Por Renato Vargens
Nos últimos 20 anos tem se multiplicado assustadoramente o número de pastores que abandonaram as Escrituras Sagradas e o aconselhamento bíblico em detrimento ao estudo da psicologia e da psicanálise. Na verdade, boa parte dos líderes evangélicos acreditam ainda que inconscientemente, que a Palavra de Deus não é suficientemente capaz de sarar o coração ferido, sendo assim necessário a aplicação de técnicas terapeuticas bem como o auxílio de doutrinas psicológicas. Nesta perspectiva, tenho visto e testemunhado dezenas de pastores dedicando a maior parte de seu tempo tentando aprender aquilo que Freud e cia tem a dizer sobre o comportamento humano.
Bom,
antes que seja apedrejado pelos psicólogos que me lêem, afirmo que
considero a profissão de psicólogo extremamente importante em nossa
sociedade, entretanto, ao contrário de outros segmentos, acredito que
tanto o pastor como o teólogo deveriam priorizar exclusivamente o estudo
das Sagradas Escrituras, como também da Teologia. No entanto, em
virtude do relativismo de nosso tempo, onde o que mais se enfatiza é a
satisfação pessoal, inúmeros lideres cristãos, das mais diversas
denominações, tem abandonado o estudo sistemático da Palavra de Deus
para dedicar-se ao estudo do comportamento humano, proporcionando com
isso a "adequação" do evangelho de Cristo aos padrões humanistas deste
tempo pós-moderno.
Ora,
nestes últimos anos, o número de pastores interessados em psicologia
aumentou consideravelmente. Em 2000, A revista Veja trouxe um artigo
intitulado "A Bíblia no Divã", mostrando que é cada vez maior o número
de pastores que têm procurado os cursos de formação rápida de
psicanálise tentando conciliar Freud com o Senhor Jesus Cristo.
Caro
leitor, sinceramente fico a questionar qual o propósito desses
pastores. Será que querem aprender como lidar com o ser humano usando
concomitamente a Bíblia e Freud? Será que acreditam que através da
psicanálise estão habilitados para a tarefa pastoral do aconselhamento?
Confesso
que sinto-me profundamente entristecido em ver que homens de Deus têm
abandonado a suficiência das Escrituras em detrimento aos
ensinamentos da psicanálise. Ora, sem a menor sombra de dúvidas a
Bíblia é fonte inesgotável, incomparável, insubstituível,
indispensável, inequívoca, indiscutível de sabedoria.
As
Escrituras Sagradas contém remédio para a psiquê. A Santa Palavra de
Deus é o nosso maior e melhor manual de aconselhamento. Como bem disse
o salmista: a Palavra de Deus é “perfeita e restaura a alma”; é “fiel
e dá sabedoria aos símplices”; é correta e alegra o coração; é pura e
“ilumina os olhos”. Seus ensinos são “mais desejáveis do que o ouro,
mais do que muito ouro depurado”. Por meio dela, o povo de Deus é
advertido, protegido do erro e de angústias, e, “em os guardar, há
grande recompensa” (Sl 19.7-11).
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