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Arthur W. Pink
"Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém." Romanos 11:36
Até
agora temos visto que Deus controla tudo, incluindo a salvação das
pessoas que Ele tem escolhido. Deus o Pai escolheu certas pessoas para
serem salvas; Deus o Filho morreu para salvá-las, e Deus o Espírito
Santo lhes outorga a vida espiritual. Mas, está Deus controlando tudo
conforme um plano determinado ou está continuamente mudando este
plano? Neste capítulo veremos que Deus está controlando tudo de acordo
a um plano fixo e predeterminado.
Muita gente ficaria de
acordo com que Deus sabe de antemão o que acontecerá no futuro. Assim
sendo, se Deus sabe o que sucederá, isto só pode significar que no
passado Ele decidiu o que devia acontecer; já que se Deus não tivesse
decidido o que sucederia, não poderia ter conhecido com plena certeza o
que haveria de acontecer. A presciência (pré-conhecimento) de Deus
não faz que as coisas aconteçam,; elas acontecem devido a que Ele já
tinha decidido que sucedessem. Em Atos 15:18 diz que Deus conhecia o
que ia acontecer desde antes que o mundo começasse: "Conhecidas são a
Deus, desde o princípio do mundo, todas as suas obras". Isto significa
que Deus tem um plano fixo e que não o muda.
Vejamos
qual foi o plano de Deus quando fez o mundo e todas as pessoas que o
habitam. A Bíblia nos diz em Provérbios 16:4 que Deus fez todas as
coisas para Si mesmo. Em Apocalipse 4:11 diz que Deus criou todas as
coisas para Seu próprio prazer. Quando criou o mundo e especialmente
quando criou o homem, tinha a intenção de manifestar sua própria
glória. No obstante, Deus sabia perfeitamente, antes de criar o homem,
que ele cairia. Portanto, antes que o mundo fosse feito, Deus decidiu
salvar a muitas pessoas por meio do Senhor Jesus Cristo. Assim sendo, a
salvação de muitos pecadores através de Cristo Jesus fez parte do
plano de Deus antes que o mundo fosse feito. Deus planejou manifestar a
sua bondade através da salvação de muitas pessoas pecadoras. E sendo
que Deus sempre tem controlado o mundo desde a criação, Ele é
perfeitamente capaz de executar seu plano de salvar a muitos pecadores
dos seus pecados.
Num capítulo anterior vimos que Deus
controla as coisas inanimadas e os animais. Também vimos que Deus tem
usado tanto as coisas inanimadas como os animais para proteger, cuidar e
ainda advertir o seu povo escolhido. Assim sendo, tanto as coisas
inanimadas como os animais são utilizados por Deus em seu plano. Mas,
como controla Deus os homens para efetuar seu plano de salvar seu povo
de seus pecados? Primeiro consideraremos como Deus opera na vida dos
seus, aqueles que têm sido escolhidos para serem salvos.
Em primeiro lugar, Deus vivifica espiritualmente seu povo escolhido.
Em
si mesmas, estas pessoas não são diferentes das outras; ou seja, não
desejam obedecer a Deus, assim como os outros também não o desejam.
Porém Deus muda a natureza das pessoas que Ele tem escolhido a fim de
que eles desejem realmente ser santos e obedecê-Lo. Esta mudança é tão
grande que a Bíblia a define como "um novo nascimento". Ser
vivificados espiritualmente não é meramente uma mudança temporal de
opinião, senão um câmbio completo, o qual alcança a pessoa completa
(sua mente, suas emoções e sua vontade). Esta mudança dura para sempre e
é operada em conformidade com o plano de Deus.
Em segundo lugar, Deus dá fortaleza e poder a seu povo.
Mediante
este poder os crentes são capacitados para realizar o que Ele lhes
ordena. Eles são capacitados para mostrar em suas vidas os frutos do
Espírito: o amor, o gozo, a paz, a paciência, a fé, a mansidão e a
temperança.
Em terceiro lugar, Deus guia as pessoas escolhidas a fim de que voluntariamente realizem as coisas que Lhe agradam.
Em
quarto lugar, Deus cuida de seu povo para que nesta vida possam
continuar amando-O e servindo-O, cumprindo assim o Seu plano.
Em
todas estas formas Deus efetua seu propósito de salvar a muitas
pessoas de seus pecados. Mas também Deus efetua seus propósitos
controlando a muitas pessoas malvadas. Vejamos como é Seu controle
sobre este tipo de pessoas.
Em primeiro lugar,
às vezes Deus evita que a gente má realize coisas malvadas. Em
Números 23 a Bíblia nos fala de um homem chamado Balaão, quem tinha
sido contratado para amaldiçoar o povo de Deus (os israelitas). Balaão
mesmo queria amaldiçoá-los, porém Deus o deteve. Em vez de
amaldiçoá-los, Deus fez com que ele os abençoasse. Assim, pois, Deus
às vezes detém as pessoas malvadas de realizarem coisas perversas.
Em segundo lugar,
às vezes Deus muda o pensamento das pessoas más a fim de que façam a
Sua vontade. Por exemplo, quando os israelitas, o povo de Deus, foi
cativo dos persas, Deus fez que o rei da Pérsia (Ciro) emitisse um
decreto para a reconstrução do templo em Jerusalém.
