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Por Rick Thomas
O
pecado exige uma resposta. E ele a terá. A questão não é “eu reagirei
ao pecado?”. Você reagirá. Eu reagirei. A verdadeira pergunta é “como
eu reagirei ao pecado?”. O pecado, como a gravidade, é uma daquelas
leis inalteráveis: acontece e, portanto, eu devo interagir com isso.
Não é que estamos desamparados ou somos vítimas do pecado, pelo menos
não os cristãos. Semelhante à gravidade, podemos responder de maneiras
sábias e benéficas à nossa queda. Deus nos deu a resposta para o nosso
problema com o pecado, assim como o poder para superar as realidades do
pecado. Por causa de Cristo, não temos de ser derrotados pelas
vicissitudes do pecado. Podemos nos tornar ofensivamente centrados,
motivados e fortalecidos pelo Evangelho e, certamente, cabe a nós a
maneira como responderemos às coisas que fazemos de errado.
Neutralizadores antropocêntricos
Refletindo
sobre as maneiras erradas que respondi aos meus erros, cheguei a pelo
menos quatro respostas erradas ao pecado. Aqui estão elas:
Desculpas
– Essa é provavelmente minha tática mais usada para neutralizar o
pecado. Meu velho amigo Adão usou isso no Jardim do Éden e tenho
descoberto que essa é uma resposta tentadora quando faço algo tolo. O
problema, para aqueles que têm de conviver comigo, é que isso é
frustrante, pois, no fim das contas, não é uma solução. Isso não afasta
o meu pecado. Simplesmente o ignora ou talvez, melhor dizendo,
transforma meu pecado em algum tipo de discurso ambíguo nem preto nem
branco, que deixa todos desconfortáveis, sentindo que eu não respondia
suficiente e biblicamente pelo que fiz errado. O pecado permanece e
meus amigos e família precisam conviver com o grande elefante rosa na
sala. Quando me escondo em desculpas ao invés de tomar responsabilidade
por minhas ações,
Justificativas –
Existem momentos em que me compararei aos outros, o que é parte do
processo que uso para dizer a mim mesmo que meu pecado não é tão ruim
quanto o de algumas pessoas que conheço. Isso, é claro, não remove meu
pecado, mas apenas o neutraliza temporariamente. Tipicamente, quando
estou no modo autojustificador, é porque acho que mereço mais que eu
tenho. Justificativa é uma forma de raiva, que vem de um coração irado e
diz: “eu terei o que quero, a despeito do que custe ou de quem eu
machuque no processo, porque mereço ser feliz”.
Usualmente,
a pessoa autojustificadora não foi capaz de lidar com suas decepções
pessoais com a vida. Ela fala de si mesmo como uma vítima disso ou
daquilo, e porque isso aconteceu a ela, ela chegou à conclusão de que
merece algo melhor. E quando essa pessoa peca, no processo de ter o que
sente que merece, ela justifica seus atos pecaminosos porque se
convenceu de que foi feriada desnecessariamente e deveria ser
recompensada. É um ciclo que deixa muitas casualidades.
Aliviar – Normalmente,
uma pessoa que procura aliviar seus pecados tem um tipo diferente de
sensibilidade a seu pecado. Seu senso de moralidade é mais focado
introspectivamente que o do Justificador ou do Escusador, que tendem a
apontar externalidades para explicar porque eles fazem o que fazem.
Enquanto o Escusador e o Justificador sabem a diferença entre certo e
errado, eles não são tão introspectivos sobre seus pecados.
Na
prática, isso funciona dessa maneira: o Escusador e o Justiicador
respondem seu pecado culpando aos outros, enquanto o Aliviador escolhe
punir ou culpar a si mesmo. Essa é sua versão da autoexpiação, ou como
eles procuram pagar por seus pecados. Aqui está uma lista curta de
respostas autoexpiatórias ou autopunitivas ao pecado: drogas, sexo,
comer demais, televisão demais, gastar dinheiro, férias, roupas,
medicamentos, raiva, cortar-se, autopiedade e outros comentários
autodepreciatórios. Tudo isso ajuda a distraí-los de seu pecado.
Culpar
– “Se você vivesse com a mulher que eu vivo, também faria as coisas
que eu faço”. “Se você conhecesse meu pai, não seria tão rigoroso com o
que eu tenho feito”. Essas são apenas duas das muitas variações que
usamos para neutralizar nosso pecado. Infelizmente, minha lista é bem
grande. Culpar se torna apenas mais uma reação errada que não resolve
de fato as questões que precisam ser resolvidas. O problema central
dos ‘culpadores’ é a auto-justificação. Eles tem problemas para admitir
que estão errando. Estão apaixonados demais por si mesmos para dizer
que falharam. Apesar de estarem cientes de seu pecado, eles preferem
colocar a culpa em algo ou alguém além de si mesmos. Uma resposta ao
pecado é necessária, e eles escolhem responder dizendo alguma versão de
“não é realmente minha culpa”.
Um efeito colateral real
O
problema com essas quatro tentativas de neutralizar o pecado é que
elas endurecem a consciência. A consciência (co – ciência) é aquela voz
interior que age como nosso termômetro moral. Ela nos diz quando
estamos errando. Contudo, quando escolhemos algumas dessas respostas
que eu citei como uma “solução” para o pecado, nossa consciência começa
a se mascarar, o que, a longo prazo, nos tornará insensíveis para as
convicções divinas em nossas vidas. E, uma vez que nossa consciência se
torna endurecida (mascarada), nos tornamos moralmente disfuncionais,
incapazes de discernir ou reagir ao certo e ao errado.
Neutralizador Teocêntrico
Há
apenas uma forma correta de responder ao pecado. O Evangelho, a pessoa
e a obra de Jesus Cristo. Deus nos deu a única resposta ao pecado em
Seu Filho. Ao invés de nós escolhendo a escravidão por meio de
respostas antropocêntricas ao pecado, Deus julga Seu Filho na cruz e
apenas nos pede que aceitemos esse julgamento como a resposta definitiva
para o problema do pecado.
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