domingo, 16 de dezembro de 2012

CRER E CRER: PROMULGADA A LEI DE DEUS SOBRE O HOMOSSEXUALISMO

Por Wadislau Martins Gomes

O crente crê; o incrédulo crê; o teísta crê; o ateu crê; o cientista crê; e o inculto também crê. É crença que não acaba mais. O crente em Jesus Cristo crê na Bíblia. O incrédulo crê que nada crê. O teísta crê que existe um Deus. O ateu crê que Deus não existe. O cientista crê que há alguma coisa aí para ser crida. O certo é que não há nenhuma outra base para qualquer conhecimento, a não ser a fé. A menos que você prefira dizer como o cara que viu o camelo, no zoológico: “Esse bicho não existe!”

Fé é mesmo coisa difícil de tragar. Até a descrição do conceito, de início, parece complicada: a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem (Hb 11.1). Como é que pode haver certeza do que é esperado e convicção do que não é visto? Valha-me Deus! E ele vale. Pense assim: se alguém não sabe coisa alguma sobre o que procura, nem se achar, saberá o que é. Se há alguma coisa sendo tratada, certamente algo é sabido e esperado, mesmo que não seja visto – ainda. Um exemplo disso é a Tabela Periódica dos elementos. Ela permanece tal como foi proposta, boa e genial. À época, foram calculadamente deixados em branco os espaços necessários para colocar elementos sabidamente existentes, mas desconhecidos. Havia fé em que, um dia, os elementos faltantes se encaixariam.

É algo como isso que está faltando, não na fé revelada, mas na evangelização do nosso povo. Sabe por que é que tanta gente não aceita ou abandona ou “muda” a fé cristã histórica a fim de acomodar a fé insossa? É que muitos que receberam o evangelho em fé não repensaram suas vidas em arrependimento – não reviram conceitos e comportamentos próprios da vida anterior nem se preparam para testemunhar o evangelho por meio de palavras e vidas coerentes. Assim, ficam na mente e no coração alguns espaços vazios que tornam difícil a digestão da fé. Tomando emprestada a figura de João, a fé é amarga no “estômago, mas... na... boca, doce como mel” (Ap 10.9). Mas como desejamos mel na boca ainda que com o estômago cheio de abelhas, os que creem que não creem e os que dizemos crer nem sempre estamos dispostos à coerência que a fé exige.

De fato, esse alheamento da fé faz parte do conhecimento natural do Deus desconhecido (At 17.22-31). O que quer que professemos, acabamos adorando algum tipo de deus. No entanto, só um é o verdadeiro. Ele é o Criador de todas as coisas e o próprio ambiente do homem, diante de quem teremos de prestar contas dos atos do nosso corpo. Vem, daí, uma questão: Como é que ficamos diante de duas declarações de fé, a do regenerado e a do não regenerado?

De um lado, o supremo e soberano Deus promulgou um termo de justiça, primeiro exarado na lei (Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação; Lv 18.22) e, depois, arrazoado no Novo Testamento. De outro lado, os supremos juízes da nossa terra passam julgado sobre os méritos do homossexualismo, com argumentos tais como: “a família é a base da sociedade, não o casamento” (Ministro Ayres Britto, considerando inconstitucional o artigo do Código Civil que trata a união estável usando os termos "homem e mulher"); ou "Desde que duas pessoas, somente" (Ministro Cézar Peluso, sem explicar a razão da restrição); ou "A união homoafetiva deve ser reconhecida como união estável para efeitos de proteção do Estado" (Ministro Luiz Fux). Todos eles, cuidando da causa, sequer chegam à questão do âmago do indivíduo – o vazio que só poderá ser ocupado pela adoração de Deus.

Com base na fé e na justiça (Rm 1.16-17) e movido por gracioso débito de amor para com todos os homens, crentes e incrédulos (vv. 13-15), Paulo faz um arrazoado mais profundo (1.18.32): a humanidade de agora não é a mesma como foi criada, mas experimenta uma separação interna e externa. No entanto, algumas coisas são certas e esperadas.

(i) Há uma dissociação com a essência da identidade humana, Deus, que é o ambiente de todo homem (vv. 18-20; 3.23; cf. At 17.24-29; Cl 1.15-17; Jo 1.1-4). O traço de personalidade que permanece havendo é a certeza de Deus está aí; a Bíblia diz que, de uma ou outra forma, todo mundo tem consciência do Deus verdadeiro, ainda que muitos a reprimam (cf. Rm 2.14-15).

