C.H. Spurgeon
Um dos grandes males do
nosso tempo é o insaciável desejo por entretenimento. Que o homem deve
descansar do trabalho e usufruir desses divertimentos como um refrigério
para o corpo e a mente, ninguém deseja negar. Dentro de certos limites,
a recreação é necessária e benéfica; mas fornecer entretenimento ao
mundo nunca foi o propósito da Igreja Cristã.
Será que Cristo institui
Sua Igreja para que ela oferecesse ao público peças de teatro e bonecos
de cera vivos? Uma congregação dissidente, até onde sei, começou uma
série de cultos especiais com um encontro social, e a noite foi gasta em
uma série de inutilidades estúpidas; e dentre outras coisas os amigos
reunidos brincaram de "dança das cadeiras"! Eu não sei se você entende o
que essa brincadeira infantil significa. Pense em ministros do
Evangelho e oficiais da igreja brincado de "dança das cadeiras"!
"O que será feito em seguida em nossas igrejas? A que nível de absurdo os ministros do Evangelho ainda irão?"
Há um anúncio pendente que afirma que, na semana que vem, deverá haver
um "Punch and Judy show"* no mesmo local de adoração (assim chamado)!
Está programado para isso acontecer juntamente com a pregação do sermão
"Teu sacrifício de sangue, ó Cristo de Deus!".
Não, irmãos, deixem-me corrigir a mim mesmo; a pregação de Cristo
normalmente cessa quando essa frivolidades aparecem. Essas coisas são
tão opostas em espírito, que uma ou outra terá que ser abandonada; e nós
sabemos qual delas será.
O que será feito em seguida em nossas igrejas? A que nível de absurdo os
ministros do Evangelho ainda irão? Bobagens consideradas desprezíveis
até pelos idiotas têm sido toleradas em nossas escolas. Ainda não
chegamos a esse ponto, pessoalmente; mas, irmãos, nós mesmos devemos
lutar arduamente contra isso, porque as pessoas são sempre muito
entusiásticas em relação a essas vaidades, e há tantas sociedades e
instituições mais ou menos remotamente conectadas com nossas igrejas que
é difícil para nós guardar todas elas de desvios.
Irmãos, não estamos aqui para jogar fora o nosso tempo, mas para ganhar
almas para Jesus e conduzi-las à felicidade eterna. Pela solenidade da
morte, do julgamento e da eternidade, eu conclamo a todos vocês a
manterem-se livres das tolices e das nulidades dos nossos dias. Observem
detalhadamente como "a sabedoria deste mundo" e as suas bobagens
parecem ser ótimos companheiros, e fujam de ambos com igual desprezo.
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