Prezada presidente Dilma Rousseff,
Ontem eu assisti com grande expectativa o
seu pronunciamento a população brasileira. Confesso que torci para que a
senhora obtivesse êxito em seu posicionamento, todavia, para minha
tristeza, a senhora não conseguiu convencer o povo brasileiro de sua
capacidade de controlar, bem como reverter a crise política que tomou
conta de nossa nação.
Presidente, (recuso-me chama-la de
presidenta) o seu discurso foi no mínimo infeliz. Ora, a senhora até
começou bem, no entanto, com o desenrolar da sua fala confesso que fui
tomado por uma profunda inquietação, mesmo porque, suas colocações e
percepções foram no mínimo descabidas. Por favor, pare, pense e reflita,
a senhora verdadeiramente acredita que o problema encontra-se no fato
de termos poucos médicos no Brasil? Cara Dilma, a quantidade de médicos
não é o nosso maior problema e sim a forma com que o seu governo tem
tratado a saúde. Médicos nós temos e os temos aos borbotões, o que não
temos são equipamentos públicos de qualidade. E quanto a educação?
Sinceramente a senhora foi simplista demais em afirmar que resolverá o
problema da educação brasileira com os royalties do petróleo. Ora, todos
sabemos da complexidade do tema e vamos combinar uma coisa? A senhora
tirou a responsabilidade de si mesma e jogou para o Congresso Nacional.
Prezada Dilma, senti falta em seu
discurso de posturas mais firmes. Por que a senhora não falou da PEC 37?
Por que não se posicionou contra essa aberração que o congresso
nacional deseja impor ao povo brasileiro? E a corrupção? Senti falta no
seu pronunciamento de um combate mais efetivo a essa corja engravatada
que insiste em roubar a nação. Por que a senhora não falou contra os
mensaleiros e os crimes cometidos? E mais, por que a senhora não falou
toda a verdade sobre os gastos com a construção de estádios para a Copa
do Mundo?
Cara presidente, lamento profundamente
os rumos tomados pelo seu governo. Infelizmente o Brasil possui uma das
taxas tributárias mais altas do mundo; nossos serviços públicos são da
pior qualidade; nossa educação é pífia; nossos hospitais falidos; nosso
Congresso nacional ou caso prefira “casa de tolerância” é um dos mais
inoperantes de todo planeta, onde dia após dia se multiplicam o número
de escândalos fazendo-nos ruborizar diante de tanta desonestidade.
Presidente, termino essa missiva
afirmando que tenho orado pela senhora e rogado ao Eterno para que lhe
conceda sabedoria diante do momento nevrálgico que vivemos, no entanto,
suas atitudes, bem como os rumos defendidos pelo seu governo apontam
para o fato inequívoco de que o seu governo caminha para um nostálgico
fim.
Waldson & Dênis
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