sábado, 2 de junho de 2012

Sua Bíblia Merece Confiança?

Há algo que realmente não entendo, e do qual não li, até agora, nenhuma explicação plausível para o sua veracidade. Os exegetas e hermeneutas reformados(1) sempre afirmam que a Escritura é inerrante, divinamente inspirada e infalível, contudo, esse conceito não é corroborado em relação às cópias e às traduções. Algumas simples perguntas: Primeiro, se as cópias e traduções não são infalíveis, como saber se o original é?... Talvez, respondam: o texto bíblico afirma que a Escritura é infalível... Tudo bem, concordo. A Escritura diz isso de si mesma. Mas se o que temos são cópias e traduções do original, o qual já não existe, é possível inferir então que nem tudo que está escrito na Bíblia é correto, certo? Já que elas (as cópias) não são infalíveis, inerrantes e divinamente inspiradas, como saber se o que está escrito é certo ou errado? Segundo, outros diriam: O volume de cópias contendo um mesmo princípio e texto revela que ele é verdadeiro... Mas se as cópias não são infalíveis, não é possível ao erro ser copiado inúmeras vezes e constar de inúmeras cópias, permanecendo como erro, a despeito da quantidade de provas da sua existência? Terceiro, Deus, o qual garantiu a infalibilidade, inerrância e inspiração da Bíblia não seria poderoso o suficiente para "garantir" que as cópias(2) também permanecessem tal como os originais, e fossem fielmente transmitidas nos séculos vindouros? Por qual motivo Ele não preservaria essas qualidades às cópías, visto que elas chegariam ao Seu povo, no futuro, como a expressão da Sua revelação ao homem? Portanto, para mim, permanece um enigma essa declaração dos exegetas reformados (pelo menos, parte deles), e os seus argumentos levam-nos a apenas uma constatação: a Bíblia que lemos pode não ser a Palavra de Deus. E isso, no mínimo, é um absurdo, visto que eles mesmos são guiados e orientam outros a guiarem-se por ela. Pode as cópias conterem algo que o texto original não contém? Não. A própria palavra de Deus garante que a Bíblia é a expressão da revelação divina, e de que Ele preservá-la-ia fielmente contra qualquer corrupção (Dt 4.2, Jr 1.12, Sl 119.160, Mt 24.35,1Pe 1.23-25). Desde a igreja primitiva, por exemplo, sabe-se que as cartas paulinas eram copiadas e lidas em várias igrejas em continentes diferentes (circulavam entre as inúmeras igrejas), e nem por isso pairou qualquer dúvida quanto à sua legitimidade. Para mim, é apenas mais uma contradição humana entre tantas que os religiosos evangélicos têm. E o que fica, ao fim, é a Escritura infalível, inerrante, poderosa e inspirada divinamente: a palavra do bom e gracioso Deus(4). Assim, creio que a tradução fiel ao Texto Majoritário é a realizada por João Ferreira de Almeida, disponível no Brasil como ACF (Almeida Corrigida e Fiel, editada pela SBTB); e, desta forma, Deus preservou infalivelmente a Sua palavra em língua portuguesa.

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