A impressão da cantora e pastora foi
passada à TV Uol numa entrevista especial sobre a data comemorativa. Ana
Paula afirmou que no começo do planejamento para lançar o ministério,
ela vivia uma crise de fé, mas vê isso como um fator diferencial.
“Eu acho que é importante a gente passar
por crises ao longo da vida, porque nelas a gente se pergunta muita
coisa. Ou a gente vai ter as coisas abaladas e destruídas, ou elas vai
ficar ainda mais fortes”, conceitua.
O maestro Sérgio Gomes, convidado pelo
pastor Márcio Valadão para comandar a primeira gravação das músicas do
DT, afirma que foi enviado aos Estados Unidos pelo líder da IBL ao lado
de Ana Paula, para aprender o processo de gravação ao vivo e assim,
aplicar no projeto do ministério.
“Quando a gente reuniu o grupo de
músicos com a ideia de fazer a gravação de um CD ao vivo, nós
reproduzimos o que aconteceu nos Estados Unidos. Ou seja, a Ana cantou a
canção pra eles, e todo mundo achou a canção maravilhosa, que é
realmente”, disse Gomes, referindo-se à música “Diante do Trono”.
Entre os cantores que integraram a
primeira formação do DT, estão Helena Tannure, Nívea Soares e André
Valadão. “Um dia a Ana me ligou e disse: ‘Nívea, eu gostaria que você
fosse uma das vocalistas. Você aceita participar?’ Foi um prazer muito
grande, um presente de Deus pra mim”, declara Nívea Soares.
“O Diante do Trono ia gravar o primeiro
CD quando eles me chamaram pra fazer parte. Mas eu tinha acabado de ter
meu segundo filho, os ensaios eram meio atribulados, acabava tarde,
então eu não pude atender a esse primeiro convite. Antes do lançamento
desse primeiro trabalho, então com meu bebê um pouquinho maior, eu pude
passar a integrar o grupo”, relata Helena Tannure, que assim como Nívea,
não integra mais o ministério.
Mariana Valadão, que passou a integrar o
grupo anos depois, também deu seu depoimento: “Desde o primeiro, a
gente como família, participa de tudo, não é? Nos ensaios, eu sempre ia,
participava. Mas a partir do terceiro CD, que foi ‘Águas
Purificadoras’, gravado também aqui em Belo Horizonte, [eu passei a
fazer parte]”.
“Quebra de paradigmas”
Ana Paula Valadão disse que o contrato
com a Som Livre, gravadora secular – da qual o grupo estaria tentando se
desvincular – foi uma quebra de paradigma que possibilitou a expansão
do alcance do Diante do Trono.
Segundo ela, todos os cuidados para que
não houvessem interferências da gravadora no trabalho do DT foram
tomados: “O nosso jeito de ser tem que parecer intocado. Se vão vender o
nosso produto, vão vender exatamente o que nós colocarmos ali. Ninguém
vai escolher o meu repertório, entendeu? Então existem limites. Ninguém
vai dizer o que eu devo vestir, como eu devo falar, e graças a Deus, a
minha experiência com pessoas não evangélicas tem sido muito boa”,
comemora.
O fato de o DT aceitar os convites da
mídia secular para se apresentar em programas de TV, por exemplo, tem
sido um imã de críticas dos próprios irmãos na fé para o grupo, de
acordo com Ana Paula: “Hoje a gente enfrenta o preconceito do lado de
cá, dos próprios evangélicos, que muitas vezes não entendem essa
abertura da mídia, essa conquista que o meio evangélico está tendo junto
aos meios de comunicação”, diz, antes de ironizar: “Uma vez eu vi uma
pessoa dizendo que você sempre vê cachorros latindo pra lua, mas você
nunca vê a lua respondendo (risos)”.
Para André Valadão, as opiniões
contrárias vem de quem não entende o momento da música cristã no Brasil:
“A crítica a esse transbordar da música dentro da igreja existiu no
começo. Hoje ela já mudou. E é literalmente um transbordar, como se não
coubesse só dentro do copo, vai pra fora”.
A líder do DT afirma crer que a abertura
da mídia não pode ser vista apenas como uma forma dos veículos de
comunicação conseguirem audiência, mas também como uma oportunidade: “Do
lado do computador, da televisão, do rádio, tem alguém que nunca
entraria numa igreja evangélica e que está ouvindo nossa mensagem”.
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