(ii) Há uma crise de identidade psicológica em que racionalidade e irracionalidade geridas pela vontade decaída, equilibram-se e desequilibram-se em um turbilhão emocional (Rm 1.21-22; cf. 7.13-20).

(iii) Há uma dissociação da identidade humana com a natureza criada, que faz o homem não se diferenciar do mundo material e animal. Conquanto todos tenhamos certeza de não sermos deuses, ainda assim, tentamos assumir o papel. Na verdade, a própria tentativa – de controlar o mundo e as pessoas, de desejar justiça ou de reconhecer a injustiça, e de querer redimir o que está errado – é uma admissão do conhecimento de Deus. E é também uma admissão do pecado humano; pelo menos, de não querer reconhecer o Criador e Redentor de todas as coisas (Rm 8.22).

(iv) Há uma crise de identidade sexual (Rm 1.24-32). Negando o Criador, a criatura perde as dimensões de individualidade e coletividade, de igualdade e pluralidade, e de propósito e finalidade. Assim é que pares sem ovários e leite e pares sem testículos e sêmen pretendem uma vida sexual (lat., seco, “divisão da raça”) e muitos anseiam filhos.

(v) Há a convicção do testemunho de Deus, em Cristo e pelo seu Espírito, que ilumina a todo homem, externa e internamente, sobre a verdade e sobre o pecado (Jo 1.9-11; 16.7-11).

Certamente, este último item vem prenhe de esperança. Paulo mesmo disse que todos nós caímos em um ou outro pecado e, assim somos réus de todos eles (Rm 3.10). Em outro lugar, ele disse que não deveríamos nos enganar, pois nenhum impuro, idólatra, adúltero, efeminado ou homossexual, ladrão, avarento, bêbado, maldizente ou caluniador, ou corrupto apreenderia o código de fé e justiça do reino dos céus: Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus (1Co 6.8-11). De um lado, Deus não discrimina um grupo como o de homossexuais, mas a todos encerrou na desobediência, a fim de usar de misericórdia para com todos (Rm 11.32; cf. 2.11); de outro, sua Palavra não esconde os resultados da injustiça e dos desvios da fé. Sobretudo, ela diz:

Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão [Jesus Cristo] que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos (At 17.30-31).

Festival Promessas: Internautas criticam evento e a cobertura do G1


Aconteceu no Campo de Marte a edição paulistana do Festival Promessas. Ao contrário do show de estreia no Rio de Janeiro, cerca de 100 mil pessoas estiveram presentes e o temor de novo fracasso de público foi sepultado. Túmulo do samba, mas é nóis no gospel, mano.



