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Amando a Deus por amar a Verdade
Nosso
interesse pela verdade é uma expressão inevitável de nosso interesse
por Deus. Se Deus existe, Ele é a medida de todas as coisas, e o que
Deus pensa é a medida de tudo o que devemos pensar. Não se interessar
pela verdade é o mesmo que não se interessar por Deus. Amar a Deus
intensamente implica amar a verdade na mesma proporção. Ter a vida
centralizada em Deus significa ser direcionado pela verdade no
ministério. Aquilo que não é verdadeiro não procede de Deus. O que é
falso é contrário a Deus. Indiferença para com a verdade equivale à
indiferença para com a mente de Deus. A pretensão é rebeldia contra a
realidade, e quem faz a realidade é Deus. Nosso interesse pela verdade é
apenas um eco de nosso interesse por Deus.
Biblicamente,
a urgência de sermos direcionados pela verdade é vista pelo menos de
três maneiras. Primeiramente, Deus é verdade. Toda a Trindade é a
verdade. Deus Pai é verdadeiro, e nada pode anular a completa
fidelidade e confiabilidade em todas as suas promessas e afirmações.
"E daí? Se alguns não creram, a incredulidade deles virá desfazer a
fidelidade de Deus? De maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e
mentiroso, todo homem" (Rm 3.3-4).
Deus Filho,
que é a própria imagem do Pai, é verdadeiro. Jesus disse: "Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo
14.6). Em Apocalipse 19.11, João viu a Jesus glorificado como fiel e
verdadeiro: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro
se chama Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça".
Deus
Espírito, que pessoalmente, no seu ministério em nós, vive a vida do
Pai e do Filho, é o Espírito da verdade. Jesus disse: "Quando, porém,
vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da
verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim... quando vier,
porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade" (Jo
15.26; 16.13).
Amar a Deus, o Pai, o Filho e o
Espírito, significa amar a verdade. Buscá-los é buscar a verdade.
Paixão pela vindicação dEles no mundo envolve uma paixão pela verdade.
Não há qualquer separação entre Deus e a verdade. A expressão "Deus
é" precede "Deus é amor"; e "Deus é" tem um conteúdo e significado.
Deus é uma coisa e não outra coisa. Ele tem caráter. Sua natureza
possui características que O definem. O interesse pelo verdadeiro
Deus, que não é criado à nossa imagem, é o fundamento de uma vida
direcionada pela verdade.
A segunda maneira em
que podemos perceber a urgência bíblica de sermos direcionados pela
verdade é a terrível advertência de que não amar a verdade equivale a
suicídio eterno. Paulo falou sobre um iníquo que, no final dos tempos,
virá "com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo
engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da
verdade para serem salvos" (2 Ts 2.9-10). Amar a verdade é uma questão
de perecer ou ser salvo. Indiferença para com a verdade é a
característica peculiar da morte espiritual.
Paulo
foi mais além, contrastando o crer na verdade com o ter prazer na
impiedade — "A fim de serem julgados todos quantos não deram crédito à
verdade; antes, pelo contrário, deleitaram-se com a injustiça" (2 Ts
2.12). Isto mostra que o crer na verdade envolve as afeições, visto que
a sua alternativa é "deleitar-se" em outra coisa. Isto também mostra
que a verdade é moral e não apenas cognitiva, pois a sua alternativa é
a impiedade e não apenas a falsidade. O convincente impacto desta
passagem bíblica é que amar a verdade — crer na verdade com todo o
coração — é uma questão de vida ou morte eterna.
A
terceira razão por que digo que ser dirigido pela verdade é tão
urgente se encontra no fato de que o Novo Testamento retrata o viver
cristão como o fruto do conhecer a verdade. Por exemplo, quando Paulo
disse: "Não sabeis?", como uma repreensão ou um incentivo, em relação a
algum comportamento, estava mostrando que o verdadeiro conhecimento
mudaria o comportamento. "Não sabeis que os vossos corpos são membros
de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria
membros de meretriz? Absolutamente, não" (1 Co 6.15). Isto significa
que conhecer a verdade a respeito do corpo redimido de um crente é uma
poderosa fonte de castidade.
"Ou não sabeis
que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque,
como se diz, serão os dois uma só carne... Acaso, não sabeis que o
vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual
tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Co
6.16,19). Não conhecer a verdade é uma grande causa de irreverência e
imoralidade. A verdade é uma fonte de viver cristão santo. Você conhece a
verdade, e a verdade o torna livre — do pecado para Deus.
Amar a verdade é uma marca de uma visão de mundo centralizada em Deus; é obediência ao primeiro e grande mandamento.
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