quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

COMO VAI SUA ESPIRITUALIDADE?



Por Fabio Campos
Texto base: “Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. – 1 Coríntios 9.27 AFC

O grande apologista C. L. Lewis já dizia, “as pessoas precisam ser mais lembradas do que instruídas”. O amado Apóstolo Paulo não se cansou de repetir as mesmas coisas às igrejas, preservando assim a espiritualidade e contribuindo com a segurança dos irmãos (Fp 3.1). O assunto não é tão simplista como se parece.

Dentro do ativismo secular, o Senhor se preocupa com o ativismo religioso dos seus escolhidos. A exemplo disso segue o que disse o apóstolo, o qual viu a Cristo através de visão; plantou igrejas; sistematizou a teologia cristã e foi irrepreensível na lei; contudo, preservava e zelava por sua espiritualidade em meio a todas essas atividades: “... para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

Muitos ainda não entenderam na prática que é pó. O relacionamento com Deus é nutrido de joelhos e com as lágrimas. Existem momentos em que precisamos examinar-se a si mesmos e arrazoar se somos tudo aquilo que os outros pensam que somos. Na real? As coisas não são bem assim! Na tentativa de passar uma imagem da qual não somos nos perdemos e tropeçamos em muitas palavras. Consultando o travesseiro em união com o Pai - olhando nossa pequenez -, somos conduzidos a um estado de miséria genuína. Não digo a que escrevemos pelas frases prontas do facebook [“sou pobre e pecador”], mas dentro de uma realidade contemplada pelo espelho.

Muitos [assim como eu] têm a ciência, e disto o Espírito testifica que, não estamos bem, e há uma busca em demasia por aquilo que é efêmero. Olha a intranquilidade que agita nosso coração pelo anseio e busca priorizando o “ser perfeito” a vista de todos. São nestes momentos que identificamos o quanto estamos vazios – quanto nossa vida espiritual está mirrada. A teologia pensa sobre Cristo; a espiritualidade forma Cristo em nós.

Como certa vez ouvi de um grande teólogo; na introspecção e no devocional, por um “instante”, a teologia precisa ser deixada de lado [digo no estudo]. Como crianças, em certos momentos, precisamos ser ousados o suficiente para lançar-nos aos braços de Jesus, clamando pelo Aba. Passar tempo com Ele escolhendo a melhor parte - “ouvi-lo” em vez de “fazer”. Sejamos sinceros – consulte [assim como eu] sua consciência e responda: “Como vai sua espiritualidade”?

Paulo com toda essa bagagem preocupou-se com isso. O texto (1 Co 9.27) que usamos para trazer esta reflexão, “reprovado”, traz o sentido metafórico de “merecedor de condenação”, “réprobo” [‘detestado’; ‘infame’]. É muito mais sério do que talvez imaginemos! Precisamos cuidar um pouco mais da nossa comunhão com Deus e construir uma espiritualidade saudável. Você pode até ler meus textos no blog e meus post’s no facebook, e assim dizer, “... este é um grande homem de Deus, oxalá tivesse tal intimidade com o Senhor como ele”.

Não é bem assim, amados! Muitas das nossas orações são de nós para nós mesmos. Assim também segue os estudos, os postes, nossa pregação e apologética. “De nós para nós, usando o nome de Deus”. A espiritualidade de um homem não é construída nas praças; ou na sala de aula; nem tão pouco nos grandes congressos. A verdadeira espiritualidade é construída em nosso quarto - com a porta fechada - orando não como convém devido a nossa fraqueza, mas com gemidos inexprimíveis, na sinceridade e certeza de que, ninguém está arrazoando publicamente o falar, as orações e a forma pelo qual pensamos sobre Deus.

Precisamos passar mais tempo com o Senhor Jesus na prioridade de conhecê-Lo. É necessário esmurrar o corpo - reduzindo-o a escravidão-, para que, terminado todas as obrigações de um despenseiro, não venhamos a ser desqualificado.