Mais uma vez a Globo não economizou e usou uma estrutura profissa de encher os bolsos olhos. Dezessete torres de led proporcionaram 1 efeito visual anos-luz (com trocadilho) das apresentações quase mambembes que eram a tônica e a dominante da música evangélica até pouco tempo atrás.
Nesta edição não houve boicote de igrejas e foram raras as vozes desafinadas falando sobre a idolatria da babilônia platinada. Mesmo porque em matéria de ídolo$, a gente tem pós-doutorado.
Seguindo o tratamento profissional, o G1 destacou o repórter Rodrigo Ortega para cobrir o evento. Especialista em música pop, o jornalista escreveu logo no início do texto que os pulos e giros de André Valadão “lembraram os de Chris Martin, cantor inglês do Coldplay”. #oscrentepira
Sobre Cassiane, o ex-blogueiro (e guitarrista) disse que ela tem “voz poderosa de artista soul e trejeitos fortes de cantora de rock”. Nem precisava chegar ao final do texto para imaginar que o colega seria enviado so patíbulo. Em lugar do “hang the blessed DJ” dos Smiths, o refrão seria adaptado para “hang the journalist”. Not so blessed. #panic
Acostumado à hipocrisia e breguice aos maneirismos dos veículos gospel, nos quais “ministrações” substituem a palavra “show” e são sempre “uma bênção”, o rebanho não gostou nem um pouco de ver ler que, na verdade, seus “levitas” são simplesmente artistas. #choquederealidade
Rodrigo foi sutil ao se referir à abundância de clichês no discurso de alguns artistas, algo absolutamente consonante com a pobreza musical de muitas das músicas apresentadas. A trilha em direção à profissionalização ainda é longa, inclusive para os expoentes que estão na frente da fila. São Roberto Marinho nos ajude!
Selecionei trechos de alguns comentários. Antes de tomar um Plasil, nada de fingir que não faz parte dessa massa ignara porque você é “diferenciado”. Eles são nós. Se cegos, é hora de ajudá-los a enxergar além do óbvio. Que os reis de 1 olho só sejam destronados da terra gospel. Amém?
“Nunca vi tantas “aspas” na minha vida quanto nesse texto, apesar do sarcasmo fajuto, aparentemente o tal Rodrigo assistiu todo o espetáculo”
“Achei descenessario todo este sarcasmo.. porque tratar a música gospel e seus “artistas” assim? se é para agirem de tal forma melhor não fazerem festival nenhum..”
“Texto ácido e sarcasmo desnecessário cercado de preconceito cultural e linguístico!”
“A Globo deveria contratar alguem mais inteligente que esse Rodrigo Ortega (dono do texto da reportagem)”
“Festival de Idolatria isso sim. As pessoas não vão para adorar Jesus, mas para adorar seus ídolos gospel que só enchem o bolso nesses eventos. Thalles por exemplo só toca se pagarem 30 mil.”
“Esse mundo gospel esta podre. Esse Serginho é feiticeiro e está apresentando o show dos artista de satanás.”
“Essa proposta da globo e outros foi a coisa mais inteligente para acabar com esses crentes. As forcas das trevas celebram…”
“Enquanto eles vivem no luxo os adeptos deles morrem de fome sem ter casa para morar ou comer porque doam toda uma vida para esses oportunistas que só servem para ser esterco do solo terrestre!”
“Que saudades que eu tenho do Brasil quando nada disso existia!! Esse tipo de movimento veio na esteira da vulgarização e mau gosto na música.”
“Cadê a igreja de Jesus? Onde fazer megashows é agradar a Deus?”
“A Igreja Evangélica representa os últimos dias de uma velha era, a da ignorÂncia.”
“O Brasil precisa é de professores, cientistas, engenheiros e não desses semeadores de ilusões: pastores, padres, pais de santo e dessa praga recente chamada de música gospel.”
“Será que com tanta influência do termo “gospel” o diabo não acabará vindo de maneira “gospel”?”

