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Por Alessandro Mendonça
Certo
pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da
devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em
Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores:
“Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho
ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez
retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O
pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha
intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.
Atualmente
temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas,
infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas
das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio,
muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”.
Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na
teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):
I - “SÓ JESUS SALVA”
é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo
mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem
toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua
estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se
livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que
isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso
conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.
II - “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é
o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer
sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum
ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu...”. Ou seja, adultério é
visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de
ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências
ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é
permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é
permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é
permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é
permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é
permitido (embora seja invasão).
III - “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é
o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de
joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim
praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo:
“Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais
é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de
madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”;
“tem que pagar o preço”.
IV - “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos! - Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa. - A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado. - Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo... - Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar... - Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem...
V - “DEUS USA QUEM ELE QUER”
é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em
pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa
cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.
VI - “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos.
Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal
de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens,
futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê
regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas
esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso
tornoar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus,
para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão
Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar
pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo
meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo
final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é
idolatria.
VII - A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS ...Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege... ... Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim ... Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser ... Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho... ...Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado...
VIII - DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO! ...mas eu paguei o preço. ...mas eu fiz por onde merece-la. ...mas
não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade
de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha... Se você quiser, pague
o preço como eu paguei.
IX - NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM –
mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos
juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo,
pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo
jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência.
Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém
falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha
primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.
X - A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é
o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer
santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um
comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de
se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’
FONTE: Gosto de Ler Via: Bárbara Matias
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