Seja sincero e responda: Como Deus olha sua espiritualidade? Não o que você faz para Ele, mas quem você de fato é? Alguém sincero que anda humildemente com o seu Deus terá o discernimento e reconhecerá se há algo que esteja faltando na comunhão com o Seu Criador.

Pensemos nisso!

Um demônio furioso chamado procrastinação

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Por Maurício Zágari

Se o Diabo tivesse um livro sagrado, acredito que nele haveria um versículo que diria: “Não deixe para amanhã o que você pode fazer… depois de amanhã”. Digo isso porque o ser humano tem uma forte tendência a empurrar com a barriga decisões importantes que precisa tomar – o que, em se tratando de vida espiritual, é muito prejudicial. Por isso, devemos refletir e nos disciplinar para mudar essa estranha atração que temos pelo “deixar para depois”. A procrastinação (o ato de adiar ações ou decisões) torna-se, assim, um mal a ser combatido. Se você percebe que, na lista da sua vida, há mais itens na coluna das “coisas a fazer” do que na de “dever cumprido” é hora de acender a luz vermelha e tomar alguma atitude para reverter essa situação.

Claro que cada pessoa sabe em que precisa melhorar. Mas existem áreas de nossa vida em que o problema é mais comum e, por isso, merecem mais atenção.

O grande mal de nossa época é a falta de amor ao próximo. Não é por acaso que o primeiro campo em que estamos sempre procrastinando é no exercício do amor – nas suas mais variadas formas. Existem multidões de pessoas ao nosso redor, na igreja e fora dela, que estão solitárias, carentes, tristes, deprimidas, infelizes, à espera de alguém que se aproxime com uma palavra amiga, um ombro acolhedor ou, simplesmente, com presença e calor humano. Nós, filhos de uma era em que só cuidamos de nós mesmos e, no máximo, de nossa família, fechamos os olhos a elas. Sabemos que existem, vemos seu semblante abatido, mas… o que fazemos por essas tristes almas? Ou delegamos a outras pessoas a tarefa de amá-las ou deixamos para depois tudo aquilo que poderíamos fazer por elas mas não fazemos. “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mc 12.30-31). Temos cumprido esse mandamento? Se você estivesse mal, precisando de amor, gostaria que o próximo ficasse adiando o momento de vir até você para abraçá-lo e perguntar: “Onde dói a tua dor?”. Então o que você está esperando para começar a amar o próximo de fato e não só de boca?

Outra área em que falhamos de forma atroz é no compartilhar o amor de Deus. Estou falando de evangelismo. E esqueça aquele imagem de pessoas nas ruas abordando outras com folhetos nas mãos, essa é apenas uma das formas de evangelizar e nem de longe é a mais eficiente. Não existe nenhuma outra maneira mais eficaz de pregar o evangelho do que a proclamação do amor de Cristo junto àqueles que convivem conosco, no dia a dia, na convivência pessoal. Mas, seja por vergonha, seja por crer que há ainda tempo de sobra, seja por que razões for, aqueles que receberam a ordem de ir, fazer discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que Jesus nos ordenou (Mt 18.19-20)… simplesmente a ignoram. E, assim, por culpa de nosso espírito procrastinador, deixamos de cumprir a grande comissão. O problema é que, se não pregarmos, meu irmão, minha irmã, muitos irão para o inferno.

Procrastinamos não só ações de evangelismo, mas também projetos de edificação no nosso próximo. De que forma você gostaria de contribuir para abençoar o Corpo de Cristo e os não cristãos? Visitando orfanatos? Indo a casas de repouso? Criando um blog na internet? Escrevendo um livro? Ensinando? Intercedendo? Voluntariado-se em alguma instituição filantrópica? Alimentando quem tem fome e saciando quem tem sede? Apadrinhando uma criança pela Visão Mundial? Construindo casas para os desabrigados? Como, afinal? Se você tem planos, sonhos ou vontades nessa área… o que está esperando? O próximo precisa de você hoje, não depois de amanhã. “Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me” (Mt 25.34-36).

