de mantê-la:
“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e
aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me
manifestarei a ele.” João 14:21 – “Se me amais, guardai os meus
mandamentos.” - João 14:15
Tudo isso é ligado, por
Cristo, inexoravelmente a comunhão verdadeira que o homem tem com Ele e
com o Pai – observar os seus mandamentos – quando O obedecemos,
guardamos seus mandamentos, evidenciamos que o amamos. Quando o amamos
fica evidente o amor do Pai por nós, e todos a quem o Pai ama, Cristo
ama e se revela a eles: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda
esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o
amarei, e me manifestarei a ele.” - João 14:21 - É impossível definir
“permanecer no amor de Jesus” – como algo separado ou além de guardar os
mandamentos claros que dele fluem – “Se guardardes os meus mandamentos,
permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os
mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.” - João 15:10 – Não há
possibilidades, segundo Cristo, de alegria verdadeira, plenitude de
alegria fora da busca por santidade: “Tenho-vos dito isto, para que o
meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.” - João 15:11
A lei é uma expressão do
que Ele é, uma expressão do seu caráter – é o plano de Deus para o seu
povo santificado desfrutar de comunhão com Ele.
Os Salmos estão cheios
de declarações de amor e deleite profundo aos mandamentos de Deus – são
expressões naturais do coração regenerado – “Antes tem o seu prazer na
lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” – “Mais
desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces
do que o mel e o licor dos favos.” - Salmos 19:10
Jamais tememos amar,
meditar e repousar sobre a lei, jamais como um meio demerecer a
justificação ou ser justificado, mas como expressão inexorável deter
sido justificado pela graça que há em Cristo e ter recebido por graça
uma nova natureza. Por isso o apóstolo da Graça diz: “...vamos continuar
no pecado para que a graça abunde" Romanos 6:1 – “Deus me livre!” – Diz
Paulo: “De maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como
podemos continuar vivendo nele?” Romanos 6:2 - Poderia ser mais claro?
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