O rei Ciro era um homem muito malvado, mas a sua mente foi mudada de modo que ele fizesse a vontade de Deus.
Em terceiro lugar,
às vezes Deus faz com que surja o bem das más ações das pessoas
perversas. Isto se manifesta especialmente na crucifixão do Senhor
Jesus Cristo. Apesar de que os homens maus simplesmente queriam
matá-lo, foi por meio de Sua morte na cruz que Cristo salvou de seus
pecados a todo seu povo escolhido.
Em quarto lugar,
às vezes Deus faz que as pessoas más se tornem piores. (Assim o diz
Romanos 9:18: "…e endurece a quem quer"). Deus faz com que sejam
incapazes de ver o bom e o verdadeiro. Assim aconteceu com Faraó, o
rei dos egípcios, de tal maneira que ele chegou a ser cada vez mais
cruel com os israelitas. Para nós é difícil compreender por que Deus
realiza tais coisas, mas podemos estar seguros de que o Juiz Justo de
toda a terra não pode cometer injustiça, e que Ele manifesta a Sua
grandeza e Sua soberania quando age assim.
Então, Deus tem
um propósito definido ao controlar o mundo e os seus habitantes.
(Isto significa que Deus controla a história e seus acontecimentos). O
plano de Deus é salvar a uma grande multidão de pessoas dos seus
pecados. Ele dá ao seu povo eleito vida espiritual, poder, guia e
proteção. Ele também impede, debilita, dirige ou incomoda o que a
gente má faz. Assim sendo, todas as coisas são controladas por Deus e
Ele efetua perfeitamente seu plano de salvar seu povo dos seus pecados.
Que maravilhosa sabedoria e glória pertencem a Deus! não deve
maravilhar-nos que os crentes O louvem pelo que Ele é e pelo que Ele
tem feito.
TEXTOS BÍBLICOS:
Salmo 147:15-18: "O que envia o seu mandamento à terra; a sua palavra corre velozmente. O que dá a neve como lã; esparge a geada como cinza; o que lança o seu gelo em pedaços; quem pode resistir ao seu frio? Manda a sua palavra, e os faz derreter; faz soprar o vento, e correm as águas".
Isaias 14:27: "Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?"
Isaias 46:9-10: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade".
Provérbios 21:1: "Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer".
Provérbios 19:21: "Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do SENHOR permanecerá".
_____________________________ Nota do tradutor:
Quando a Bíblia fala de que Deus se arrepende, por exemplo, em
Gênesis 6:6, não devemos entender a palavra "arrependimento" como se
tivesse acontecido uma mudança em Deus. Também não devemos concluir
que isso signifique o surgimento de algo não previsto por Deus em seu
pano eterno. Temos que interpretar o arrependimento de Deus à luz de
outras escrituras e à luz da natureza e dos atributos do próprio Deus.
Por
exemplo, temos que levar em conta os seguintes versículos para poder
entender o que significa o arrependimento de Deus: 1 Samuel 15:29
declara o seguinte: "E também aquele que é a Força de Israel não mente
nem se arrepende; porquanto não é um homem para que se arrependa".
Tiago 1:17 afirma que "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do
alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de
variação." ["variação" significa "mudança"].
O salmista disse: "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou" (Salmo 115:3). Isaias proclamou: "Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?" (Isaias 14:27). Nabucodonosor, ao voltar a si, afirmou: "E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?" (Daniel 4:35).
Jeová diz por boca de Isaias: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade" (Isaias 46:9-10). Outra vez o salmista escreve: "O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração" (Salmo 33:11). Por fim, o apóstolo Paulo no Novo Testamento: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Romanos 11:36).
Estes versículos nos conduzem a afirmar que a única interpretação correta do arrependimento de Deus é que se trata do uso de um antropomorfismo. Ou seja, que Deus digna-se falar-nos como se fosse um homem, utilizando uma linguajem humana, como se Deus experimentasse uma mudança. Mas em realidade a mudança está nos homens e na maneira como Ele trata com eles, e não na natureza de Deus.
O salmista disse: "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou" (Salmo 115:3). Isaias proclamou: "Porque o SENHOR dos Exércitos o determinou; quem o invalidará? E a sua mão está estendida; quem, pois, a fará voltar atrás?" (Isaias 14:27). Nabucodonosor, ao voltar a si, afirmou: "E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?" (Daniel 4:35).
Jeová diz por boca de Isaias: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a antiguidade; que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim. Que anuncio o fim desde o princípio, e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam; que digo: O meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade" (Isaias 46:9-10). Outra vez o salmista escreve: "O conselho do SENHOR permanece para sempre; os intentos do seu coração de geração em geração" (Salmo 33:11). Por fim, o apóstolo Paulo no Novo Testamento: "Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém" (Romanos 11:36).
Estes versículos nos conduzem a afirmar que a única interpretação correta do arrependimento de Deus é que se trata do uso de um antropomorfismo. Ou seja, que Deus digna-se falar-nos como se fosse um homem, utilizando uma linguajem humana, como se Deus experimentasse uma mudança. Mas em realidade a mudança está nos homens e na maneira como Ele trata com eles, e não na natureza de Deus.
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