Por Greg Koukl
Uma cosmovisão chamada
“inclusivismo” tem sido um câncer se espalhando na igreja por anos e
agora alcançando proporções epidêmicas.
Era Rosh Hashaná, um dos
dias mais sagrados do calendário litúrgico Judaico, e eu estava
assentado diante de uma audiência de 300 Judeus religiosos fazendo o meu
melhor para explicá-los por que Jesus era o único caminho da salvação.
Eu não estava solzinho. O
meu apresentador Judeu havia também pedido a um outro clérigo Cristão
para juntar-se a mim nas questões em que a audiência estava interessada.
A questão de Jesus foi a primeira, e ele tinha uma visão completamente
diferente nesta questão do que eu.
Sim, Jesus era o único
caminho, ele disse, mas isto era grandemente irrelevante para a nossa
audiência porque eles eram Judeus religiosos, honrando a Deus da melhor
maneira que sabiam. Deus tomou isto, implicitamente, como devoção a
Jesus e, assim, todos eles foram salvos por Jesus embora não
acreditassem em Jesus.
Tão incrível como tal
afirmação, vinda de um Cristão, não me surpreendeu. Esta cosmovisão
(chamada “inclusivismo”) tem sido um câncer se espalhando na igreja por
anos e agora alcançando proporções epidêmicas.
Não era apropriado (nem
útil) ter uma batalha do tipo “esta é a sua interpretação e não a minha”
diante de nossos ouvintes, mas eu pressionei um pouco a questão ao
pedir por qualquer verso do Novo Testamento que apoiasse a certeza que
ele havia dado à audiência. Ele citou Marcos 9:40, “Aqueles que não
forem contra Mim são por Mim”. Já que estas boas pessoas Judaicas diante
de nós não eram contra Jesus, eles devem ser por Ele, ele raciocinava.
He havia citado um pouco
errado (“Pois quem não é contra nós é por nós”), mas a maior
preocupação tinha haver com o maior contexto do verso. Nesta passagem,
Jesus se referia àqueles fora de Seu grupo central de discípulos que
estavam fazendo milagres em Seu nome. Jesus estava se referindo aos Seus
próprios seguidores, então, não eram Judeus descrentes.
Por contraste, quando
Jesus estava conversando com Judeus que rejeitaram a Sua afirmação
Messiânica, Sua resposta era exatamente o oposto: “Quem não é comigo é
contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha” (Mat. 12:30).
Claramente, este segundo
conjunto de circunstâncias era mais parecido com aqueles em que nós nos
deparamos naquele dia. Portanto, a passagem dando advertência, não
certeza, era a relevante para a nossa audiência. De fato, esta foi
exatamente a resposta que outras autoridades do Novo Testamento deram
quando referiam-se a audiências como a nossa naquela tarde.
Quando Jesus encarou
Judeus religiosos devotos que negaram que Ele era o Messias, Ele disse:
“se não crerdes que Eu Sou, morrereis em vossos pecados” (João 8:24).
Quando Pedro estava
diante da liderança Judaica como um criminoso por pregar o Evangelho aos
Judeus, ele disse: “E em nenhum outro há salvação, porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos” (Atos 4:12).
Quando Paulo refletiu na
rejeição de seus compatriotas judaicos de Jesus, ele disse: “Porque
lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.
Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a
sua própria justiça, não se sujeitaram à justiça de Deus. Porque o fim
da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê.” (Romanos 10:2-4).
Não há espaço em
qualquer destas passagens (ou no resto do Novo Testamento, nesta
questão) para o tipo de certezas que meu amigo deu à audiência Judaica
naquele dia.
Além disto, se esta for a
mesma mensagem que os discípulos primitivos entregaram, por que eles
apanharam, foram presos, e executados primeiro pelos Judeus e mais tarde
por autoridade gentílicas? Uma mensagem inclusivista não acarretaria em
tal represália— isto é completamente inofensivo. A mensagem que os
Cristãos primitivos pregavam, por contraste, custou muitos deles as suas
vidas.
Não, os Cristãos
primitivos tinham a mensagem certa— a mensagem de Jesus. O outro clérigo
Cristão que estava comigo naquele dia não tinha. Nem tem qualquer outro
falando pelo Cristianismo que avance este evangelho distorcido. A
mensagem suave destes não ajuda ninguém. Ao invés, este dá falsa
esperança para multidões em relação à questão mais grave de todas, o
destino destas pessoas.
Algumas mensagens
parecem suaves, mas dão falso conforto. A abordagem do STR é de dar a
verdade, contudo com graça e sabedoria. Nós não queremos que a nossa
maneira seja uma pedra de tropeço para atrair pessoas para Cristo, mas
também não queremos que a verdade da nossa mensagem seja sacrificada
para simplesmente proteger os sentimentos das pessoas.
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