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Por Pr Geziel Nunes Gomes
Onde
estão os pregadores plenamente comprometidos com a essência do
Evangelho de Cristo, capazes de ministrar o trigo da Palavra sem o joio
das imaginações humanas, tão a gosto da modernidade homilética?
Onde
estão os pregadores vestidos de simplicidade e revestidos de
transparência, capazes de oferecer o testemunho de sua própria vida como
pano de fundo para suas mensagens?
Onde
estão os pregadores dispostos a abrir mão de aplausos e de gestos
bajuladores, de conchavos e de barganhas que comprometem a seriedade da
mensagem da Cruz e ofuscam o brilho da glória da Ressurreição do Santo
Jesus?
Onde
estão os pregadores que não se vendem por honrarias, não se trocam por
homenagens extemporâneas e não se maculam com subvenções de origem
obscura?
Onde
estão os pregadores que rejeitam ser conduzidos por empresários de
profetas, agenciadores de compromissos e mercadejadores de astros e
estrelas?
Onde
estão os pregadores que ainda se atrevem a pregar sobre os longos
cravos, as grossas gotas de sangue e os momentos de agonia do Nazareno?
Onde
estão os pregadores que ainda se arriscam a pregar o arrependimento e a
confissão de pecados, a humildade e a renuncia, a santidade e o jejum?
Onde
estão os pregadores que ministram sobre a Vinda de Cristo, não para
serem admirados por sua memória, senão para serem tocados pela sua
compaixão?
Onde
estão os pregadores que tomam tempo aos pés do Amado, até que se
sintam encorajados a dizer: “eu vos entreguei o que recebi do Senhor
Jesus…”?
Onde estão os pregadores que não substituem Paulo por Flávio Josefo, Isaias por Sêneca e Jeremias por Victor Hugo?
Onde
estão os pregadores que não estão obcecados por encantar o auditório
com truques de oratória, visto que estão inundados pela unção plena do
Avivamento real, que é capaz de levar quase três mil almas de uma só
vez a um estado de quebrantamento real?
Onde
estão os pregadores que ainda valorizam os apelos para salvação de
vidas, ao invés de simplesmente fazerem delirar as multidões com
promessas de carro zero e vida sem lutas e aflições?
Onde
estão os pregadores que seguem o exemplo de Ezequiel, que somente foi e
falou à casa de Israel depois que comeu o rolo por inteiro?
Onde
estão os pregadores que não pretendem usar o púlpito para desabafos,
preferindo sofrer a fazer sofrer, perder a fazer perder e morrer a
fazer morrer?
Onde
estão os pregadores que não foram atacados de amnésia, esquecendo por
completo de pronunciar em suas mensagens as palavras pecado e
arrependimento?
Onde estão os pregadores que não admitem ser o porta-voz do Mundo, visto já serem a boca de Deus, a voz do que clama no deserto?
Onde
estão os pregadores revoltados com a idéia de que a igreja seja um
circo, o culto seja um show e o pregador um artista (ou palhaço)?
Onde
estão os pregadores que fogem do perigo de manter as massas
analfabetas da Palavra, estimulando-as à leitura habitual e meditação
constante do Livro de Deus?
Onde
estão os pregadores que levam em consideração o conselho de Spurgeon: “
se Deus te chamou para pregar, não aspires ser o rei da Inglaterra”?
Onde
estão os pregadores que se pautam pela palavra de I Co 2.7, segundo a
qual “ falamos a sabedoria de Deus em mistério, a sabedoria oculta , a
qual Deus ordenou antes dos séculos?
Onde estão os pregadores que se fazem fracos para ganhar os fracos, e não poderosos para ganhar os poderosos?
Onde estão os pregadores que dão ao povo comida sólida, ao invés de um divertido fast food?
Onde
estão os pregadores que se negam a fazer do ministério uma rendosa
profissão, a fim de não perderem a benção de serem sacerdotes e
profetas do Senhor?
Onde
estão os pregadores que pregam APENAS a Palavra, como foi recomendado
por Paulo e não um evangelho social, soft, light, raso e sem
compromisso?
Alegra
a todos os fiéis filhos de Deus saber que esses pregadores existem,
não são uma classe em extinção, não perderam sua identidade nem sua
autenticidade. O único problema é descobrir onde eles estão: se na cova
de Adulão, se embaixo de um zimbro, se à sombra de uma aboboreira, se
junto ao rio Quebar. Não é tão fácil encontrá-los.
Mas que existem, existem.
Uns pensam que somente existe Elias. Mas Deus diz que são sete mil.
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