Trecho
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Nunca se viu tantos apóstolos como neste
início de século. Em cada canto, esquina e cidade encontramos alguém
reivindicando o direito de ser chamado apóstolo.
Entendendo o movimento de restauração e o movimento apostólico:
O chamado movimento de restauração
defende a tese de que Deus está restaurando a igreja. Para estes, após a
morte dos primeiros apóstolos, a igreja de Cristo paulatinamente
experimentou um processo de declínio espiritual culminando com a
apostasia vivenciada pelos seus adeptos no período da idade média.
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, e agora no século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor, antes de sua vinda. Para os adeptos desta linha de pensamento, os apóstolos de hoje possuem, em alguns casos, maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente teológica a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
Com o advento da Reforma Protestante, os defensores desta teologia afirmam que Deus começou a restaurar a saúde da igreja. Segundo estes, Lutero foi responsável pela redescoberta da salvação pela graça, e agora no século XXI, estamos vivendo a restauração do ministério apostólico. Os teólogos desta linha de pensamento afirmam que a restauração dos apóstolos é uma das últimas coisas a serem feitas pelo Senhor, antes de sua vinda. Para os adeptos desta linha de pensamento, os apóstolos de hoje possuem, em alguns casos, maior autoridade do que os apóstolos do primeiro século, até porque, para os defensores desta corrente teológica a glória da segunda casa será maior do que a primeira.
Para estes o ministério apostólico não
acabou. Na verdade, tais teólogos advogam que o ministério apostólico é
perpétuo e que o livro de Atos ainda continua a ser escrito por santos
homens de Deus, os quais, mediante a sua autoridade apostólica, agem em
nome do Senhor.
Este movimento tem suas semelhanças com o
surgimento dos mórmons e a Igreja dos Santos dos Últimos Dias, que
ensina que o corpo de escritos inspirados por Deus não se fechou e que
Deus tem muita coisa nova para dizer e para revelar aos seus santos
através de seus apóstolos.
Infelizmente, assim como os mórmons, os
adeptos do movimento apostólico consideram a Bíblia uma fonte
importante, mas não única para a fé. Para os apóstolos deste tempo,
Deus, através de seus profetas, pode revelar coisas novas, ainda que
isso se contraponha a sua Palavra. Basta olharmos para as doutrinas
hodiernas que chegaremos à conclusão que os apóstolos do século XXI,
acreditam que suas revelações são absolutamente diretivas, normativas e
inquestionáveis.
Segundo a bíblia quais deveriam ser as credenciais de um apóstolo?
1. O apóstolo teria de ser testemunha do
Senhor ressurreto. Em Atos vemos os apóstolos reunidos no cenáculo,
conversando sobre quem substituiria Judas. Em Atos 1.21-22 lemos: “É
necessário pois, que, dos homens que nos acompanham todo o tempo que o
Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia
em que dentre vós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha
conosco da sua ressurreição”. Paulo diz que viu Jesus ressurreto: “Não
sou, porventura livre? Não sou apóstolo? Não vi a Jesus, Nosso Senhor?” (1Co 9.1)
2. O apóstolo tinha de ter um chamado
especial da parte de Cristo para exercer este ministério. As Escrituras
são absolutamente claras em nos mostrar que os apóstolos, incluindo
Paulo, foram chamados por Cristo (Mt 10.2-4; Gl 1.11-24).
3. O apóstolo era alguém a quem foi dada autoridade para operar milagres. Isso fica bem claro em 2Coríntios 12.12: “Pois
as credenciais do meu apostolado foram manifestadas no meio de vós com
toda a persistência, por sinais prodígios e poderes miraculosos”. Era
como se ele dissesse: “Como vocês podem questionar meu ofício de
apóstolo, se as minhas credenciais foram apresentadas claramente entre
vós”. Sinais, milagres e prodígios maravilhosos.
4. O apóstolo tinha autoridade para ensinar e definir a doutrina firmando as pessoas na verdade.
5. Os apóstolos tiveram autoridade para
estabelecer a ordem nas igrejas. Nomeavam os presbíteros, decidiam
questões disciplinares e questões doutrinárias, e falavam com autoridade
do próprio Jesus.
Será que diante destas questões os
“apóstolos” da modernidade podem de fato reivindicar o título de
apóstolo de Cristo? Por acaso, algum deles viu o Senhor ressurreto?
Foram eles comissionados por Cristo a
exercerem o ministério apostólico? Quantos dos apóstolos brasileiros
ressuscitaram mortos? E suas doutrinas? Possuem elas autoridade para se
contraporem aos ensinamentos bíblicos?
Pois é, infelizmente os “apóstolos” do nosso tempo não possuem respostas a estas perguntas.
O posicionamento da ortodoxia evangélica
entende que o ministério apostólico cessou com a morte dos apóstolos no
primeiro século. Sem a menor sombra de dúvidas, considero a utilização
do título “apóstolo” por parte dos pastores como uma apropriação
indevida de um ministério, o qual não existe mais nos moldes que vemos
no Novo Testamento.
Por: Renato Vargens
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