Por Fabio Campos
Assim como sempre haverá
“os pobres em nosso meio” - assim também haverá “os homens entregue à
suas paixões”, dominados pela ganância e pelo poder. Homens ricos e
orgulhosos que zombam com desprezo dos pobres nas salas de reuniões e
aparece a público na maior “cara lavada” com seus discursos sofistas e
pseudo-piedosos. As esperanças escatológicas não são boas! Não sou
fatalista acomodado no cinismo e na apatia ao sofrimento. Antes, no
dever de todo cristão, “não me conformo com o presente mundo”. Mas o
fato é que as Escrituras nos tira de uma ilusão de um possível paraíso
terreno quando nos transposta para a sequência da seguinte frase: “e nos
últimos tempos”...! Faça essa pesquisa e descubra por si o que “haverá
nos últimos tempos”. O Novo Testamento é pessimista quanto ao que há de
vir neste presente corpo.
Logo, então, não estamos
imunes aos sofrimentos e decepções. O “cálice” nem sempre será
removido; contudo, há descanso “na vontade de Deus”. Para onde
elevaremos nossos olhos? Nosso senso de justiça é aguçado ainda mais na
contemplação de toda podridão e impureza que assistimos ao nosso redor.
Temos a Palavra em nosso coração e por isso, “talvez”, pecamos menos,
mas pecamos. Nossa aflição é consequência da lei [do pecado] que age em
nossos membros que contraria a Lei que está em nossa mente. Quero fazer o
bem, nisto eu penso, e do contrário do que dizem, não posso! Miserável
homem que sou! Nesta frase há salvação e redenção, pois o verso seguinte
diz que “não há mais condenação para os que estão Cristo Jesus”. Só
alguém convencido pelo Espírito pode dizer tal cousa, e todo aquele que o
Pai enviar de maneira alguma será rejeitado pelo Filho.
O fato de não haver
aparente mudança não significa necessariamente que Deus não atendeu
nossa oração. O Salmista elevou a oração ao Senhor, e assim como o
escravo que depende do seu dono, e as escravas que depende de suas
donas-, assim também disse ele que esperava “o tempo da compaixão de
Deus”. A oração através de súplicas guarda nossa mente e o nosso coração
em Cristo nos momentos em que somos desprezados e jogados na marginal
da vida. O homem de dores e experimentado nos sofrimentos sabe o que é
padecer. Assim se compadece de todas nossas fraquezas. Ainda que o Verbo
seja Divino, Criador dos céus e da terra, com Deus no princípio, Ele se
Fez carne e habitou entre nós. Sua Divindade é mansa e humilde, por
isso traz descanso para a alma. O Nazareno rejeitou o cavalo e preferiu o
jumento, filha de jumenta, nascido Ele em Belém Efrata, criado na pior
das periferias – Nazaré!
Por isso nEle despojo
meu orgulho e não olho com arrogância para os demais homens. Também me
contento com qualquer circunstância - seja na escassez – seja na
bonança. Não vou atrás das grandes coisas e extraordinários projetos que
estão fora do meu alcance. Quero viver como criança que descansa nos
braços da mãe, satisfeito e tranquilo com o coração calmo dentro de mim.
E lembrar diante do cenário que jaz no maligno, constituído de homens
perversos – a minha esperança está no Senhor Deus, desde agora e para
sempre. Isto sim quero trazer a memória! Amém!
Soli Deo Gloria!
Fonte: Fabio Campos
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