Por Avelar Jr.
É incontável
a quantidade de indivíduos com testemunhos mirabolantes que se encontra
no nosso meio graças à ingenuidade e ignorância do povo de Deus.
Estamos sempre prontos a acolher pseudopastores que, em troca de fama e
dinheiro fáceis, exploram a fé de pessoas incautas.
Se você reparar, hoje em dia
qualquer “seboso” vira “pastor” (e geralmente não é nem pastor de
igreja, é “conferencista”, pastor que não cuida de rebanho mas de si
próprio). A palavra pastor nunca esteve tão descaracterizada e
desacreditada como está hoje.
(*) Para ser pastor do dia para a noite basta:
1) Inventar um testemunho sensacionalista
que crie uma espécie de “etiqueta” para o cara, como “o homem de Deus
do galinheiro”, “o profeta que era pistoleiro”, “o ex-padre drag-queen” e
por aí vai;
2) Criar bordões e frases de efeito
lançadas como metralhadoras na platéia babona para não ser esquecido e
distorcer o significado dos textos bíblicos decorados para acalentar o
ego da multidão dizendo o que ela quer ouvir;
3) Conseguir o apoio de pastores tão mercenários quanto ele ou tão estúpidos quanto o rebanho.
4) Um programa de rádio ou TV é opcional
e, dependendo dos fatores, caro; mas fatalmente a mídia dá uma
turbinada no negócio – então, para mercenários principiantes,
recomenda-se o YouTube, um blog grátis e o Orkut para divulgação, além
de cartazes coloridos com abundância de erros de português, para que o
público alvo possa entendê-lo sem subestimá-lo;
5) Um título de doutor ou de apóstolo comprado também incrementa -
gente burra tem orgasmos múltiplos com títulos de importância, ainda
que falsos, e mesmo que o portador não tenha competência linguística e
bagagem de conhecimento que corresponda (gente burra não vê a diferença
desde que você tenha a atitude “never stop the music” e faça muita
zoada)…
Não tem limites
a criatividade para histórias de vidas pregressas toscas. Não adianta
achar que já viu tudo porque pastor ruim é igual a telefone móvel:
quando você pensa que viu de tudo, aparecem mais modernos para que você
possa ser assaltado. Ou seja, a impiedade e ambição são mais frenéticas
que a tecnologia.
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