![](http://3.bp.blogspot.com/_T9Ev6D2alXk/TGFc-og5ZrI/AAAAAAAABdg/iiQ8XyppiOs/s400/images.jpg)
Por R. C. Sproul
A Depravação Humana
Um
ponto comum de debate entre os teólogos concentra-se na pergunta: os
seres humanos são basicamente bons ou basicamente maus? A base sobre a
qual o argumento se move é a palavra basicamente. É um consenso
praticamente universal que ninguém é perfeito. Aceitamos a máxima que
diz que "errar é humano".
(Jeremias 17.9; Romanos 8.1-11; Efésios 2.1-3; Efésios 4.17-19; 1 João 1.8-10) A
Bíblia diz que "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm. 3.23).
A despeito desse veredicto da falência humana, em nossa cultura
dominada pelo humanismo ainda persiste a idéia de que o pecado é algo
periférico ou tangencial à nossa natureza. De fato, somos maculados pelo
pecado. Nosso registro moral é repreensível. Mesmo assim, de alguma
maneira pensamos que nossas obras más residem na extremidade ou na
periferia do nosso caráter e nunca penetram o âmago. Basicamente,
conforme se supõe, as pessoas são inerentemente boas.
Depois
de ser resgatado do cativeiro no Iraque e de ter experimentado em
primeira mão os métodos corruptos de Sadam Husseim, um refém americano
declarou: "A despeito de tudo que suportei, nunca perdi a confiança na
bondade básica das pessoas", Talvez esta visão se apóie em parte
sobre a tênue escala da bondade e da maldade relativa das pessoas.
Obviamente, algumas pessoas são muito mais perversas do que outras.
Perto de Sadam Hussein ou de Adolf I Hitler, o pecador comum fica
parecendo santo. Entretanto, se olharmos para o padrão supremo de
bondade — o caráter santo de Deus —, perceberemos que aquilo que
parece ser bondade básica no padrão terreno, é extrema corrupção.
A
Bíblia ensina a depravação total da raça humana. Depravação total
significa corrupção radical. Temos de ter cuidado para ver a diferença
entre depravação total e depravação absoluta. Ser completamente
depravado significa ser o mais depravado possível. Hitler era
extremamente depravado, mas ainda poderia ter sido pior do que era. Eu
sou pecador. Mas poderia pecar com mais freqüência e com mais
gravidade do que faço. Não sou absolutamente depravado, mas sou
totalmente depravado. Depravação total significa que eu e todas as
demais pessoas somos depravados ou corrompidos na totalidade do nosso
ser. Não existe nenhuma parte de nós que não tenha sido tocada pelo
pecado. Nossa mente, nossa vontade e nosso corpo estão afetados pelo
mal. Proferimos palavras pecaminosas,praticamos atos pecaminosos e
temos pensamentos impuros. Nosso próprio corpo sofre a destruição do
pecado.
Talvez
depravação radical seja um termo melhor do que “depravação total”
para descrever nossa condição caída. Estou usando a palavra radical
não tanto no sentido de extremo, mas com um sentido mais próximo do
seu significado original. Radical vem da palavra latina para “raiz” ou
âmago”. Nosso problema com o pecado é que ele está enraizado no âmago
do nosso ser. Permeia todo nosso coração. O Pecado está no nosso
âmago e não simplesmente no exterior da nossa vida, e por isso a
Bíblia diz:
Não
há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a
Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o
bem, não há nem um sequer. Romanos 3. 10-12
É
por causa dessa condição que a Bíblia dá o seu veredito: estamos
“mortos em nossos delitos e pecados” (Ef 2.1); estamos “vendidos à
escravidão do pecado” (Rm 7.14); somos “prisioneiros da lei do pecado”
(Rm 7.23) e somos “por natureza filhos da ira” (Ef 2.3). Somente por
meio do poder transformador do Espírito Santo podemos ser tirados desse
estado de morte espiritual. É Deus quem nos vivifica, quando nos
tornamos feitura dele(Ef 2.1-10)."Ele vos vivificou, estando vós
mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, entre os
quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza
filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em
misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, (Ef 2.1-4)
Nenhum comentário:
Postar um comentário