Crente Esponja, Só Falta a Calça Quadrada

Por Jofre Garcia
Julgai todas as coisas, retende o que é bom”
(1ª Ts 5.21)
O discernimento é um dom proveniente de Deus, o que não significa dizer que o cristão, o converso não tenha que exercitá-lo como uma disciplina constantemente evolutiva em sua caminhada. Muito pelo contrário, o discernimento deve ser permanentemente desenvolvido, pois é por este dom que possuímos a capacidade de percepção dos elementos salutares e os nocivos que adentram na Igreja e nos edificam ou transtornam.
O discernimento funciona como um filtro por onde os germes infectos que circulam em torno procurando invadir a Igreja são identificados, sendo barrada sua entrada.
Porém, temos um problema!
O efeito esponja!
Pois a esponja vai absorvendo água ou qualquer líquido com sua sujeira e impureza, até chegar ao seu extremo de sua capacidade e no primeiro aperto espalhar seu excesso.
Este é um fenômeno muito comum em nosso universo evangélico onde as águas sujas e infectas das doutrinas exóticas e esdrúxulas encontram campo fértil e ardorosos defensores.
Sincretismos pagãos, contorcionismos teológicos, atos proféticos, “visões” vindas de fontes turvas e com propósitos duvidosos, movimentos evocativos de forças estranhas, línguas que manifestam distúrbios emocionais, doutrinas contrárias aos ensinos bíblicos sendo aplaudidas, multidões desesperadas em busca do reino deste mundo, mistura perigosa com o pior da política, mundanismo, idolatrias, etc.
E as súcias de crentes seguem empolgados os novos ídolos, ditos evangélicos, sem o menor pudor doutrinário.
Armada de textos descontextualizados (Não julgais – Mt 7.1; Quem não tiver pecados – Jo 8.7), os esponjas ameaçam aqueles que detectam os falsos ensinos e apologizam em favor das Sagradas Escrituras, mas não temem abraçar o “novo” e esdrúxulo caminho quilometricamente desviado da rota de Cristo.
Algumas velhas novidades que voltaram a ostentar imensa popularidade em nosso tempo:
Negação da cruz;
Recusa ao estreito e espinhoso caminho;
Descrença na existência real do inferno;
Negação a soberania de Deus;
Relativismo para com a Bíblia;
Renovação do misticismo exacerbado;
Culto a personalidade;
Feudalismo religioso;
Anti-Bíblia em favor das visões enfatuadas;
Estrelismo estratosférico;
Adoração a Mamom.
Mas, tudo é permitido desde os sorrisos plastificados, os achaques ufanos, os arroubos performáticos e a ostentação cinematográfica das conquistas ou pseudos milagres estiverem sendo caudalosamente derramados nas mídias sem fim, projetando uma imagem do que nunca foi não é e jamais será Caminho de Cristo.
Mas quem se importa?
“Quem creu em nossa pregação”
Bradava o profeta Isaias sob inspiração divina, ante o espetáculo do Servo Sofredor (Is 53.1), contrariando as expectativas de um Messias beligerante e doador de benesses ao bel-prazer do seu povo.
Há alguém que se importa?
Está tudo tão legal!
Somos tantos, e podemos até pressionar governos. Temos até um dia instituído nacionalmente, e podemos angariar recursos públicos para financiar nossos shows.
- Não é ótimo! Crente Esponja!!!!
- É sim Crentik! Rê rê rê rê rê rê rê…
Mas, Aquele que tem na mão direita as sete estrelas, de cuja boca sai uma espada afiada de dois gumes, e o rosto, brilha como o sol em sua força, diz: Conheço as tuas obras (Ap 1.16; Ap 2.2,9, 13, 19; Ap 3.1,8,15).
N’Ele, o Cristo que nos dá o discernimento e não o estado esponjoso.