Procrastinamos, ainda, o abandono dos pecados. Sabemos que estamos errados, o Espírito Santo nos incomoda diariamente, mas agimos como se disséssemos a Deus: “Senhor, me deixa pecar só mais um pouquinho, vai. Tá tão bom, amanhã eu me arrependo, peço perdão e deixo, tem tempo…”. O pecado é como um leão que devora a nossa alma constantemente, um pedaço por vez. Imagine a dor e o dano que provoca uma fera arrancando pedaços de você a cada dia. Mas procrastinar o abandono do pecado é como se pensássemos “Deixa esse leão comer mais um pouquinho do meu fígado, amanhã eu tento afastá-lo”. Chega a ser surreal cogitar isso. Mas é exatamente o que fazemos quanto ao pecado. O perigo é adiarmos tanto a expulsão dessa besta que, daqui a pouco, não sobrará nada da nossa carne – e sabe o que é um ser humano sem carne? Um cadáver. Jesus disse: “Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado” (Jo 15.22). Até quando você vai continuar escravizado por pecados recorrentes e adiar o abandono das suas transgressões?

Também procrastinamos o estudo das coisas de Deus. Queremos servir Jesus, amamos o Senhor, mas deixamos sempre para algum dia o aprofundamento na compreensão acerca de quem ele é, de qual é a sua ética e montes de informações que nos fariam cristãos mais maduros e íntimos de Cristo. Mas procrastinamos nossa entrada no seminário; deixamos sempre para o ano seguinte o plano de ler a Bíblia inteira; acumulamos pilhas de livros cristãos em cima do móvel. na expectativa de começar a ler no dia seguinte… estamos sempre priorizando outras atividades e deixamos o estudo das coisas concernentes a Deus para um futuro que nunca chega.

Uma das atitudes mais destrutivas espiritualmente é a hostilidade entre irmãos. A gravidade desse mal não está somente em seu poder destruidor, mas em sua frequência entre nós. Irmãos em Cristo se ofendem, se agridem, se prejudicam, fazem o mal uns aos outros e fica tudo por isso mesmo. Seja por orgulho, seja por um entendimento errado acerca do perdão, seja por que razão for, muitos de nós criam barreiras entre si e vivem deixando para depois o ato de pedir perdão a quem ofendeu ou de perdoar quem o ofendeu. “Se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta” (Mt 5.23-24).Honestamente: qual de nós verdadeiramente faz isso de imediato? Adiar a reconciliação pode ter efeitos drásticos: “Se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas” (Mt 6.14-15).

Mais uma área em que a procrastinação ocorre de forma espiritualmente prejudicial é na vida daqueles que foram chamados pela voz da graça, viveram em comunhão com o Senhor e, por alguma razão, se afastaram. Imersos nos prazeres deste mundo, nunca deixaram de saber a verdade, de ouvir a voz do Espírito Santo e de ter – lá no fundo – a convicção de que um dia retornariam ao aprisco do Bom Pastor. Mas ficam adiando, adiando, adiando e, nessa procrastinação, seguem distantes de Jesus. A quem procede assim, “Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20). Jesus, aliás, foi bem enfático ao tratar deste ponto. Quando um jovem o abordou com a proposta de procrastinar sua adesão à causa de Cristo, veja o que ocorreu: “Outro discípulo lhe disse: ‘Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai’. Mas Jesus lhe disse: ‘Siga-me, e deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos’.” (Mt 8.21-22).


Esses são apenas alguns exemplos de áreas comuns em que os cristãos têm o hábito de procrastinar. Há muitas outras e convido você a refletir sobre isto: o que você tem adiado em sua vida e que tem prejudicado sua caminhada com Cristo? Seja o que for, procrastinar é uma atitude que pode destruir almas, afastar pessoas de Jesus, nos manter na ignorância sobre as coisas de Deus, deixar vidas em ruínas e… e tudo mais que há de pior na vida espiritual de uma pessoa. É uma atitude humana, mas que age com o poder destruidor de um demônio furioso. Reflita que benefícios e que malefícios esses constantes adiamentos têm provocado.

