Por Josemar Bessa
Acreditar na verdade
bíblica da Soberania de Deus, na Graça soberana... aponta para o
imperativo da santificação. O mundanismo em quem fala sobre a graça é
sempre fruto da separação impossível da graça e da verdade, como se
fossem coisas antagônicas. A manifestação da glória de Deus em sua
perfeição em Cristo e em toda a Palavra mantém sempre estas duas coisas
juntas: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua
glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
João 1:14
A nossa santidade foi planejada por Deus na eternidade: “Porque
a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,
Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências
mundanas, vivamos neste presente século sóbria, e justa, e piamente”
- Tito 2:11-12 – É assim que a graça se manifesta. A graça de Deus se
manifestou e isso sempre produz santidade. A “graça de Deus se
manifestou” aponta, é uma referência a Cristo. Ele já veio e esse plano
eterno mostra que a nossa santidade é fruto de planejamento eterno.
A linguagem junto com a eleição sempre é esta – aponta para a santidade, “Revesti-vos,
pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de
misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”
-Colossenses 3:12 – e qualquer ensino das Doutrinas da Graça que não
apontem para isso, mas como uma liberdade para ser e viver como o homem
natural, caracterizado pela sociedade que nos cerca, é uma grosseira
falsificação da Verdade, o que não tem sido incomum nestes dias.
A santidade está enraizada no conselho eterno de Deus: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho”
- Romanos 8:29 – O propósito divino é mostrados na nossa conformidade a
Cristo. Isto nada mais é que Santidade. A semelhança com Cristo é a
santidade, e é de suma importância isso ficar claro para nós. Podemos
ter inúmeras habilidade, conhecimento teológico, capacidade intelectual,
habilidades na comunicação, mas se não há semelhança com Ele, não há
santidade.
Como podemos saber que
fomos eleitos, pergunta John Owen – A resposta sempre vem – Deus
destinou que você seja santo? Ainda temos um combate com o pecado mesmo
sendo homens regenerados, e sem a Graça nós falharíamos completamente
neste combate, mas o plano eterno de Deus é o impulso e poder necessário
e suficiente para o crescimento em santidade.
A imagem de Deus foi
quebrada no homem quando este pecou – a obra eterna de Deus visa
exatamente nos livrar de tudo que não é Cristo em nós, santificação! O
propósito de Deus é que sejamos à imagem de Seu Filho, e a isto fomos
eleitos e predestinados. Em Romanos, Paulo continua dizendo que NADA vai
frustrar esse plano – Satanás?... Quem pode ficar no caminho de Deus?
Quem pode destruir Seu propósito? Em seu poder Onipotente e Soberano
Deus em seu plano restaura o universo para que ele reflita Cristo.
Ele“desconstrói” os eleitos e reconstrói nosso caráter, vida... para
sermos semelhantes a Cristo. Deus está determinado que você (se de fato é
igreja de Cristo) vai ser transformado na mesma imagem de Cristo.
Santidade nos eleitos de Deus não é uma ameaça, mas um motivo de
alegria, adoração, humildade... porque a santidade foi comprada pela
obra perfeita de Cristo para todos aqueles que Deus chamou eficazmente.
Precisamos ver que o
papel de Cristo na santificação se estende para muito além da compra
somente, a santidade foi adquirida por Cristo – não como um trabalho
adicional, Justificação e Santificação estão ligadas entre si e
inseparáveis. Minha santificação é tão comprada como qualquer outro
aspecto da salvação. Podemos ficar tão focados no sangue de Cristo que
perdoa, que perdemos de vista que ele também compra a nossa santificação
e santidade. Não há nenhuma benção no Evangelho que vem de algo além de
Cristo e este crucificado. Nós não recebemos nada ( e nem poderíamos )
que Ele não tenha comprado por sua obediência e expiação: “E, visto
como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou
das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império
da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte,
estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não
tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha
que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel
sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo.” - Hebreus 2:14-17
A morte de Cristo é uma
realidade multifacetada, e isto é assim porque o pecado não é uma massa
única e independente em nossos corações, mas o pecado é tecido
multidimensionalmente em nossas vidas. A salvação no Sangue derramado na
Cruz é uma perfeita expiação que corresponde a esse pecado. Estamos
indo para sermos um dia totalmente santificados – o que significa que
não haverá nenhum vestígio de pecado em nós – e esse processo poderoso e
infalível em todos os que Deus elegeu, começa imediatamente no momento
que o homem é regenerado: “que se entregou a si mesmo por nossos
pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a
vontade de nosso Deus e Pai” Gálatas 1:4
Muitas vezes o
entendimento das pessoas sobre a cruz é completamente superficial –
temos que enxergar as múltiplas dimensões do pecado e entendermos
claramente as múltiplas dimensões da obra feita na cruz: “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença.” - Efésios 1:4
“Revesti-vos, pois,
como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de
benignidade, humildade, mansidão, longanimidade” -Colossenses 3:12
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