Por Fabio Campos
Texto base: [o amor] “... não se porta inconvenientemente”. (1 Co 13:5 SSB)
Charles Spurgeon (1834-1892), príncipe dos pregadores, certa vez,
alertou a igreja a respeito do entretenimento sendo o chamariz para
atrair pessoas ao Evangelho: “Precisamos alimentar as ovelhas e não
divertir os bodes”. Não sou contra contar uma piada ou usar de uma
ilustração engraçada para conectar o ouvinte a mensagem. É válido e tem
muito pastor que faz isso de forma brilhante! O problema é quando a
mensagem inteira está inserida dentro de um roteiro de comédia. O pão
desceu do céu para alimentar os famintos e não divertir os que estão de
“barriga cheia”. Quer diversão? Minha dica é o programa do Chaves! Só
as palavras de Jesus são de vida eterna e pode alimentar a alma sedenta
do homem.
O amor não se porta com grosseria! Não expõe a pessoa - antes a
preserva! Quem ama não constrange, mas pacifica e apaga o fogo. A galera
que gosta de tirar um sarro do defeito alheio, cuidado! Ainda que você
pregue muito bem, fala em línguas estranhas, seja uma pessoa desprendida
do que é material e tenha uma fé que faça montanhas transportarem de um
lugar para o outro, se não houver amor, de nada valerá. “O amor não se
porta inconvenientemente”! Quem ama é educado!
O povo de Deus é um povo sensível, educado, discreto, que sabe entrar e
sair. Não é espalhafatoso! É tardio no irar e no falar! Sabe responder
com mansidão e bom senso a todos que o perguntam a razão da sua
esperança. A amargura, a ira, a falta de respeito e a grosseria não
combinam com os frutos do Espírito: paz, alegria, mansidão, bondade,
benignidade e domínio próprio. Como é horrível estar com gente que gosta
de “se aparecer”. Enquanto digo estar lendo um livro, ele diz estar
lendo três ao mesmo tempo. Ele é o “cara”! Parceiro do “Arcanjo Miguel”!
Amados, o ensino e a conduta da igreja tem por termômetro o púlpito. Se
houver meninice, a igreja será uma creche. Paulo diz a Timóteo para
fugir destas coisas e seguir a justiça, a piedade, a fé, o amor, a
perseverança, e a mansidão. Ele mesmo era um exemplo em tudo. Sabia
repreender a todos com longanimidade e doutrina. Infelizmente o
mundanismo tem tomado conta dos nossos templos. Apelidos frívolos e
palavras torpes já não estão somente em nossas frases, mas viraram
habitação de nosso coração. Falamos daquilo que nos alimentamos!
Precisamos tomar cuidado, pois muitas “brincadeiras” pode ferir a
consciência de um irmão, e, escandalizar qualquer um dos pequeninos, é
muito perigoso.
Qualquer citação pejorativa, gordo ou magro, preto ou branco, por
exemplo, dita em um púlpito pelo qual venha constranger o meu próximo ou
a mim, imediatamente terá meu repúdio. Não importa quem seja, pode ser o
pastor presidente! Terá minha aversão! Precisamos de mais reverência e
seriedade com as coisas de Deus.
Este é o meu recado como filho escolhido, não por homens, mas por Deus,
aos animadores de bodes, que fazem da igreja um circo de palhaços.
Soli Deo Gloria
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