“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida” (Pv 13.12). O desejo de Deus é que você não adie aquilo que é importante para ele. Será que você cumprirá o desejo do seu Senhor?

Paz a todos vocês que estão em Cristo,
Maurício

Reconhecimento, sucesso, auto-promoção!

Por Josemar Bessa

Num tempo de busca de reconhecimento, sucesso, auto-promoção... Como Deus nos envia a este mundo? Quais as expectativas que devem estar em nossos corações? Deus diz: “Eles serão como o orvalho enviado pelo Senhor!” (Miqueias 5.7).

A vida de um homem que está em Cristo é muitas vezes comparada a um orvalho. Um ponto de semelhança é a forma tranquila em que o orvalho realiza o seu ministério no mundo. Ele cai silenciosa e imperceptivelmente. Ele não faz barulho. Ninguém o ouve cair. Escolhe o tempo do seu trabalho na escuridão da noite, quando os homens estão dormindo, quando NINGUÉM pode ver o seu trabalho. Quão diferente disso tem sido o paradigma de servir a Deus neste mundo que incentiva todos a buscar os holofotes.

Grande parte das pessoas decepcionadas, no mundo, no ministério, família... é por não ter tido o reconhecimento esperado. É a decepção por jamais ter tido a visão de ter sido enviado como o orvalho. Jesus disse: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente”. -Mateus 6:6 – É uma vida de oração como um orvalho. Como é comum ouvirmos “testemunhos” de quanto tempo se passa de joelhos, jejuns... Isso é uma espiritualidade extra-mundana. “E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão”. Mateus 6:5

Quando expectativas forjadas no coração do mundo nos motivam, a amargura e auto-comiseração brotam na alma. Ou seja, o resultado do trabalho é pecado no coração por esse trabalho ter começado com uma motivação pecaminosa.

O orvalho faz seu trabalho à noite, quando todos dormem, e quando acordam, ele já se foi. Cumpriu o desígnio de Deus para ele, isso lhe basta.

Este é um teste maravilhoso para as nossas vidas. Estamos dispostos a ser como o orvalho? Trazendo bênçãos às “portas” dos homens, enriquecendo e fertilizando a vida dos homens... tendo “partido” antes que tenham acordado para perceber? Estamos dispostos a servir a Deus no mundo
Sem gratidão,
Sem reconhecimento,
Sem louvor humano,
Sem retribuição???

“Eles serão como o orvalho enviado pelo Senhor!” (Miqueias 5.7).

Eu estou farto! Basta!

