por Lya Alves
Não sei quanto a vocês, mas desde que li
pela primeira vez a revista do Wolverine #1 me tornei fã, isso lá pelos
anos 80, quando ainda não havia a política anti-tabagismo e ele ainda
fumava charuto. De lá pra cá muita coisa mudou. Nos anos 90, com a
baixa vendagem das revistas, os roteiristas começaram a se preocupar
com temas como drogas, pedofilia, incesto, AIDS e homossexualidade. E
ainda tem esses mundos paralelos que permitem que um herói seja cristão
numa realidade e apaixonado por um semideus em outra. É muita
informação…
É tudo Businness. A Marvel e a DC vem investindo no público gay faz tempo. James Robinson, quadrinista autor do Lanterna Verde Gay, na Comic Con 2012
afirmou que recebeu orientação da DC Comics para introduzir mais
diversidade sexual nas HQ’s. Basicamente, criar universos paralelos é
uma excelente alternativa para os filões de público. Assim pode-se
agradar a todos, mas sem ofender a ninguém. Por exemplo, numa das
realidades X-men, Wolverine é cristão (veja o desenho animado do Wolverine Cristão)
e na outra é gay, assim dá pra atender a todos os públicos. Só que na
prática não funciona bem assim. O público gay é altamente militante, e
há uma campanha com mais de 16 mil assinaturas contra o roteirista Orson
Scott Card,de Adventures of Superman, conhecido por suas opiniões
conservadoras e militância contra o casamento homossexual. Uma petição
no site de causas homossexuais All Out colocou a DC debaixo de fogo com o seguinte enunciado:
“Ao contratar Orson Scott Card, apesar de seus esforços anti-gays que
estão dando a ele uma nova plataforma e apoiando seu ódio.
Certifique-se de sua marca significa igualdade e queda de Orson Scott
Card agora”.
Já sabíamos que Estrela Polar tinha saído do armário,
inclusive era super a fim do Wolverine. Colossus, no X-Men Ultimate
também tinha uma queda pelo velho Wolv, mas esqueceu esse amor
impossível e partiu pra um relacionamento mais bem resolvido com o
Estrela Polar. Na verdade, não tão bem resolvido porque o Estrela Polar
casou-se com outro namorado, oque foi o primeiro casamento gay nos
quadrinhos. Mas antes de se tornar um X-Men, Colossus foi pego na cama
com outro garoto e fugiu de casa com medo do que o seu pai podia lhe
fazer (Seria o pai de Colossus, um X-homofóbico? Que poderes teria o pai
dele? Derreter o metal?) Ainda em X-Men, tem o caso da
Mística(bissexual) com a Sina (Mais sobre o universo gay nos quadrinhos).
Na verdade a temática dos X-men sempre me
pareceu gay, essa coisa de “preciso ser aceito” era ligada ao debate
sobre racismo, mas pra mim essa desculpa nunca colou. O movimento black Power
nunca teve essa postura, apesar de sabermos muito bem como é a
discriminação. O discurso era de supremacia negra, “nós somos o
poder”(discurso ao qual Marthin Luther King fez oposição devido ao
radicalismo), muito diferente de ” a sociedade me persegue e tenta me
matar”, visto em X-Men. Por exemplo, na primeira cena do filme, o “Anjo”
tenta arrancar as penas, tentando esconder do pai que é um mutante. Se
fosse uma metáfora para racismo, o personagem não poderia esconder que é
negro. a ideologia de Magneto no filme :’ninguém vai nos curar-nós
somos a cura”, também deixa claro o eixo temático de X-Men. Aliás, a
escolha de Ian McKellen, assumidamente gay na vida real, pode nos dizer
algo sobre as intenções do filme.
Kryptonita rosa:
Na verdade, Marvel e Dc estão juntas promovendo agenda gay. Em
Supergirl v2 #79, quando Linda Danvers tomou o lugar da Kara Zor-El
original e chegou na Era Pré-Crise, ocorreu uma cena cômica quando o
Superman aparentemente foi exposto à Kryptonita Rosa, o ocasionou nele
uma mudança temporária num gay. É sempre assim, começa cômico para ser
aceitável, depois possível, sério e por fim, o status ideal.
Só pra lembrar, a capa de Ultimate Spider Man #15 tem um casal gay na capa (mensagem subliminar?), então é uma questão de tempo até a Kryptonita rosa afetar o aracnídeo. Batman foi “arrancado do armário”
pelo roteirista Grant Morrison no ano passado (Ah vá , todo mundo
sempre soube). O Wolverine namorado do Hércules não é acaso, e
certamente, vem mais diversidade sexual por aí.
Cá pra nós, Marvel e DC façam oque
quiserem, liberdade de expressão é isso aí, e business is business.
Devemos respeitar as escolhas que os outros fazem tanto quanto queremos
ser respeitados, além disso, a Bíblia não manda perseguir pecadores, nem
atirá-los na fogueira , nem fazer descer fogo dos céus sobre os que
discordam de nós. Deus odeia o pecado, e estende a mão para todos, bem aventurados os que crêem.
Mas, todavia, entretanto, contudo, however…eu e minha casa serviremos ao Senhor. E se você estiver procurando quadrinhos para o público cristão, te apresento a história em quadrinhos Guerreiros de Deus. Mas
há outros quadrinhos evangélicos fantásticos por aí. Infelizmente, não
dá pra competir com o Império que é Marvel e DC, mas certa vez um
rapazinho derrubou um gigante com uma pedrada, e um rei morreu na cruz
por falar de amor, então não desisitiremos facilmente.
Solo Christus
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