![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWUjbEm4Pyl1zgx-hdHGBg68ubKUfluLW2uDHYL68TaXs6MACP31TupRX-paj05PZ3vjuIISPiJ4LyC9Is8VrkWJhxN0L3iCg7jWeD7FgW4r_DIjd6_puLR2cjfoh5RBPUhKNjiABs82VW/s400/images.jpeg)
Por J. Lee Grady
Cerca
de dois anos atrás um dinâmico pregador, pastor de uma igreja em
crescimento no sul dos Estados Unidos foi pego em adultério. A
perplexa esposa conversou com a “outra”, uma dançarina de outro
país e falou de Jesus pra ela. Nesse ínterim um pequeno grupo de
pastores “encobriu” o problema e rapidamente despachou o pastor
para algumas sessões de aconselhamento. Logo depois, o pastor se
divorciou, e os membros da igreja que não estavam cientes da
situação culparam-na pela quebra de relacionamento conjugal.
Hoje
este pastor continua pregando – ainda que sejam pregações ocas.
Alguns membros da igreja se afastaram quando souberam da
infidelidade do pastor. No entanto, outro tanto ficou por achar que
não podiam julgar o pastor por seu pecado.
Inda
que seja doloroso ter de afastar um líder talentoso do púlpito,
este deve ser afastado para preservar o temor do Senhor.
Coisas
deste tipo vêm se repetindo nos últimos anos. Jamal
Harrison-Bryant, pastor de uma igreja de dez mil membros em
Baltimore foi acusado de ser pai de uma criança fora do casamento.
Sua esposa, Gizellle, ao saber do caso, pediu o divórcio. No
entanto, Bryant pregou um novíssimo sermão em sua igreja usando o
exemplo de Davi e seu adultério com Bate-Seba para se justificar.
“Eu
ainda sou o homem!” gritou do púlpito para vibração e alegria do
povo que o aplaudiu. “A unção que possuo é maior que qualquer
erro”. E deixou claro que não queria ser disciplinado. Para Bryant a
unção está acima do caráter.
Essa
imoralidade entre os líderes deixa a maioria dos crentes confusos.
Será que um líder pode ser desqualificado? A restauração deve ser
imediata? Seremos fariseus pelo fato de pedir que os líderes deixem
o púlpito e se assentem novamente entre o povo até que provem que
estão restaurados? É preciso rever algumas regras básicas:
1.
Existem regras de qualificação para que uma pessoa seja líder na
igreja, e o apóstolo Paulo deixou claro que existe um teste
decisivo para que alguém seja líder. Em 1 Timóteo 3.2-7 ele
afirma que o líder deve ser (1) irrepreensível; (2) marido de uma
só mulher; (3) temperado (não pode ser dado ao álcool ou outras
substâncias); (4) Prudente; (5) respeitável; (6) hospitaleiro; (7)
apto para ensinar; (8) que saiba governar bem sua própria casa; (9)
que tenha bom testemunho dos vizinhos e (10) que não seja um novo
convertido (neófito).
Escrevendo
a Tito Paulo faz as mesmas exigências e acrescenta outras
qualificações: (11) não seja arrogante; (12) nem cobiçoso (13) ou
ganancioso.
Observe
que apenas uma das qualificações requer unção, que é a capacidade
de ensinar. Todas as demais qualidades são de caráter. Paulo nada
diz sobre a capacidade que o líder deve ter de profetizar, curar
enfermos, ter visões, conversar com anjos, levantar dinheiro,
cantar, gritar ou levar a audiência a um frenesi. Nem tão pouco
requer credenciais acadêmicas. O caráter é a chave!
Os
comentaristas concordam que a expressão “marido de uma só mulher”
era um avanço na era do Novo Testamento para afirmar que “ele deve
ser marido de uma única mulher”. Não pode ser um adúltero. (Nem
bígamo). Os líderes têm de viver em pureza sexual. Precisam
ajustar-se à definição bíblica de casamento e permanecer fiel neste
contexto.
2. Os que não preenchem tais qualificações devem ser afastados.
Ao exigir caráter de seus líderes Paulo está inferindo que os que
não preencherem tais qualificações devem ser afastados do ofício –
pelo menos até preencherem todas as exigências. Se fracassarem, diz
Paulo, devem ser repreendidos na presença de todos para que os
demais temam… (1 Tm 5.20). O pecado do líder não deve ser
minimizado, desculpado ou varrido pra baixo do tapete.
E
nada disto era opcional – e Paulo advertiu a Timóteo sobre a
tentação de ser parcial. Ele escreveu: “Conjuro-te… que guardes
estes conselhos…” (V 21). A disciplina bíblica tem de ser firme.
Não se pode afastar uma pessoa por adultério e dar tratamento
diferenciado a outra pessoa com o mesmo problema só porque é nosso
amigo. Mesmo que seja dolorido fazê-lo, tem de ser feito para
trazer o temor do Senhor sobre as pessoas.
3. A igreja não prosperará se não disciplinar seus líderes. Com
ternura Paulo advertiu a Timóteo quanto a líderes ordenados
precocemente. Ele escreveu: “A ninguém imponhas precipitadamente as
mãos” (1 Tm 5.22). Em outras palavras os líderes serão julgados
por Deus caso ordenem alguém que não preencha as qualificações
bíblicas. Se tivermos o hábito de ordenar líderes desqualificados, a
corrupção fincará raízes na igreja e não poderemos fugir ao juízo
de Deus.
Não podemos reescrever as regras. Oro para que os líderes da igreja deixem de ser circenses e restaurem a ordem bíblica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário