sábado, 7 de setembro de 2013

Paz e Comunhão: Um encontro com Gladir Cabral



Gladir Cabral 1Por Antognoni Misael
Ele é Gladir Cabral, um emissário da boa arte. Sabe aquela canção “paz e comunhão”, pois então, é a imagem transcrita dele.
Fincado numa concepção de arte longe dos guetos religiosos, Gladir nos apresenta um vasto repertório recheado de leveza e graça. Um poeta nato, este artista cristão nos emociona com tanta percepção relacionada ao mundo (criação), queda e redenção; eu o chamaria de “observador da Graça”.
Certa vez adquiri um CD do “Luz para o Caminho”, e lá tinha uma canção do Gladir que dizia:
“O vento varre as velhas ruas da nossa linda capital, o vento leva o barco ao longe e arrasta as folhas no quintal, pois ele sabe que é outono e à tarde traz o seu sinal, desenha um universo novo nas nuvens brancas do varal”.
O refrão falava:
“Quem sabe de onde vem o vento? Quem sabe para onde vai? Assim é todo o que é nascido Do Eterno Espírito do Pai”.
Foi o suficiente para me fisgar. – “Que linda canção é esta?!” Exclamei. E logo iniciei a busca pelo repertório do Gladir.
Descobri então que ele é um dos grandes expoentes de nossa música, além de pastor presbiteriano. Mas, como um cara calmo, sereno e tranquilo, certamente a sua pressa não pairava na fama, e sim em ser relevante para o Reino e para a arte.
Um dos seus clássicos é a canção “casa nova”, titulo de seu primeiro DVD, cuja produção é simples, sofisticada e com uma fotografia que não deixa a desejar em nada quanto as outras produções do meio cristão e secular. Além desta e tantas como encontramos em suas criações outras parcerias belíssimas com a presença de gente como ‘Alma e Lua’, Jorge Camargo, Thiago Viana, João Alexandre e outros…
Recentemente Gladir lançou um trabalho não rotulado de evangélico com o Jorge Camargo, o título é “A poesia caminha“. O disco fala sobre várias cidades e imprime o olhar de como um cristão observa, ou observaria suas paisagens, ruas, vielas, cotidiano e monumentos. É de fato um trabalho belo e refinado. Um presente para a diversidade artística e uma ponte de diálogo neste quesito, contudo, realizada por cristãos artistas.
Pois é, ontem (dia 17 de agosto) tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, e todas as impressões foram confirmadas. Gladir é um ser humano incrível. com gladir 

O encontro se deu através de um evento organizado pelo pessoal da UMP da IV, em Campina Grande-PB, que comemorava 20 anos de organização como mocidade. Durante a tarde tivemos o privilégio de acompanhar um Workshop sobre composição ministrado por ele. Ali ele comentava sobre aspectos importantes sobre a música dentre tantos, a construção de imagens, o endereçamento da canção (Onde? Para quem? Como?), a importância do movimento, da reflexão e a sua clareza e integridade. Ao fim, o desafio de compor uma canção juntos foi o momento mais deslumbrante.
A noite, ele nos conduziu a adoração com várias canções dentre elas a canção “Rei do Universo” (logo abaixo em vídeo), em seguida nos falou sobre “Esperança”, trazendo-nos a memória a segunda vinda de Cristo e encerrou a noite cantando clássicos de seu repertório.
Então gente, só a título de simplicidade, e talvez na tentativa amena de “chocar” positivamente, no citado encontro não houve camarins, contratos, estrelismos, segurança contratado ou coisa assim. Tudo foi simples e lindo assim como Evangelho o é. Jesus Cristo resplandeceu ali pois toda honra e Glória foi para Ele! Encontros como este são valiosos e precisam ser ‘re-ensinados’ à igreja. Precisamos de menos astros e necessitamos de mais comunhão e reconhecimento de que no Reino, não há “grandes”, mas sim servos, amigos e irmãos.

Crucifixo – (Reflexão Sobre a Laicidade por Norma Braga)



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Por Renato Vargens
Por que manter crucifixos em locais públicos se o Estado é “laico”? Não deveria haver espaço também para símbolos de outras religiões? A cruz ofende e discrimina pessoas que não são católicas. Essa é a ideia que se propaga em todo o mundo ocidental, mais uma vez um subproduto da adoração à “deusa” Igualdade. Como se o papel do cristianismo no processo civilizatório do Ocidente não tivesse sido único.
Mas quem sabe disso hoje em dia? O problema é que, comprometidas com a ideologia marxista, as escolas e universidades não mais estão mostrando o tremendo impacto do cristianismo na cultura, e o quanto nos beneficiamos disso. Leis mais humanas, moralidade, tudo isso, que consideramos “lugar-comum”, é na verdade cristão em sua origem. (Ver aqui no blog a série “O que Deus fez por você através da cultura”, aqui e aqui.) Sem o substrato cristão na cultura, ainda estaríamos como os antigos romanos, sem o menor respeito pela vida humana enquanto tal, matando crianças e inimigos do Estado sem limite algum. Esse igualitarismo religioso é uma invenção do atual totalitarismo de esquerda para minar a identidade cultural dos países, deixando-os mais abertos para as engenharias sociais. A questão não é abrir espaço para Buda, mas sim por que tirar o crucifixo: porque há interesses escusos na retirada do substrato cristão da cultura. Como diziam os nazistas, são esses “horríveis discípulos de Cristo” que impedem a matança generalizada ao bel prazer deles (cf. Milosz, Mente cativa, e não, ele não era cristão, mas relatou isto pois percebeu o que estava em jogo nos totalitarismos – a mudança forçada e violenta da cultura e a criação do novo homem pelo homem).
Claro, falar da positividade da moral cristã na cultura não equivale a sancionar os muitos erros da religião institucional. Como sou protestante, o crucifixo em si não me diz muito, mas eu consigo ver além nessas medidas, e o que está além é o desejo de secularizar completamente a cultura. E, como cristã, é meu dever avisar: isso que as pessoas veem como “parte da paisagem” é uma conquista cristã, como o fim do infanticídio; logo, se o cristianismo na cultura continuar a ser banido, as conquistas também o serão. Não por acaso, eminentes acadêmicos e cientistas – como o famigerado Peter Singer – estão advogando a volta do… infanticídio!
Não é questão de religião oficial. É reconhecer que somos o que somos com base principalmente no cristianismo. A escola colabora com a secularização, logo, se as pessoas não buscarem isso por si, ficarão achando que somos o que somos meio que “por acaso”!
O crucifixo não diz que o Estado é cristão, mas marca nossa identidade e a identidade do próprio Direito ocidental. Se não sabemos mais essas coisas, é porque a doutrinação esquerdista na escola e na universidade está funcionando bem. O maior inimigo dos totalitarismos sempre foi o cristianismo. A história o demonstra.

Eu acredito na Bíblia


Na contramão do movimento evangélico liberal, pesquisadores afirmam que o texto da bíblia é muito fiel ao original.


Por Leonardo Gonçalves

Em nosso tempo, os teólogos e “novos pensadores” do cristianismo têm arvorado diversas bandeiras diferentes. O cenário teológico está cada vez mais conturbado, e movimentos estranhos surgem com uma rapidez nunca vista. As linhas que regem as crenças do “nova espiritualidade” são as mais diferentes possíveis, podendo variar do marxismo teológico à espiritualidade medieval, ou mesmo do neoliberalismo ao teísmo aberto. Contudo, parece haver um ponto em que os novos pensadores estão de acordo: Todos eles, em maior ou menor proporção, duvidam que toda a bíblia seja a Palavra de Deus inspirada, e alegam que o texto original foi modificado. Ao que parece, a tendência é conservar o elemento místico do cristianismo, sem contudo submeter-se à autoridade da Bíblia como regra de fé.

Na contramão deste movimento está o filósofo, teólogo e fundador do Southern Evangelical Seminary, dr. Norman L. Geisler. Em seu livro “Não tenho fé suficiente para ser ateu” (Ed. Vida), ele afirma que 99,9% do conteúdo do NT é livre de real preocupação, e que nenhuma doutrina central do cristianismo repousa sobre um texto duvidoso. J. B. Payne em sua obra “Enciclopédia de profecias bíblicas” apresenta 191 profecias relacionadas ao esperado Messias e Salvador judeu, e mostra como todas foram cumpridas literalmente na vida, morte, ressurreição e ascensão de Jesus de Nazaré. Também Josh McDowell, um dos mais importantes apologistas contemporâneos, fala de mais de 300 referências ao Messias contidas no Antigo Testamento, as quais se cumpriram em Jesus. Todos estes fatos somados compõem um forte argumento em favor da autoridade e inspiração das Escrituras.

Até mesmo o agnóstico e crítico do Novo Testamento, Barth Ehrman admite que “na verdade, a maioria das alterações encontradas no início de manuscritos cristãos nada tem a ver com teologia ou ideologia”. Segundo ele, tais alterações em muitos casos não passam de “erros ortográficos e acidentais”. Considerando que o NT possui cerca de 5.700 manuscritos, conclui-se que é possível reconstruir o texto à partir da comparação das cópias existentes, de modo a afirmar que o texto atual é bastante fiel ao que foi o texto original, descartando a hipótese de que o texto foi gravemente modificado para servir aos interesses da religião, teoria que quando avaliada à luz de argumentos sólidos mais se assemelha àquelas esdrúxulas teorias conspiratórias que circulam na internet.

Estas e tantas outras evidências que são apresentadas em favor do cristianismo são suficientes para dizer que o texto da bíblia conserva todas as idéias originais do cristianismo, sendo totalmente digno da nossa apreciação e crença. O argumento dos neoliberais brasileiros, no entanto, carece de confirmação e está baseado em falácias óbvias que já foram amplamente desmascaradas ao longo da história.

Por isso, e por muitos outros fatos que não caberiam neste breve artigo, afirmo sem nenhum receio minha crença na Bíblia. Não crer em tantas evidências seria o mesmo que pecar contra minha própria consciência.