sábado, 19 de março de 2011

REALIDADE DO INFERNO


Depois de alguns comentários que recebio da postagem sobre o Universalismo, de que estava faltando textos Bíblicos sobre o tormento eterno, resolvi dar o ar da graça com o que segue:

O destino dos ímpios é estar eternamente separados de Deus e sofrer eternamente o castigo que se chama a segunda morte. Devido à sua natureza terrível, é um assunto diante do qual se costuma recuar; entretanto, é necessário tomar conhecimento dele, pois é uma das grandes verdades da divina revelação.

Por essa razão o manso e amoroso Cristo avisou os homens dos sofrimentos no inferno. Sua declaração acerca da esperança do céu aplica-se também à existência do inferno "se não fosse assim, eu vo-lo teria dito" (João 14:2).

O inferno é um lugar de:


•Extremo sofrimento (Apo. 20:10),
•Onde é lembrado e sentido o remorso (Luc. 16:19-31),
•Inquietação (Luc. 16:24),
•Vergonha e desprezo (Dan. 12:2),
•vil companhia (Apo. 21:8) e
•Desespero (Prov. 11:7, Mat. 25:41).

Opiniões errôneas:

(a) O universalismo ensina que todos os homens, no fim, serão salvos, argumentando que Deus é amoroso demais para excluir alguém do céu. Essa teoria é refutada pelas seguintes passagens: Rom. 6:23; Luc. 16:19-31; João 3:36 e outras. Na realidade, é a misericórdia de Deus que exclui do céu o ímpio, pois este não se acomodaria no ambiente celestial como também o justo não teria prazer em estar no inferno.

(b) O restauracionismo. A doutrina da restauração de todas as coisas ensina que o inferno não é eterno, e, sim, apenas uma experiência temporária que tem por fim purificar o pecador para que possa entrar no céu. Se assim fosse, então o fogo infernal teria mais poder do que o sangue de Cristo. Também, a experiência nos ensina que a punição, em si, não regenera; ela pode restringir mas não transformar. Os partidários dessa escola de pensamento afirmam que a palavra "eterno", na língua grega, significa "duração de século ou época" e não duração sem fim. Mas, segundo Mat. 25:41, se a punição dos ímpios tiver fim, então o terá também a felicidade dos justos. Assim comenta o Dr. Maclaren: Reverentemente aceitando as palavras de Cristo como palavras de perfeito amor e sabedoria infalível, este autor... receia que, na avidez de discutir a duração, o fato solene da realidade da futura retribuição seja ofuscado, e os homens discutam sobre o "terror do Senhor" a ponto de não sentirem mais receio a seu respeito. Os hábitos tendem a se fixar. A tendência do caráter é tornar-se permanente; não há razão para crer que Deus futuramente, mais do que no presente, obrigue a pessoa a ser salva.

(c) Segundo período probatório. Ensina que todos, no tempo entre a morte e a ressurreição, terão outra oportunidade para aceitar a salvação. As Escrituras, entretanto, ensinam que na morte já se fixou o destino do homem. (Heb. 9:27.) Além disso, quantos aceitarão a presente oportunidade se pensarem que haverá outra? E, segundo as leis da natureza humana, se negligenciarem a primeira oportunidade, estarão menos dispostos a aceitar a segunda.

(d) Aniquilamento. Ensina que Deus aniquilará os ímpios. Os partidários dessa doutrina citam 2Tess. 1:9 e outras passagens que afirmam que os ímpios serão destruídos. Contudo, o sentido da palavra, como usada nas Escrituras, não é "aniquilar", mas causar ruína. Se a palavra perdição (Almeida) nesse verso significa aniquilar, então a palavra "eterna" no mesmo verso seria supérflua, pois aniquilamento só pode ser eterno. Também citam passagens que expõem a morte como a pena do pecado. Mas, nesses casos, refere-se à morte espiritual e não à morte física, e morte espiritual significa separação de Deus. A promessa de vida feita ao obediente não significa o dom de "existência", pois esse dom todos os homens o possuem. E se a vida, como um galardão, não significa mera existência, então a morte também não significa mera perda


Comentário de Leonardo Gonçalves:

Como disse inumeras vezes neste debate acerca do aniquilacionismo, universalismo e a realidade do inferno, o que faz uma doutrina ser vedadeira não é o quanto ela é "palatável" à mim, mas o quanto ela é fiel às Escrituras. Lembremos disso quando estivermos falando acerca das verdades eternas contidas na Palavra de Deus.

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