Por Maurício Zágari
Eu estou farto.
Farto de querer viver um Evangelho simples e sempre quererem complicar.
Farto de ver gente achando que ser cristão não exige esforço.
Farto de ver hipócritas pondo o dedo na cara das instituições religiosas mas faturando uma grana com seus sites antirreligião.
Farto de ver crentes que pecaram feio acusarem quem os exorta de legalistas para justificar seu pecado não-abandonado.
Farto da diabólica Teologia da Prosperidade.
Farto de expressões antibíblicas da herética Confissão Positiva, como “eu decreto…”, “eu declaro…”, “eu tomo posse…”
Farto de ouvir a expressão “em nome de Jesus” ser usada como “abracadabra”.
Farto de conselhos de presbíteros que tratam pastores como funcionários.
Farto de pessoas que nunca leram a Biblia quererem ficar ensinando cristianismo a partir de experiências pessoais.
Farto de gente que diz “eis que te digo” sem que Deus tenha dito nada.
Farto de blogueiros aspirantes a palestrantes que querem se promover para serem convidados a falar em conferências teológicas.
Farto da vaidade gospel.
Farto de cantores gospel sem nenhum compromisso com o Evangelho.
Farto de letras de musicas gospel que em vez de exaltar Deus ficam pedindo a Ele para nos saciar após ter um romance conosco e abominações parecidas.
Eu estou farto da minha própria pecaminosidade.
Estou farto. Basta.
Basta de pastores que tratam a membresia como se fosse propriedade sua.
Basta de membros que vivem detonando seus pastores pelas costas.
Basta de pastores-poetas inventores de falsos evangelhos que destituem Deus de sua soberania.
Basta de cristãos preguiçosos que dizem que estudar Teologia deixa o crente frio.
Basta de teólogos que não vivem na dimensão do sobrenatural de Deus.
Basta da Teologia Liberal e seus absurdos.
Basta de se preocupar mais com o número de membros do que com a qualidade dos membros.
Basta de apelos que forjam falsas salvações só porque alguém foi à frente e levantou a mão.
Basta de achar que discipulado são meia dúzia de aulas sobre a fé, em vez de uma longa caminhada pessoal do cristão maduro com o novo-convertido.
Basta de impostações artificiais de voz na hora da pregação, simulando autoridade divina.
Basta de gente que sobe ao púlpito para fazer propaganda de livros, CDs e DVDs.
Basta de gente que nunca pegou um livro de História da Igreja e quer discutir sobre a Igreja dos nossos dias, repetindo os mesmos erros do passado.
Basta de jovens cristãos cheios de testosterona que querem revolucionar a Igreja mas não sabem de cor nem ao menos o fruto do espírito, os Dez Mandamentos ou os Profetas Menores.
Basta de achar que combater o diabo é mais importante que proclamar Cristo.
Basta de achar que o diabo manda mais na Terra do que Deus.
Basta de achar que algum pastor ou teólogo não possa falar enormes baboseiras bíblicas só porque ele tem mais followers no twitter ou amigos no Facebook.
Basta. Estou farto.
Estou farto de gente que fala mal de seus líderes pelas costas.
Estou farto do reteté vazio e sem sentido.
Estou farto de emergentes que acham que Jesus tem que dançar tecnopop para ganhar almas.
Estou farto do amor antibiico do universalismo.
Estou farto dos falsos Jesus ensinados por falsos mestres.
Estou farto de cristãos que condenam todos os pastores e todas as igejas porque tiveram uma ou duas más experiências.
Estou farto de cristãos que chamam outros de “fariseus” porque estes são obedientes ao que a Biblia diz.
Estou farto dos que dizem que Deus só é amor e fogem da verdade de que Ele também é justiça e se ira.
Estou farto de gente que constrói Deus segundo suas conveniências pessoais.
Estou farto de igrejas domésticas que acham que são mais autênticas só porque se chamam de “comunidades” e não pertencem a nenhuma denominação.
Estou farto de programas “evangélicos” na TV.
Estou farto da ignorância histórica que leva muitos a achar que o mal da Igreja são os templos.
Estou farto de gente que inventa que foi ao Céu ou ao Inferno para ganhar dinheiro vendendo livros ou dando testemunhos.
Estou farto de testemunhos e milagres inventados.
Estou farto de gente que acha que precisa “ajudar” Deus seja lá no que for.
Eu estou farto da minha própria pecaminosidade.
Estou farto. Basta.
Basta de cristãos querendo aparecer na igreja.
Basta de disputas políticas de baixíssimo nível em Convenções de denominações religiosas.
Basta de cristãos que buscam o poder humano.
Basta de gente que acha que pode ser cristão e maçom ao mesmo tempo.
Basta de jovens que acham que sabem tudo sobre a fé sem nunca ter pego a Bíblia.
Basta de condenar ao inferno a ortodoxia cristã que segue o que o próprio Cristo defendeu.
