Por Fabio Campos
Texto base: “Antes
subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos
outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. – 1
Coríntios 9.27 AFC
O grande apologista C.
L. Lewis já dizia, “as pessoas precisam ser mais lembradas do que
instruídas”. O amado Apóstolo Paulo não se cansou de repetir as mesmas
coisas às igrejas, preservando assim a espiritualidade e contribuindo
com a segurança dos irmãos (Fp 3.1). O assunto não é tão simplista como
se parece.
Dentro do ativismo
secular, o Senhor se preocupa com o ativismo religioso dos seus
escolhidos. A exemplo disso segue o que disse o apóstolo, o qual viu a
Cristo através de visão; plantou igrejas; sistematizou a teologia cristã
e foi irrepreensível na lei; contudo, preservava e zelava por sua
espiritualidade em meio a todas essas atividades: “... para que, tendo
pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.
Muitos ainda não
entenderam na prática que é pó. O relacionamento com Deus é nutrido de
joelhos e com as lágrimas. Existem momentos em que precisamos
examinar-se a si mesmos e arrazoar se somos tudo aquilo que os outros
pensam que somos. Na real? As coisas não são bem assim! Na tentativa de
passar uma imagem da qual não somos nos perdemos e tropeçamos em muitas
palavras. Consultando o travesseiro em união com o Pai - olhando nossa
pequenez -, somos conduzidos a um estado de miséria genuína. Não digo a
que escrevemos pelas frases prontas do facebook [“sou pobre e pecador”],
mas dentro de uma realidade contemplada pelo espelho.
Muitos [assim como eu]
têm a ciência, e disto o Espírito testifica que, não estamos bem, e há
uma busca em demasia por aquilo que é efêmero. Olha a intranquilidade
que agita nosso coração pelo anseio e busca priorizando o “ser perfeito”
a vista de todos. São nestes momentos que identificamos o quanto
estamos vazios – quanto nossa vida espiritual está mirrada. A teologia
pensa sobre Cristo; a espiritualidade forma Cristo em nós.
Como certa vez ouvi de
um grande teólogo; na introspecção e no devocional, por um “instante”, a
teologia precisa ser deixada de lado [digo no estudo]. Como crianças,
em certos momentos, precisamos ser ousados o suficiente para lançar-nos
aos braços de Jesus, clamando pelo Aba. Passar tempo com Ele escolhendo a
melhor parte - “ouvi-lo” em vez de “fazer”. Sejamos sinceros – consulte
[assim como eu] sua consciência e responda: “Como vai sua
espiritualidade”?
Paulo com toda essa
bagagem preocupou-se com isso. O texto (1 Co 9.27) que usamos para
trazer esta reflexão, “reprovado”, traz o sentido metafórico de
“merecedor de condenação”, “réprobo” [‘detestado’; ‘infame’]. É muito
mais sério do que talvez imaginemos! Precisamos cuidar um pouco mais da
nossa comunhão com Deus e construir uma espiritualidade saudável. Você
pode até ler meus textos no blog e meus post’s no facebook, e assim
dizer, “... este é um grande homem de Deus, oxalá tivesse tal intimidade
com o Senhor como ele”.
Não é bem assim, amados!
Muitas das nossas orações são de nós para nós mesmos. Assim também
segue os estudos, os postes, nossa pregação e apologética. “De nós para
nós, usando o nome de Deus”. A espiritualidade de um homem não é
construída nas praças; ou na sala de aula; nem tão pouco nos grandes
congressos. A verdadeira espiritualidade é construída em nosso quarto -
com a porta fechada - orando não como convém devido a nossa fraqueza,
mas com gemidos inexprimíveis, na sinceridade e certeza de que, ninguém
está arrazoando publicamente o falar, as orações e a forma pelo qual
pensamos sobre Deus.
Precisamos passar mais tempo com o Senhor Jesus na prioridade de
conhecê-Lo. É necessário esmurrar o corpo - reduzindo-o a escravidão-,
para que, terminado todas as obrigações de um despenseiro, não venhamos a
ser desqualificado.
Seja sincero e responda:
Como Deus olha sua espiritualidade? Não o que você faz para Ele, mas
quem você de fato é? Alguém sincero que anda humildemente com o seu Deus
terá o discernimento e reconhecerá se há algo que esteja faltando na
comunhão com o Seu Criador.
Pensemos nisso!
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