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Por John Piper
Nosso
interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse
por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que
Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar
pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus
intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida
centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no
ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é
falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à
indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a
realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é
apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente, a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de três maneiras.
Primeiramente, Deus é verdade. Toda
a Trindade é a verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a
completa fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e
afirmações. "E
daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a
fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e
mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho, que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus
Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do
Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando,
porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o
Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim...
quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a
verdade" (Jo 15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o Espírito,
significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade. Paixão pela
vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade. Não há
qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus é" precede
"Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado. Deus é uma
coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza possui
características que O definem. O interesse pelo verdadeiro Deus, que
não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida direcionada pela
verdade.
A segunda maneira em
que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela
verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a
suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos,
virá "com todo
poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de
injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para
serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão de
perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a
característica peculiar da morte espiritual.
Paulo foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na impiedade — "A
fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à verdade;
antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts 2.12). Isto
mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que a sua
alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra que a
verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é a
impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta
passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o
coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A terceira razão
por que digo que ser dirigido pela verdade é tão urgente se encontra
no fato de que o Novo Testamento retrata o viver cristão como o fruto
do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo disse: "Não sabeis?",
como uma repreensão ou um incentivo, em relação a algum
comportamento, estava mostrando que o verdadeiro conhecimento mudaria o
comportamento. "Não
sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura,
tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz?
Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma poderosa fonte de castidade.
"Ou
não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com
ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não
sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em
vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1
Co 6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de
irreverência e imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão
santo. Você conhece a verdade, e a verdade o torna livre — do pecado
para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centralizada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.
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