Basta de fingir que o inferno não existe.
Basta de novas denominações.
Basta de uma suposta união de diferentes setores da igreja em torno não de assuntos espirituais, mas de objetivos humanos.
Basta de grupecos que racham com igrejas por se achar os bastiões da fé verdadeira.
Basta da ignorância histórica e bíblica de que leva a achar que a Igreja primitiva era perfeita.
Basta de fingir que nas catacumbas dos primeiros séculos de cristianismo não havia desenhos e imagens.
Basta de marxismo travestido de cristianismo.
Basta de neoliberalismo travestido de cristianismo.
Basta de gente que peca justificando-se com a graça de Deus em vez de cair chorando de arrependimento.
Basta de pregações de autoajuda.
Basta de unções diabólicas de 900 reais.
Basta de empresários gananciosos disfarçados de pastores.
Basta de falsos pastores que manipulam a boa-fé do povo para faturar em cima.
Basta de a Igreja querer se misturar com o Governo.
Basta. Estou farto.
Estou farto do cristão que acha que Jesus encarnou no mundo, morreu e ressuscitou só pra fazer ação social.
Estou farto de cristãos que acham que Jesus encarnou no mundo, morreu e ressuscitou para acabar com a miséria do país.
Estou farto de cristãos que acham que Jesus encarnou para nos fazer milionários.
Estou farto de cristãos que só pensam em dinheiro.
Estou farto de cristãos que usam a Igreja para ganhar dinheiro ilícito.
Estou farto de sacerdotes que traem tão excelente chamado para se candidatar a cargos políticos.
Estou farto de pastores que pedem dinheiro ao tráfico de drogas para erguer igrejas.
Estou farto de pastores que cedem os púlpitos para candidatos fazerem propaganda política.
Estou farto de cristãos discipulados por corinhos da moda.
Estou farto de crentes que prestam serviço sem dar nota fiscal.
Estou farto de seminaristas que colam na prova.
Estou farto de seminaristas que dizem não ter tempo para estudar mas nunca perdem o jogo de 4a feira à noite na TV ou a novela das oito.
Estou farto de programas de TV que se dizem evangelísticos mas que na verdade servem para vender produtos e divulgar igrejas.
Estou farto de celebridades gospel que usam a fama para faturar em vez de promover Jesus.
Estou farto de cristãos que acham que orar não basta, é preciso ser ativista.
Eu estou farto da minha própria pecaminosidade.
Estou farto. Basta.
Basta de igrejas que se maqueiam de muderninhas pra atrair jovens.
Basta de raves gospel.
Basta de tratar o Evangelho Sagrado como se fosse “uma coisa maneira”.
Basta de dizer que “religião” é sinônimo de “religiosidade”.
Basta de palavras fora do contexto.
Basta de pregações fora do contexto.
Basta de dizer que a instituição igreja e institucionalização farisaica da fé são a mesma coisa.
Basta de cristãos que esquartejam o Corpo de Cristo em “nós somos os da graça” e “eles os da religião”.
Basta de pastores arrogantes.
Basta de crentes arrogantes.
Basta de achar que Cristo gosta que pastores berrem e esbravejem na TV.
Basta de marchas inócuas para Jesus.
Basta de louvor no volume máximo à noite incomodando toda a vizinhança.
Basta de crentes que ofendem o não cristão em nome de evangelismo.
Basta de contestar o dizimo bíblico.
Basta de adesivos com versículos bíblicos em carros que ultrapassam o sinal vermelho e fazem bandalhas.
Basta de achar que ser cristão é só ir ao culto.
Basta. Estou farto.
Farto de igrejas que investem seu dinheiro naquilo que não glorifica Deus.
Farto de pastores que usam o dízimo sagrado para fazer negócios que em nada dignificam o nome do Senhor.
Farto de cristãos que passam cheques sem fundos.
Farto de líderes que fazem propaganda de políticos em troca de benefícios materiais.
Farto de pastores que se preocupam mais com construção de paredes do que pastorear ovelhas.
Farto de um cristianismo mais ligado à terra que ao Céu.
Farto de barbaridades feitas em nome de anjos.
Farto de crianças pregadoras.
Farto do joio.
Farto do trigo abusador.
Farto de grupos de dança de igreja que só servem para agradar homens e atrapalham o culto.
Farto de músicos de igreja que se mandam eles pararem de tocar abandonam a igreja.
Farto de crente que gosta de aparecer.
Farto de haver tantas coisas ligadas à fé que me fazem estar farto com tantas coisas ligadas à fé.
Eu estou farto da minha própria pecaminosidade.
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Eu estou farto de gente que diz “eu estou farto” e “basta” mas não faz nada para mudar o que está errado.
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Mas…
…meu consolo é que acredito piamente que Deus também está farto de tudo isso.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.