Por Marcos Almeida
Veja como a verdade pode envergar qualquer palavra sensacionalista. Quando o showbiz se esfarela diante do humano, extremamente humano.
Fiquei emocionado com o vídeo gravado
pela Catedral. Doze anos depois, talvez sejam essas as palavras mais
aguardadas por eles e por todos os que admiram a banda – que se
indignaram com as mentiras, os boatos e os mitos maldosos que se
reproduziram nesse tempo. Ainda mais, para nós que fazemos música neste
país sem nos submetermos a regras de mercado, ignorando polaridades,
interessados apenas na liberdade de criar, as palavras de Joaquim,
Guilherme e Júlio Cézar, revelam a humanidade preciosa e mais importante
que qualquer artefato. Me emocionei com o fim da tormenta deles. “Doeu
muito”, disse Kim. Vocês vão assistir.
O que pode essa língua? Foi a pergunta
do último texto aqui do Blog. Estou comemorando esse vídeo porque ele
representa o poder das palavras no sentido de reconstruir as coisas, de
inspirar a reconciliação, de provocar o perdão. Àqueles que foram na
onda das inverdades, se abre agora a porta da retratação. Aos que
demonizaram a banda no bolo dos preconceitos e dos gostos pessoais,
podem agora distinguir a Verdade da Beleza. Podem também sentir o Bem
que chega como uma brisa suave depois da tormenta.
Faço um pedido a Ricardo Alexandre, o
editor da infeliz matéria (2001), que vá além do texto-confissão (2013) e
procure Catedral, como irmão em Cristo. Desejo que as vaidades do
showbiz sejam abatidas pelas armas poderosas que temos Naquele que é a
Verdade e a Reconciliação. Afinal, a tormenta já passou….
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