A Perseverança dos Santos

Por Duane Edward Spencer
Em suas afirmações, os arminianos ensinam que a pessoa salva "pode decair da graça" e, portanto, pode perder a salvação uma vez adquirida. Desde que o ato de fé, para a salvação, depende da vontade do homem, há a possibilidade de a fé deixar de ser contínua e de o pecador cometer algum pecado digno de condenação, e, assim, por sua própria vontade, ele pode rejeitar a Deus e voltar-se para seu velho mestre — o Diabo! Essa, naturalmente, é a única conclusão lógica a que pode chegar alguém que defende os quatro primeiros pontos do arminianismo, e os 'brilhantes' estudantes dessa doutrina sabem disso!
Os calvinistas ensinam que os santos, também conhecidos como eleitos, nunca podem perder-se, uma vez que a salvação deles é assegurada pela imutável vontade do Deus onipotente! Uma vez que nenhuma condição, da parte do homem, determina sua escolha — visto que as Escrituras ensinam que a eleição é incondicional —, não há razão para o homem salvo temer a perda da salvação, pois quem o salva é a graça de Deus. Certamente, raciocina o calvinista, se é da vontade de Deus que eu seja salvo — e a vontade de Deus é imutável —, eu sou alcançado pela salva­ção, permaneço nela e vou para o céu, porque essa é a vontade de Deus!
"Pois, segundo seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias de suas criaturas" (Tg 1.18).
Assim, deparamo-nos com duas posições diametralmente opostas. Uma está baseada no raciocínio da mente carnal (que é sempre inimiga de Deus); a outra se constitui num fato baseado na Escritura. Consideremos, portanto, o que a Bíblia diz:
"Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus" (Fp 1.6).
Portanto, Deus, que é o Autor da "boa obra" (que ele começou no eleito, e não o homem), "quer realizá-la (tempo verbal contínuo, ou manter em realização a obra no santo) até ao dia de Cristo Jesus", quando os eleitos receberão corpo ressurreto e sem pecado! Portanto, essa "boa obra" é dele e não nossa! Por isso, Paulo diz ainda aos cristãos de Filipos:
"Pois nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segunda a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas coisas" (Fp 3.20-21).
Observe-se a quem o Pai deu "todo poder", de modo a torná-lo capaz de submeter
"todas as coisas a si mesmo". Deu "todo poder" a nosso Rei-Salvador, que há de retomar! Ele é o glorio­so de quem as Escrituras dizem:
“... lhe conferiste autoridade sobre toda carne, afim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste" (Jo 17.2).
Dará vida eterna a quantos? A quem? O Filho de Deus afirma também nos mais incisivos termos:
"E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o res­suscitarei no último dia" (10 6.39).
Que diz sua Bíblia? Perder-se-ão alguns dos que o Pai deu ao Filho? Ou não se perderá nenhum dos que o Pai lhe deu? Se é evidente que a salvação é do Senhor, é evidente também que, uma vez salvos pelo poder de Deus, estão salvos para sempre! Nada temos de fazer, absolutamente, para "receber a salvação", e nada temos de fazer também, absolutamente, "para conservar a salvação", porque a salvação nos é dada ela graça de Deus, e não pela vontade vacilante do homem! Notemos as palavras de Deus, o Filho:
"Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará de minha mão" (Jo 10.28).
Quanto tempo dura a salvação que Deus nos dá por sua própria vontade? Poderá perecer a ovelha eleita pelo Bom Pastor? De quem são as palavras que citamos neste último versículo? Do homem ou de Deus? Por que será que alguns se baseiam em passagens não muito claras, nas Escrituras, para tentar anular passagens super claras? Pode ser porque se recusam a ter a salvação pela soberana graça de Deus, ou porque querem ter a salvação obtida por suas próprias obras de fé. Vejam-se as palavras de Pedro ditas quando ele estava sendo dirigido e controlado pelo Espírito Santo. Para ele, os eleitos eram destinados
“... para serem herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros, que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para salvação preparada para revelar-se no último tempo" (1 Pe 1.4-5).
Não é, pois, de maravilhar que Paulo tenha cantado exultantemente:
“... porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar meu depósito até àquele dia" (2 Tm 1. 12).
Confira esta passagem com João 17.11.
Somos predestinados para o céu, porque Deus nos elegeu para a glória! É por isso que Paulo assegura aos Tessalonicenses:
“... para o que também vos chamou mediante nosso evan­gelho, para alcançar a glória de nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Ts 2.14).
Os céus são nosso lar e a glória daquela habitação celestial é nossa herança, porque Deus assim quis por meio de sua graça! Eis o que Paulo nos diz:
“... nele (em Cristo), digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade" (Ef 1.11).
“... o que Israel busca, isso não conseguiu; mas a elei­ção o alcançou; e os mais foram endurecidos" (Rm 11.7).
“... por isso que Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2 Ts 2.13).
É não pequena maravilha Paulo — sabendo que o Criador onipotente fez dele objeto de seu amor — dizer ousadamente:
"O Senhor me livrará também de toda obra maligna, e me levará salvo para seu reino celestial" (2 Tm 4.18).
Não pequena maravilha é Judas escrever aos eleitos de Deus:
"Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo" (Jd 1).
Não pequena maravilha é Paulo orar confiadamente pelos santos de Tessalônica:
"O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Ts 5.23-24).
Quem é que preserva os crentes "imaculados" até que ele venha? Quem é que é fiel? Quem é que faz o maravilhoso trabalho de santificar e guardar? É nosso Senhor Jesus Cristo, natu­ralmente! Os santos perseveram, porque ele persevera. Não so­mos guardados em pedaços ou em partes, mas somos guardados completos, íntegros: "Espírito, alma e corpo". Ou, como diz Judas no fim de sua vigorosa Epístola:
"Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante de sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém" (Jd 2-25).
Sim, os santos perseverarão porque o Salvador declara que quer perseverar em favor deles, e quer guardá-los! Se a perseverança depende do homem volúvel, com sua pecaminosa natureza decaída, então ele não tem esperança. A perseverança dos santos depende da graça irresistível que nos é assegurada porque Cristo morreu por nós, uma vez que a expiação que temos, por seu sangue, é limitada aos eleitos. Essa eleição, graças a Deus, não está baseada em qualquer condição de bem pré-conhecido em nós, pois "bom não há sequer um!". Pela graça de Deus, a eleição é incondicional e não se pode encontrar nenhuma condição por parte do homem, visto que ele é totalmente depravado, isto é, totalmente incapaz de exercer boa vontade para com Deus, totalmente impotente para, por isso mesmo, alcançar a vida ou, por sua livre vontade, totalmente incapaz de livrar-se do super poder do deus da morte!