![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWRxglqgL2WU4HHlLPfg6Iu7XS56-L2s-BqenySCqf8GZoU_b5Rn_HMyppcUmE6bhC8SQOQfhz3MYhs74GtTS5zXE6UJg9cRgw7OJ6F672RsQOkD5qxhoBRhzQVkUuHoUWWeCwGMnOdYO7/s400/pj008adaobig.jpg)
Por Phil Johnson
Como
nós entramos neste estado? A Bíblia joga toda a culpa em Adão. Romanos
5:12 diz: "por um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo
pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque
todos pecaram." O pecado entrou no mundo por Adão, e então passou a
todos os homens. O pecado de Adão trouxe morte espiritual – depravação
total - sobre toda a raça. 1 Coríntios 15:22 diz: "em Adão, todos
morrem".
Lembre-se
que nós somos pecadores antes de cometermos qualquer ato evidente de
pecado. Nós nascemos com a mácula do pecado. Na verdade, é apropriado
dizer, como o fez Davi, que nós somos pecadores desde o momento da
nossa concepção (Sl 51:5). Os teólogos referem-se a isto como o “pecado
original”.
"Cinco
versículos seguidos atestam de formas diferentes que o pecado de Adão
corrompeu a raça inteira. Adão, como cabeça representativa da raça
humana, mergulhou a todos nós no pecado."
Então
como a culpa de Adão foi passada para você e para mim? Essa questão
torna-se complexa e há várias opiniões teológicas diferentes que foram
propostas para explicar este processo. Se você quiser aprofundar-se na
pergunta, recomendo o livro de John Murray: A Imputação do Pecado de
Adão ou os sermões de Martyn Lloyd-Jones em Romanos 5. Um dia desses,
trataremos com mais atenção do assunto “pecado original”.
Nesta série, entretanto, não é realmente necessário entrar em grande detalhe na pergunta de como o pecado foi transmitido a nós a partir de Adão. É suficiente afirmar o fato
de que o pecado de Adão nos condenou. Sem entrar profundamente em
todos os mistérios que cercam esta pergunta, simplesmente declaremos o
que a Palavra de Deus tem a dizer sobre o assunto: "pela ofensa de um
só, morreram muitos" (Rm 5:15); "o julgamento derivou de uma só ofensa,
para a condenação” (v. 16); "pela ofensa de um e por meio de um só,
reinou a morte” (v. 17); "por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos
os homens para condenação” (v. 18); "pela desobediência de um só homem,
muitos se tornaram pecadores” (v. 19).
Cinco
versículos seguidos atestam de formas diferentes que o pecado de Adão
corrompeu a raça inteira. Adão, como cabeça representativa da raça
humana, mergulhou a todos nós no pecado. Mas nós não podemos ficar à
distância e apontar o dedo para ele em uma tentativa de nos
desculparmos. Nós herdamos a culpa dele bem como a sua pecaminosidade.
Somos tão condenáveis quanto Adão. A pergunta sobre como a
culpa dele foi passada para nós não é tão importante quanto a realidade
de que isso de fato aconteceu. Nenhum fato em toda a filosofia ou
religião é atestado com tanta evidência empírica. Toda a descendência de
Adão – com uma significativa e divina exceção – tem sido formada por
pecadores. Nós nascemos moralmente corruptos.
Quero
chamar sua atenção a um par de corolários desta doutrina. Primeiro,
sugere que Adão foi uma pessoa histórica. Aqueles que querem tratar os
capítulos iniciais de Gênesis como simbolismo ou mito destroem a
doutrina do pecado original. Se Adão não foi um indivíduo histórico,
nada disso faz sentido. Não há nenhuma explicação razoável para definir
como a nossa raça tornou-se pecadora, a menos que o relato da queda em
Gênesis 3 seja literalmente verdadeiro. Portanto, a pecaminosidade de
toda a humanidade testemunha a respeito da veracidade do relato bíblico
da queda.
"Se
Adão não foi um indivíduo histórico, nada disso faz sentido. Não há
nenhuma explicação razoável para definir como a nossa raça tornou-se
pecadora, a menos que o relato da queda em Gênesis 3 seja literalmente
verdadeiro."
Segundo
corolário: Aqueles que negam que natureza humana é pecadora são
culpados de ignorância voluntária. A universalidade da pecaminosidade
humana é irrefutável. É patente. Todas as pessoas que conhecemos são
pecadoras. Não há qualquer evidência que corrobore o mito de que as
pessoas são básica e fundamentalmente boas.
O
pecado original não é uma marca secundária na alma humana. Ele
corrompe todos os aspectos de nosso caráter. Preste atenção nas palavras
de Romanos 3, onde Paulo resumiu a doutrina da depravação universal.
Estes versos vêm logo depois de dois capítulos com argumentos que
mostram que os pagãos, os gentios moralistas, e até mesmo os judeus
religiosos são todos pecadores perdidos. Em Romanos 3:9-18, Paulo
conclui e estabelece com clareza e de forma inequívoca :
Nós já demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado [ele vinha provando este ponto por dois capítulos]; como está escrito [e aqui ele cita uma série de textos do Antigo Testamento]: “Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer”. “A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura”; “são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz”. “Não há temor de Deus diante de seus olhos”. Esse é exatamente o ponto em que começamos esta série, não é mesmo? Os não-crentes são incapazes de amar, temer, confiar, ou obedecer a Deus. Eles podem enganar a si mesmos pensando o contrário, mas isso só prova a falsidade de um coração doente pelo pecado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário