terça-feira, 25 de junho de 2013

Papa Francisco fala sobre Igreja Evangélica e biografia


Papa Francisco fala sobre Igreja Evangélica e biografia

 Evangelina Himitan, argentina, filha de uma pastor protestante, é autora da primeira biografia do papa: A Vida de Francisco: O papa do povo (ed. Objetiva, 256 páginas, R$ 24,90).
A obra já esta nas livrarias a menos de dois meses atrás e trás detalhes da atuação do “padre Bergoglio”, forma com que Evangelina se refere ao homem que no ano de 2001, colocou os jovens de joelhos no chão para orar pelo seu país, além de levantar a voz contra a corrupção e organizou movimento ecumênico.
Os pastores estão entre seus melhores amigos. Evangelina deu um entrevista ao portal Estadão.com e falou sobre o livro. Ele conta que o livro ficou pronto 15 dias após a eleição e posse do papa Francisco. “Sim. Até o papa ficou surpreso. Quando há algumas semanas ele me recebeu em uma audiência privada no Vaticano, para que eu lhe entregasse um exemplar do livro, ele brincou que fiz um trabalho digno do serviço de inteligência”. Disse.
O papa quando encontrou-se com ela disse ter vontade de ler o livro. “Quando nos vimos, ele me disse que lhe haviam falado bem do livro e que ele estava com muita vontade de ler. Disse que encontraria um tempo e que me daria um retorno em alguns dias”.
Algumas perguntas na entrevista com Evangelina destacamos. Para o papa, segundo ela, o maior adversário da Igreja Católica não são os evangélicos, mas sim o afastamento das pessoas de Cristo.

Sua amizade com ele se deve também à proximidade dele com seu pai, pastor evangélico. Na Argentina, o ecumenismo ganhou força com Francisco?
Evangelina Himitian - Em Buenos Aires o ecumenismo tem avançado bem. Claro que há alguns setores, tanto católicos como protestante, que ainda são bem resistentes, mas os grupos principais se uniram. Os encontros ecumênicos cresceram ano a ano, com o aprofundamento das relações e maior quantidade de pessoas. 
E quando isso começou?
Evangelina Himitian - Os vínculos mais fortes começaram a partir da crise de 2001, que fez mais palpável a necessidade de as pessoas se unirem para buscar a Deus de uma forma que construísse diálogo.
O papa trata os evangélicos como irmãos, mas muito se diz que o avanço do protestantismo é a principal ameaça ao catolicismo na América Latina. Como acha que ele vai lidar com isso? 
Evangelina Himitian - Eu não creio que, para este papa, o crescimento da igreja evangélica seja uma ameaça para a Igreja Católica. Se entendo o pensamento de Francisco, ele está mais preocupado com o distanciamento das pessoas da vida cristã. Talvez outros muitos católicos vejam os evangélicos como inimigos, mas ele não…
No Brasil, cada vez que os dados censitários mostram a diminuição dos católicos ante o aumento dos evangélicos, diz-se que a Igreja precisa fazer algo para os recuperar…
Evangelina Himitian - Obviamente, Francisco não fará proselitismo religioso em favor dos evangélicos, mas ele não estará preocupado em reaver esses católicos. Para ele, o pior inimigo da Igreja Católica é o afastamento das pessoas de Cristo.

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